Em meio à crise econômica, o segmento farmacêutico não tem sido afetado. Pelo menos é o que aponta a maioria dos representantes de Operadores Logísticos e transportadoras que atuam no segmento e participam de mais uma matéria especial de Logweb.
Afinal, no acumulado, as vendas de medicamentos no varejo tiveram aumento de 82,2%. A previsão até 2017 é que o mercado farmacêutico deverá atingir um faturamento de US$ 87 bi. Neste cenário, as atividades que envolvem a logística de medicamentos têm uma previsão de crescimento de até 40%.
As informações são de Gabriela Batista Policarpo, farmacêutica responsável técnica, e Wilson Mesquiari, gerente de produto do Grupo Protege (Fone: 11 3156.0800).
“Ao contrário da economia, o setor vem crescendo gradativamente e, consequentemente, a demanda está acompanhando essa ascensão. Temos um país doente, sem infraestrutura e sem muitas opções na área da saúde, e isso para esse setor é bom. Se produz mais para atender o consumo de medicamentos e se expede mais”, comenta Ariovaldo Borghi, proprietário da Expresso Arghi (Fone: 11 5583.1834).
Avaliação semelhante faz Marcos de Mattos Serrano, gerente de projetos e novos negócios da GAT Logística (Fone: 11 2413.7700). Segundo ele, o segmento farmacêutico apresentou melhor reação à crise atual do que outros nichos de mercado, mantendo estabilidade no volume de vendas.
“Alguns segmentos farma apresentam bom desenvolvimento e estão em expansão. Para projetos de novos negócios, o segmento mantém sua dinâmica, havendo oferta de projetos para novos embarcadores, projetos para aumento de escopo no mesmo cliente e projetos de melhoria contínua”, comemora Serrano, complementado por Chalita Alves Machado, vice-presidente de operações da RV Ímola (Fone: 11 2404.7070), para quem, embora o setor farmacêutico não esteja sendo afetado pela crise na mesma proporção da maioria dos demais setores, a pressão por melhores custos e qualidade ainda permanece.
Carla Lemos Batista, coordenadora de qualidade, e Tatiane Fochezatto, farmacêutica responsável da Transportadora Minuano (Fone: 51 2121,0945), também lembram que o setor tem apresentado um crescimento significante mesmo com a situação econômica desfavorável, em decorrência de a população estar, neste momento, priorizando o que é essencial, como é o caso dos medicamentos. “Na representatividade de clientes de outros segmentos, o farma teve um aumento na demanda de 5%, comparado aos demais segmentos.” Porém, se a demanda no segmento está aquecida, há muita concorrência. Isto ocorre, segundo Antônio Carlos Lentz, gerente comercial corporativo da Transportes Translovato (Fone: 54 3026.2777), porque, devido à crise, várias empresas que antes não atuavam neste segmento começaram a vislumbrar uma oportunidade de recuperação e crescimento de faturamento. Por outro lado – continua Lentz –, o cliente que antes não tinha tanta oferta de fornecedores, pagava uma tarifa com maior margem, e o aumento da concorrência tem feito com que esta tarifa diminua consideravelmente.
“Observamos que no mercado de Operadores Logísticos e transportadoras que atuam no setor farmacêutico, sempre surgem novas empresas, contudo, devido à complexidade da operação – exigência de documentação e investimento em estrutura adequada, por exemplo –, poucas empresas conseguem se manter no setor”, complementa Marcos Fontes, gerente comercial da Transrefer Transporte e Logística (Fone: 31 2191.6400). Ele também aponta que o mercado farmacêutico tende a manter-se estável apesar da grave crise enfrentada pelo país. “No entanto, algumas empresas do setor que possuem a maior receita advinda do governo – licitações – estão enfrentando sérios problemas de recebimento.”
Valdomiro Fellippe, gerente operacional São Paulo da Via Pajuçara Transportes (Fone: 11 3585.6900), também está de acordo: “em razão das exigências do segmento e da legislação em vigor, a demanda de fornecedores é restrita”. Eduardo Rodrigues, diretor de Marketing e Vendas da DHL Global Forwarding (Fone: 11 5042.5500), também aponta o desempenho do segmento por este caminho. Ele coloca que o setor farmacêutico está passando por grandes transformações no que se refere à logística, principalmente no Brasil. Como a maioria das matérias primas é importada e o câmbio se encontra em um dos patamares mais altos da história, as empresas estão tendo lucros muito baixos, e o ponto onde ainda existe espaço para atuação é justamente nas operações e cadeias logísticas envolvendo agentes de carga, Operadores e despachantes. “A demanda de Operadores capacitados e qualificados para operar na indústria farmacêutica ainda é alta. As exigências do setor e o nível de investimento requerido limita o número de transportadores com as qualificações necessárias para operar no setor em alto nível.”
