Brasil gastou US$ 2,3 bilhões com demurrage portuária no transporte marítimo de carga, revela Bain & Company

O Brasil teve um gasto estimado de US$ 2,3 bilhões com demurrage em 2024, de acordo com estudo da consultoria Bain & Company. O termo se refere aos custos gerados pela sobre-estadia de navios nos portos para carga e descarga, configurando-se como um dos principais gargalos da logística portuária nacional.

Segundo o levantamento, o volume total movimentado nos portos brasileiros foi de 1,32 bilhão de toneladas em 2024, mantendo um crescimento anual composto (CAGR) de mais de 4% desde 2020. No entanto, os custos associados ao tempo parado dos navios impactam diretamente o preço final de produtos de exportação, como minério de ferro, soja, milho e petróleo, além de insumos importados como fertilizantes e derivados de petróleo.

O Brasil teve um gasto estimado de US$ 2,3 bilhões com demurrage em 2024, de acordo com estudo da consultoria Bain & Company. O termo se refere aos custos gerados pela sobre-estadia de navios nos portos para carga e descarga, configurando-se como um dos principais gargalos da logística portuária nacional.
Segundo o levantamento, o volume total movimentado nos portos brasileiros foi de 1,32 bilhão de toneladas em 2024, mantendo um crescimento anual composto (CAGR) de mais de 4% desde 2020. No entanto, os custos associados ao tempo parado dos navios impactam diretamente o preço final de produtos de exportação, como minério de ferro, soja, milho e petróleo, além de insumos importados como fertilizantes e derivados de petróleo.
Ineficiência portuária e demurrage no Brasil
Apesar de avanços em infraestrutura nos últimos anos, o estudo aponta que a gestão de demurrage segue como desafio crítico. Apenas em 2023, a Antaq registrou 150 mil horas de paralisações nas operações portuárias. Entre as principais causas, estão condições climáticas, congestionamento de terminais, burocracia e infraestrutura deficiente, que juntos responderam por mais de 75% dos atrasos.
Com uma previsão de crescimento de 8% nas operações portuárias, a consultoria ressalta que o cenário tende a pressionar ainda mais os custos logísticos caso não haja ações preventivas coordenadas. “Apesar das recentes melhorias na infraestrutura e eficiência dos portos no Brasil, ainda assim se faz necessária uma gestão ativa de demurrage como elemento crítico das estratégias operacionais, para assegurar melhores resultados”, aponta o estudo.
Estratégias para reduzir o custo com sobre-estadia
Com base em projetos realizados no setor, a Bain estima que é possível reduzir o tempo de demurrage em mais de 50%, desde que sejam adotadas práticas estruturadas. A consultoria propõe cinco medidas principais:
•	Análise detalhada das causas-raiz do demurrage por tipo de porto e produto.
•	Criação de equipes ágeis para monitorar e gerir ativamente os atrasos.
•	Redesenho de processos e revisão de políticas de decisão com foco em responsabilização e transparência.
•	Revisão das regras de negócio relacionadas à demurrage, com definição de parâmetros objetivos.
•	Investimentos em ferramentas digitais e infraestrutura, com uso de inteligência artificial e dados para melhorar a previsão e correção de gargalos.
Essas iniciativas, segundo a Bain, têm potencial de gerar retorno financeiro no curto prazo e mitigar os impactos da ineficiência logística no transporte marítimo de cargas.
A análise reforça que, diante da complexidade do comércio exterior brasileiro, controlar os custos com demurrage é essencial para manter a competitividade das exportações e o equilíbrio dos preços no mercado interno.

Ineficiência portuária e demurrage no Brasil

Apesar de avanços em infraestrutura nos últimos anos, o estudo aponta que a gestão de demurrage segue como desafio crítico. Apenas em 2023, a Antaq registrou 150 mil horas de paralisações nas operações portuárias. Entre as principais causas, estão condições climáticas, congestionamento de terminais, burocracia e infraestrutura deficiente, que juntos responderam por mais de 75% dos atrasos.

Com uma previsão de crescimento de 8% nas operações portuárias, a consultoria ressalta que o cenário tende a pressionar ainda mais os custos logísticos caso não haja ações preventivas coordenadas. “Apesar das recentes melhorias na infraestrutura e eficiência dos portos no Brasil, ainda assim se faz necessária uma gestão ativa de demurrage como elemento crítico das estratégias operacionais, para assegurar melhores resultados”, aponta o estudo.

Estratégias para reduzir o custo com sobre-estadia

Com base em projetos realizados no setor, a Bain estima que é possível reduzir o tempo de demurrage em mais de 50%, desde que sejam adotadas práticas estruturadas. A consultoria propõe cinco medidas principais:

  • Análise detalhada das causas-raiz do demurrage por tipo de porto e produto.
  • Criação de equipes ágeis para monitorar e gerir ativamente os atrasos.
  • Redesenho de processos e revisão de políticas de decisão com foco em responsabilização e transparência.
  • Revisão das regras de negócio relacionadas à demurrage, com definição de parâmetros objetivos.
  • Investimentos em ferramentas digitais e infraestrutura, com uso de inteligência artificial e dados para melhorar a previsão e correção de gargalos.

Essas iniciativas, segundo a Bain, têm potencial de gerar retorno financeiro no curto prazo e mitigar os impactos da ineficiência logística no transporte marítimo de cargas.

A análise reforça que, diante da complexidade do comércio exterior brasileiro, controlar os custos com demurrage é essencial para manter a competitividade das exportações e o equilíbrio dos preços no mercado interno.

Compartilhe:
615x430 Savoy julho 2025
Veja também em Transporte marítimo
Novo entendimento da ANTAQ sobre demurrage busca corrigir cobranças abusivas e reduzir a judicialização
Novo entendimento da ANTAQ sobre demurrage busca corrigir cobranças abusivas e reduzir a judicialização
Nordeste avança na movimentação de cargas nos portos públicos
Nordeste avança na movimentação de cargas nos portos públicos
Amazonas tem R$ 1,25 bilhão em obras navais contratadas com recursos do Fundo da Marinha Mercante
Amazonas tem R$ 1,25 bilhão em obras navais contratadas com recursos do Fundo da Marinha Mercante
Wilson Sons inaugura centro de treinamento com simulador de manobras
Wilson Sons inaugura centro de treinamento com simulador de manobras em Santos (SP)
Embarcações a hidrogênio verde da GWM serão apresentadas na COP30 em Belém
Embarcações a hidrogênio verde da GWM serão apresentadas na COP30 em Belém
Porto do Açu testa biocombustíveis com OceanPact e Vast em iniciativa de descarbonização marítima
Porto do Açu testa biocombustíveis com OceanPact e Vast em iniciativa de descarbonização marítima

As mais lidas

01

Tendências que vão redefinir a logística em 2026: tecnologia, integração regional, sustentabilidade e novos fluxos globais
Tendências que vão redefinir a logística em 2026: tecnologia, integração regional, sustentabilidade e novos fluxos globais

02

Grupo Elfa inaugura Centro de Distribuição e amplia operação Dental no Sudeste
Grupo Elfa inaugura Centro de Distribuição e amplia operação Dental no Sudeste

03

Concessões de rodovias em 2026 somam R$ 158 bilhões e ampliam segurança nas estradas, analisa Sinaceg
Concessões de rodovias em 2026 somam R$ 158 bilhões e ampliam segurança nas estradas, analisa Sinaceg