O setor logístico entra em seu período mais intenso do ano com a chegada da Black Friday, marcada para o dia 28 de novembro. O aumento expressivo no volume de pedidos exige das empresas planejamento detalhado, integração tecnológica e alto desempenho nas operações de armazenagem e cross docking, fundamentais para assegurar o fluxo ágil de mercadorias entre fornecedores e consumidores. Embora seja uma data promissora para o comércio, ela também representa um importante teste de capacidade e resiliência para os operadores logísticos.
A necessidade de responder à expectativa do consumidor por rapidez e transparência é um dos maiores desafios do período. A comunicação clara sobre prazos e o acompanhamento em tempo real das entregas ajudam a reduzir insatisfações e fortalecer a confiança. “A ansiedade do cliente é um fator logístico. Quando ele sabe onde o pedido está e que o prazo será cumprido, a percepção de valor aumenta. A entrega é parte essencial da experiência do cliente”, destaca Felipe Trigueiro, CEO da FTLOG Soluções em Logística.

Segundo Trigueiro, o segredo para o êxito durante a Black Friday está no equilíbrio entre velocidade e precisão. “A Black Friday é o momento em que a logística é colocada à prova. As empresas precisam garantir que o aumento da demanda não comprometa a qualidade da entrega. Isso exige estrutura, planejamento e, principalmente, integração entre tecnologia e pessoas”, afirma.
Cross docking e integração de sistemas são estratégias-chave
Para lidar com o aumento das vendas e evitar gargalos, os operadores apostam no modelo cross docking, que permite reduzir estoques e otimizar o tempo de resposta. Nesse sistema, os produtos passam rapidamente pelo centro de distribuição e seguem direto ao consumidor, minimizando o tempo de armazenagem. No entanto, para garantir eficiência, são necessários sistemas de informação integrados e fornecedores alinhados. “Cross docking não é sinônimo de improviso. É uma operação de alta coordenação, onde cada minuto conta e qualquer falha pode gerar atrasos em cadeia”, explica o executivo.
Preparação e tecnologia reforçam a eficiência logística
Semanas antes da data, os operadores logísticos revisam processos e ajustam estruturas. As empresas reforçam equipes, ampliam turnos e implementam controles adicionais de inventário para garantir precisão e ritmo nas entregas. O uso de automação e monitoramento em tempo real ajuda a prevenir falhas e reduzir erros de separação e expedição. “As empresas que tratam a Black Friday como um projeto anual — e não como um evento isolado — são as que conseguem entregar resultados consistentes”, ressalta Trigueiro.
Com prazos cada vez mais curtos e consumidores mais exigentes, a preparação para a Black Friday deixou de ser uma operação sazonal para se tornar parte da estratégia permanente de eficiência logística. As empresas que investem em planejamento, tecnologia e capacitação de equipes não apenas enfrentam melhor os desafios da data, mas também constroem uma base sólida para elevar o desempenho ao longo de todo o ano.









