A parceria entre o Banco do BRICS e o governo brasileiro avança com a possibilidade de liberação de R$ 2,7 bilhões para investimentos em infraestrutura logística no âmbito do Novo PAC. O objetivo é impulsionar projetos de transporte e obras estruturantes nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
A pauta foi discutida em Xangai, na China, pelo Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e pela presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff. O encontro abordou novas linhas de crédito voltadas para os Fundos de Desenvolvimento Regional, com foco em empreendimentos que promovam inclusão territorial, segurança hídrica e transição energética.

Segundo Waldez Góes, a negociação busca criar soluções financeiras que respondam a desafios estruturais. “Acreditamos que esses projetos respondem a desafios estruturais e contribuirão para ampliar a inclusão territorial, a segurança hídrica e a infraestrutura. Estamos à disposição para seguir com o diálogo técnico e avançar na construção conjunta de soluções financeiras que fortaleçam a capacidade do Brasil de enfrentar seus desafios territoriais e climáticos”, afirmou.
Dilma Rousseff destacou a prioridade para iniciativas alinhadas ao plano de transformação ecológica. “Estamos discutindo, fundamentalmente, como levar infraestrutura logística, portos, terminais e rodovias para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, garantindo que haja uma transição energética justa com a adoção de fontes alternativas de energia, inclusive com o uso de biocombustíveis, e cidades inteligentes”, disse.
O secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, explicou que a carteira de projetos apresentada ao NDB foi construída com base em um mapeamento conjunto com a Secretaria Especial do PAC e a Casa Civil. O foco está em logística, transporte e sustentabilidade, com atenção especial para a Amazônia. Entre os projetos, estão concessões rodoviárias, terminais ferroviários — como os da Transnordestina, Fico e Fiol —, além de hidrovias e portos.
A meta é acelerar a seleção das iniciativas mais estratégicas para que novas linhas de financiamento sejam anunciadas já no segundo semestre de 2025, em consonância com a agenda da COP 30.
Atualmente, a estratégia de captação de recursos liderada pelo MIDR envolve parcerias com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial (BM) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), totalizando US$ 1,833 bilhão em negociações. Esses recursos serão aplicados via Fundos de Desenvolvimento para viabilizar projetos estruturantes no Brasil, especialmente em áreas estratégicas para a integração às cadeias globais de valor e o fortalecimento da economia sustentável.









