A complicada operação com produtos hortifrutigranjeiros

10/11/2003

considerada a maior rede varejista de hortifrutigranjeiros do país, com 22 lojas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, a Hortifruti oferece produtos altamente selecionados.
Totalmente refrigeradas, as lojas da rede possuem estacionamento com manobrista, delicatessen, lanchonete, padaria, setor de carnes, playground, setor de processamento de alimentos e miniloja de presentes com novidades em utensílios para cozinha. Nas gôndolas, são oferecidos mais de 4.500 itens, entre frutas, legumes e verduras nacionais e importados de países como Nova Zelândia, Chile, Argentina, Espanha e Portugal.
Também são oferecidos produtos diferenciados, que vão de sucos naturais, polpa de fruta congelada e frios fatiados até carnes silvestres, frutas exóticas, alimentos orgânicos, pastas de fabricação própria, saladas e alimentos processados prontos para o consumo, vinhos, pães, bolos confeitados, doces, etc.
Todos os itens hortifrutigranjeiros disponibilizados nas lojas Hortifruti passam por um rígido controle de qualidade, que tem início na própria colheita, onde os produtores credenciados, alguns exclusivos da rede, seguem instruções especificas. Nas lojas, os cuidados também são redobrados.

Logística acurada
Considerando que são produtos altamente perecíveis, a logística da Hortifruti tem que ser, necessariamente, especial. “Um dos diferenciais competitivos que promovem o sucesso da rede é seu elaborado sistema logístico. Poderíamos resumir o abastecimento das 22 lojas em três operações que se complementam”, diz Fábio Hertel, diretor de marketing da rede Hortifruti.
Ele começa explicando que os produtos são adquiridos em três centrais de abastecimento (CEASAs) no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. “A maioria desses produtos é produzida, embalada e previamente direcionada pelos produtores para os boxes da Hortifruti. Alguns produtores fornecem suas frutas e legumes exclusivamente para a Hortifruti. E, dependendo das oscilações de safra e de estratégia logística, alguns produtos são adquiridos nos atacadistas dessas CEASAs”, ressalta Hertel
Por outro lado, ele informa que a Hortifruti está muito atenta à oferta das regiões produtoras em todo o país, indo buscar os produtos em muitas delas. “Normalmente, depois de comprados, esses produtos são transportados, por autônomos, para algum ponto de apoio (CEASAs ou a Base Rio, que é uma área operacional de cargas próprias) e, num processo de cross-docking, são distribuídos para os caminhões de cada unidade.”
Como terceira parte das operações da Hortifruti, Hertel ressalta que alguns produtos, por sua alta perecibilidade, são distribuídos pelos próprios fornecedores nas lojas, como é o caso das verduras em geral – alface, temperos, couve, almeirão, etc. -, cujo abastecimento nas lojas é feito até duas vezes ao dia.
“Os pedidos são diários. Cada unidade reúne a equipe de vendas e analisa inúmeros indicadores, como o movimento da semana, a época do mês, o histórico da movimentação das últimas semanas, as condições climáticas das regiões produtoras e da localidade da loja, datas especiais, feriados, etc. Cruzamos informações de mercado também”, diz ele.
O diretor de marketing diz ainda, que, basicamente, a rede não estoca mercadorias, com exceção das que sugerem refrigeração adequada. Via de regra, 24 horas após a colheita, todos os produtos estão nas 22 lojas da rede.

Estrutura
Para manter esta operação, a Hortifruti conta com um moderno sistema de informática e uma estrutura logística de distribuição que movimenta, mensalmente, 13 mil toneladas de produtos em uma frota de 80 veículos próprios.
“É fundamental para a rede que marketing e logística estejam no mesmo timing, bastante integrados, já que faz uma série de promoções e anúncios semanais com produtos diversos. Ou seja, para que as 22 lojas estejam abastecidas, é fundamental uma total integração da rede”, diz Hertel.
Até o final do ano, com a transferência da área de carga, descarga e armazenamento para o novo centro de distribuição em Cariacica, ES – uma área de 3 mil metros quadrados que vai movimentar 80 mil toneladas de mercadoria por ano -, a rede vai implantar um sistema de paletização e diminuir, ainda mais, as perdas de produtos. Está prevista também a construção de outros dois centros de distribuição – no Sul e Nordeste do país.
O diretor de marketing destaca ainda que caminhões sempre carregados, na ida e na volta, garantem lojas sempre abastecidas e menor tempo de armazenamento dos produtos. Isso porque as lojas da rede são estrategicamente localizadas entre os pólos produtores e os centros de distribuição, possibilitando o abastecimento dos caminhões tanto na chegada quanto na saída. “Detalhes como a distribuição de caixas plásticas para os fornecedores acondicionarem os alimentos contribuem para diminuir o desperdício de produtos e aumentar a qualidade nas gôndolas”, completa.

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