Logística digital precisa estar no radar das empresas que querem sobreviver no mercado

01/02/2022

*Por Denny Mews

Muitas empresas sentem a necessidade de otimizar cada vez mais o setor logístico para atender as necessidades do mercado. Com o aumento do comércio eletrônico, o envio rápido e o acompanhamento se tornam cada vez mais necessários em toda a cadeia de entrega. Os números comprovam isso. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em 2021 o e-commerce registrou faturamento de R$ 150,8 bilhões e espera um crescimento de 12% este ano. O comércio eletrônico exige que as empresas estejam mais próximas do consumidor, o que motiva investimentos sobretudo na digitalização dos negócios.

Vemos a movimentação de grandes players do mercado, como a Magalu, com a aquisição da SODE, e o Mercado Livre adquirindo a Kangu, para atuarem juntamente com operadores logísticos para impulsionar ainda mais o setor, e isso já se tornou um diferencial competitivo no mercado.

Diferente de um operador logístico convencional, que está atento aos processos de armazenagem e despacho, o operador logístico digital está focado em toda a operação, desde o carregamento da mercadoria, a distribuição, o monitoramento de todo o transporte e a entrega para o cliente final, além da logística reversa para distribuição, trazendo mais tecnologia, digitalização e inovação. Ele traz muito mais do que apenas um sistema, mas toda a inteligência, para que o cliente esteja sempre atualizado com custos, espaço, funcionários e produtividade otimizados, com centralização de dados e visibilidade da sua operação, do carregamento, a viagem, faturamento e pagamento do frete.

Entre os pontos positivos, temos vantagens que devem ser ressaltadas dentro de todas as melhorias trazidas pelo operador logístico digital, como:

Diminuição de SLAs: o tempo de atendimento de chamados é reduzido pela centralização e digitalização das informações, não se prendendo a espaço físico ou pessoas, mas sistemas;

Otimização no faturamento: com informações e documentos centralizados, o prazo do faturamento também reduz;

Diminuição de papel e sustentabilidade: com menos papel circulando na logística, a sustentabilidade da operação aumenta – ou como é falado, logística verde;

Mais acesso a tecnologias de ponta: por ser focado no digital, o operador logístico está sempre ligado a novas tecnologias, no desenvolvimento de soluções que tenham um impacto positivo e que sane uma dor nas operações, além de otimizar;

Indicadores de dados e performance: tanto na operação quanto na análise, um operador logístico traz uma nova visão sobre toda operação, com indicadores de performance e gargalos da logística para melhoria contínua;

Otimização de custos: com a análise de dados reais, é possível descobrir onde estão gastos para otimizar custos e, assim, melhor direcionar investimentos para potencializar cada vez mais a operação.

O fato é que sem os investimentos necessários, a logística pode se tornar um grande gargalo e acabar gerando um enorme custo dentro da empresa. Pior do que isso, companhias que não traçarem esse caminho terão problemas de sobrevivência.

*Denny Mews é fundador e CEO da CargOn e professor do MBA em Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), da Fetrancesc com a Católica de Santa Catarina – Centro Universitário

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