O setor de self storage no Brasil segue em expansão, acompanhando as transformações de estilo de vida da população e as dinâmicas do mercado imobiliário. Dados da última pesquisa realizada pela ASBRASS (Associação Brasileira de Self Storage) referente ao 3º trimestre de 2024 mostram que o número de boxes disponíveis no Brasil cresceu 13% em relação a 2023, atingindo 219.535 unidades, enquanto o total de operações subiu de 561 para 587 – em 108 cidades do país.
Esse crescimento reflete novas demandas da população, que cada vez mais enxerga essa solução como uma extensão de suas casas e negócios. Pequenos boxes, de até 3 m², ganharam protagonismo e hoje representam 34,7% da oferta nacional, um indicativo de que consumidores buscam soluções compactas para armazenar pertences e otimizar espaços residenciais e comerciais. O aumento da digitalização dos negócios também impulsiona a procura por áreas de armazenagem flexíveis, especialmente entre pequenos empreendedores e e-commerces.
“O crescimento do setor continua acompanhando as mudanças nos hábitos dos brasileiros, que precisam cada vez mais de espaços inteligentes e acessíveis para lidar com a falta de espaço em casa, cada vez mais comum. Além das empresas que buscam, cada vez mais, melhorias para a logística urbana – justificadas pela exigência por rapidez do varejo digital”, explica Thiago Cordeiro, CEO e fundador da GoodStorage.
A pesquisa aponta que o Sudeste segue liderando o mercado de self storage, concentrando 56% das operações, sendo que São Paulo sozinho responde por 40%. A GoodStorage, por exemplo, atualmente a principal operadora de espaços para armazenagem do Brasil, segundo Cordeiro, já possui 65 ativos – entre unidades de self storage e galpões logísticos urbanos – e é a principal impulsionadora do setor no país.
Vale destacar ainda que regiões como o Sul e o Centro-Oeste têm mostrado significativa evolução, indicando uma descentralização progressiva da oferta. A vacância média dos self storages no Brasil está em 16,9%, dentro de um patamar saudável, com destaque para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde a taxa é de 11,2%, abaixo da média nacional. Todos os dados reforçam a potência do mercado no país.
Além da diversificação do público e da ampliação da oferta, a valorização da segurança e da tecnologia tem sido um fator decisivo para a consolidação do setor, com 95,2% das unidades possuindo câmeras de segurança como importante atributo. Com um modelo de negócios ágil e adaptável, a tendência é que o setor continue crescendo e se consolidando como parte da economia compartilhada e da evolução da logística urbana no país, acredita Cordeiro.
