A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) realizaram, no dia 30 de abril de 2025, leilões de terminais portuários na B3, em São Paulo. Os certames envolveram os arrendamentos das áreas PAR14, PAR15 e PAR25, no Porto de Paranaguá (PR), e da área RDJ11, no Porto do Rio de Janeiro (RJ).
Com foco na movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, os três terminais paranaenses estão localizados na parte leste do Porto de Paranaguá e terão contratos de arrendamento com prazos de 25 a 35 anos.

A empresa BTG Pactual Commodities Sertrading S.A. venceu o leilão da área PAR14, com proposta de outorga de R$ 225 milhões. O terminal receberá investimentos de R$ 529,2 milhões, além de R$ 477 milhões em infraestrutura pública.
Já a Cargill Brasil Participações Ltda. arrematou a área PAR15, apresentando proposta de R$ 411 milhões. Estão previstos R$ 293,2 milhões em investimentos no terminal, além de R$ 311 milhões na infraestrutura do porto, ao longo dos 35 anos de contrato.
O Consórcio ALDC, formado pelas empresas Louis Dreyfus Company Brasil S.A. e Amaggi Exportação e Importação Ltda., foi o vencedor da área PAR25, com lance de R$ 219 milhões. O terminal deverá receber R$ 233,5 milhões em investimentos.
No Rio de Janeiro, o terminal RDJ11, voltado à movimentação de granéis sólidos e carga geral, foi arrematado pelo Consórcio Porto do Rio de Janeiro (Triunfo Logística Ltda. e Sul Real GMBL), com outorga de R$ 2,1 milhões e previsão de R$ 6,8 milhões em investimentos, em contrato com vigência de 10 anos.
Durante a cerimônia, Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, destacou o impacto das concessões: “Em 2025 e 2026 serão feitos, aqui na B3, 41 novos leilões a favor do Brasil. Isso vai gerar desenvolvimento para o país, mas sobretudo vai ajudar na descentralização do setor portuário brasileiro”.
Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, celebrou o avanço da legalização das concessões: “Hoje, o Porto de Paranaguá é o primeiro porto brasileiro com todas as concessões plenamente legalizadas”.
Para Caio Farias, diretor-geral substituto da ANTAQ, os leilões refletem a modernização do setor: “Esses projetos não somente ampliaram a capacidade de escoamento da produção agrícola nacional, como também serão importantes para a modernização da infraestrutura portuária e o fortalecimento da competitividade do Brasil no comércio internacional“.









