O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) realizou no início de maio uma operação inédita na América do Sul, ao utilizar pela primeira vez reboques multi-purpose boogies (MPB) para movimentar uma carga projeto de 102 toneladas. A ação envolveu o transporte e posicionamento de um secador industrial, fabricado pela Ostergaard S.A., reforçando a especialização do terminal em cargas superdimensionadas.
A peça movimentada foi um secador de tubos rotativos, com 22,5 metros de comprimento e 4 metros de diâmetro, fabricado em Curitiba. O transporte até o terminal foi feito com reboques modulares hidráulicos, e, no porto, a movimentação foi executada com o apoio de dois guindastes móveis (MHC), com capacidade para içar até 100 toneladas a 40 metros de altura.

De acordo com Fabio Mattos, gerente de operações logísticas da TCP, a escolha dos MPBs se deu pela versatilidade e facilidade de manobra desses equipamentos. “O MPB é bastante versátil e mais fácil de manobrar se comparado a outros modelos de reboque, pois os eixos dos módulos são móveis e não fixos, como nos reboques convencionais. Contudo, a operação para içar e posicionar a carga é extremamente delicada, exigindo uma equipe qualificada e maquinário adequado para garantir precisão total, assegurando a integridade do bem do cliente”, afirmou.
Após a colocação sobre os módulos MPB, a carga permaneceu armazenada no terminal até 11 de maio, quando foi rebocada por dois tugmasters e uma reach stacker. Em seguida, foi embarcada no navio ro-ro M/V Liberty, operado pela Wallenius Wilhelmsen, com destino ao Panamá, onde será instalada em uma planta industrial para processamento de farinha de peixe. A operação foi conduzida pela Over Projects.
TCP amplia atuação em carga projeto com operação de helicóptero
Em março deste ano, o terminal também realizou a importação de um helicóptero Bell 412, reforçando sua capacidade na movimentação de cargas especiais. A aeronave, com 17 metros de comprimento, 4,5 metros de altura e peso de pouco mais de 3 toneladas, foi transportada em um contêiner MAFI e desembarcada pela rampa de um navio ro-ro. A carga permaneceu no terminal até abril, quando foi encaminhada ao seu destino final.
Segundo Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e atendimento da TCP, a operação demonstra o compromisso do terminal em oferecer soluções completas aos clientes. “A estratégia da TCP é atuar como um terminal ‘one stop shop’ para seus clientes, disponibilizando as soluções e os serviços logísticos mais modernos disponíveis no mercado para uma gama diversificada de demandas”, afirmou.
A expertise da TCP na manipulação de cargas sensíveis e não convencionais é, segundo os gestores, um diferencial competitivo. “O Terminal é conhecido pela sua expertise na movimentação de cargas sensíveis, de alto valor agregado, e com dimensões não convencionais. O zelo e a eficiência de nossa equipe para executar esse tipo de operação, que exige um desenho logístico customizado e integrado, são diferenciais que tornam a TCP a principal referência do mercado na modalidade de carga projeto”, concluiu Mattos.









