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Conteúdo 10 de agosto de 2002

Armazenagem: As tendências do segmento na visão dos consultores

Qual é o presente e o futuro do setor de armazenagem de materiais? Quais as tendências em termos de equipamentos e de conceitos? Alguns dos mais importantes consultores da área de logística abordam estes aspectos, nesta matéria especial de LogWeb.

A busca por eficácia no processo de armazenagem é baseada nas técnicas de qualidade e produtividade que nortearam, no passado, os programas de aumento da competitividade da indústria, pois entendia-se, então, que a armazenagem deveria ficar em segundo plano em relação à produção.

O mesmo processo, iniciado a partir da indústria e que levou o Japão a ser o expoente de competitividade nos anos 70 e 80, faz com que, hoje, possamos sentir suas influências em toda a Cadeia de Abastecimento.

“Hoje, podemos perceber que a Logística de Distribuição se desenvolveu de tal forma que, além de estar integrada aos conceitos de qualidade e produtividade, possui um bem maior que se refere ao conhecimento das necessidades, comportamentos e expectativas de cada cliente.”

O raciocínio é de Eduardo Banzato, gerente da IMAM Consultoria, para quem este ambiente permite identificar algumas tendências para armazenagem que influenciam nossas decisões atualmente (ver tabelas)

Armazém Tradicional

  • Não valoriza a atividade das pessoas envolvidas.
  • Recebe produtos e objetiva expedi-los da mesma forma que eles entraram,
    evitando muitas atividades adicionais.
  • Pouca ênfase à organização das tarefas, através da organização do ambiente de trabalho.
  • Mantém qualquer tipo de produto estocado, desde que possa ser solicitado, e mesmo assim provoca falta dos mesmos.
  • Baixo aproveitamento dos recursos operacionais (operadores, equipamentos, espaço, tempo, etc.).
  • Falta de sincronismo operacional.
  • A quantidade em estoque é vista como a garantia do nível de serviço.
  • Falta de acuracidade de estoques
  • Utilização de muitos papéis (formulários) no processo de armazenagem.
  • Erros operacionais em função de erros de informações.
  • Pouca informação para planejamento operacional.
  • Não possui histórico operacional sobre o fluxo de produtos.
  • Muitas decisões humanas ficam submetidas ao erro, por falta de informações suficientes.
  • Fluxo de informações via oral, escrita ou digitada propicia erros.
  • Sistemas e equipamentos operacionais obsoletos geram baixa eficiência.
  • Utilização do sistema de localização fixa dos materiais no estoque gera mal aproveitamento da infra-estrutura.
  • Não se preocupa com as perdas geradas pelos excessos de manuseios durante a estocagem.
  • Fornece a mesma condição de estocagem para todos os itens (SKU), em benefício da padronização.

SegundoBanzato, na comparação do armazém tradicional com o armazém do futuro, é possível identificar muitas diferenças, mas ele apresenta alguns aspectos complementares que podem ser explorados sobre o armazém do futuro. “Lembramos que estes aspectos são conseqüência direta dos objetivos principais do armazém do futuro”, diz ele. E relaciona estes aspectos:

  • Avaliações criteriosas dos retornos sobre investimentos (ROI) em projetos de automação;
  • Prédios de construção modular ou autoportantes;
  • Minimização do número de colunas que restringem a distribuição do layout;
  • Pé direito superior a 9 m;
  • Pisos mais resistentes, planejados de acordo com os pesos e alturas de cargas;
  • Áreas de recebimento e expedição com sistemas de carga e descarga rápidas;
  • Tecnologia da Informação (código de barras com radiofreqüência, WMS – Sistemas de Gerenciamento de Armazéns, processos de separação “Pick-to-Light”, etc.) não são requisitos obrigatórios, em muitos casos;
  • Sistemas de movimentação e estocagem flexíveis e adequados às características diferenciadas dos produtos;
  • Flexibilidade, padronização e disciplina operacional devem ser inseridas no Sistema de Gerenciamento;
  • Áreas de acesso e circulação de veículos (caminhões de pequeno, médio e grande porte) devem ser consideradas no projeto do armazém;
  • Manutenção de indicadores de desempenho associados aos Indicadores Globais (Balanced Scorecard);
  • Programas de envolvimento de pessoas com foco na implementação de Kaizen (melhorias contínuas).
  • Flexibilidade.

    Pelo seu lado, Gilberto Corrêa Cruz, sócio-gerente da Treptau & Associados, Consultoria e Planejamento Industrial, diz que a armazenagem é uma parte

    importante da cadeia da logística de qualquer negócio, algumas vezes erroneamente avaliada como uma atividade estanque e totalmente independente das demais pertencentes à cadeia.

    “Vale rever o óbvio: os negócios mudam na velocidade da informação. Clientes querem mais opções de compra com menores preços. O varejo busca otimizar sua cadeia de abastecimento e seus estoques, fazendo menores volumes por pedido e pedidos mais freqüentes, algumas vezes entregues diretamente nas lojas”, diz ele.

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