A VLI, companhia de serviços logísticos que opera portos, ferrovias e terminais, concluiu duas captações de debêntures que somam R$ 2 bilhões. Os recursos serão destinados a obras na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), localizado na Baixada Santista. Segundo a empresa, o montante representa o maior volume já emitido via debêntures em sua trajetória. As operações foram liquidadas neste mês e tiveram coordenação dos bancos Itaú, Bradesco, Santander e BTG, com vencimentos entre 10 e 12 anos.
O CEO da companhia, Fábio Marchiori, afirmou: “O sucesso das operações reflete a credibilidade da gestão financeira da VLI, seguidamente avaliada como AAA pelas mais importantes agências internacionais de riscos. A emissão de debêntures incentivadas para infraestrutura é um instrumento positivo que nos permite, ao mesmo tempo, financiar investimentos correntes e de capital, bem como aumentar a eficiência dos ativos sob nosso controle, sempre com foco na segurança operacional e na geração de valor ao negócio dos nossos clientes”.

Investimentos na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA)
Na FCA, o aporte permitirá ações de manutenção e melhoria da via permanente, como troca de trilhos e dormentes — medida que contribuirá para o aumento da velocidade média de circulação dos trens. Para atender esse objetivo, a VLI já encomendou cerca de 9 mil toneladas de trilhos, equivalentes a aproximadamente 230 quilômetros de extensão linear.
Além disso, estão previstas obras de recuperação e instalação de novos guarda-copos em pontes e passagens de pedestres, reforçando a segurança das comunidades que convivem com a operação ferroviária. Assim, a empresa busca ampliar a confiabilidade e o desempenho da malha, ao mesmo tempo em que aprimora a interface com áreas urbanas.
Investimentos no Tiplam
No Tiplam, os recursos captados serão voltados ao reforço e à renovação das estruturas móveis e fixas do porto, incluindo armazéns, carregadores e correias transportadoras. As melhorias também contemplam os berços de atracação, garantindo maior segurança às embarcações em condições climáticas mais severas e ampliando a disponibilidade operacional do terminal.
O Tiplam integra o Corredor Sudeste da VLI, que movimenta cargas como açúcar, grãos e fertilizantes provenientes de estados como Minas Gerais, São Paulo e Goiás por meio da ligação direta com a Ferrovia Centro-Atlântica. Como todos os fluxos de exportação do terminal são feitos por ferrovia, há também ganhos ambientais, já que o modal ferroviário emite 1/6 do CO₂ do modal rodoviário por tonelada transportada, além de evitar a sobrecarga de caminhões na Baixada Santista.