Ainda falando da demanda de OLs e transportadoras para o segmento, Clóvis Luiz De Bona, diretor comercial da Expresso São Miguel (Fone: 49 3361.6685), revela: “percebemos uma queda em função do momento que o País está passando, porém, a busca de novos clientes, associada a níveis de serviços elevados, faz com que esta demanda não seja demasiadamente elástica”.
De Bona é complementado por Agnaldo José dos Santos, diretor operacional da Polar Truck Service (Fone: 19 3765.9999). Para este, o Brasil está passando por um momento delicado, onde todos os segmentos do transporte estão passando por dificuldades, e a farmacêutico não é diferente. “Mas, por se tratar de um segmento diferenciado, onde a saúde é o foco, acreditamos que logo volte a sua realidade.”
Tendências
Em face da situação econômica e das características do segmento, quais são as tendências para transporte, distribuição e armazenagem neste setor?
Ubiraci Vicente, coordenador de marketing da Ativa Logística (Fone: 11 2902.5000), lembra que, nos últimos anos, a logística farmacêutica é tema presente em vários fóruns de discussão por todo o país. Assim, de acordo com ele, na pauta, o principal foco hoje é a qualidade na prestação de serviços logísticos oferecidos pelo mercado.
Borghi, da Expresso Arghi, aposta em um crescimento contínuo, com investimento – em pessoas e infraestrutura – e inovação, pois há muito que se fazer nesse setor e sem esses quesitos básicos não há como acompanhar.
“Entendo que a grande tendência do setor é focar cada vez mais em qualidade, rastreabilidade e velocidade, não só para atender às exigências legais, mas para trazer vantagens competitivas para as empresas em um setor que continua crescendo. Ou seja, como é um setor atrativo, cada vez mais players entrarão no mercado e os operadores terão que se diferenciar para ter destaque. Outro setor de destaque é a venda de serviços de gestão de materiais e medicamentos dentro dos hospitais, incluindo o recebimento, a armazenagem, unitização e dispensação de medicamentos para os pacientes”, avalia Machado, da RV Ímola.
A análise de Rodrigues, da DHL Global Forwarding, também aborda a inovação e é mais técnica. Ele aponta, como tendências, os dataloggers de última geração, capazes de medir, além da temperatura, a pressão, os impactos, a umidade e a luminosidade. Tudo isso sendo transmitido através das redes de celulares muito próximos ao real time. Outra tendência, ainda segundo o diretor de Marketing e Vendas, é a utilização de drones para a entrega de medicamentos, o que já vem sendo feito pela DHL em alguns locais da Alemanha.
Já para Marcos Cerqueira, Sector Leader, Life Science and Healthcare da DHL Supply Chain (Fone: 19 3206.2200), as novas demandas regulamentadoras trazem uma tendência de maior visibilidade, e também reduzem os níveis de estoque no canal. “Isto é especialmente importante em um ambiente aonde os genéricos vêm substituindo produtos de alta margem de lucro, e onde práticas de manutenção de altos níveis de estoque têm reduzido a rentabilidade a níveis insustentáveis. Um provedor de logística terceirizado pode fornecer instalações especializadas para produtos farmacêuticos e equipamentos médicos que atendam requisitos específicos de qualidade, temperatura e validação.”
Mais exigências também é uma tendência para transporte, distribuição e armazenagem neste setor, de acordo com De Bona, da Expresso São Miguel. Para ele, as tendências apontam para embarcadores e clientes mais exigentes, selecionando ainda mais os fornecedores de serviços.
“De fato, este é um segmento que demanda melhoria contínua. A responsabilidade do embarcador sobre as consequências previstas em lei para produtos de aplicação tão importante como é o remédio, é totalmente dividida com seu Operador. É inevitável que o Operador aporte tecnologia para garantir qualidade e segurança para o embarcador”, complementa Serrano, da GAT Logística.
E, neste contexto de melhoria contínua, também cabe a avaliação de Gabriela e de Mesquiari, do Grupo Protege. Eles apontam para uma maior atuação de farmacêuticos e regulamentação dos processos por parte dos órgãos sanitários.
As tendências no transporte, de acordo com Carla e Tatiane, da Transportadora Minuano, são de integridade da carga, especialização e foco neste segmento, pois este exige alto nível de qualidade dos serviços prestados. A qualificação da mão de obra também é essencial, segundo as profissionais.
Lentz, da Translovato, também fala em especialização. Segundo ele, é esperado um crescimento no setor de farma, pois como sempre é dito, remédio não pode deixar de ser comprado, por este motivo o transporte e a especialização nos medicamentos controlados são tendências cada vez maiores. Também é notório o crescimento do segmento de cosméticos/beleza, que está atrelado ao farma, e teve um dos maiores crescimentos no Brasil, entre todos os segmentos, segundo o gerente comercial corporativo da Translovato.
“Enquanto transportadores de medicamentos e produtos refrigerados, estamos observando a tendência do crescimento no transporte de cargas que antes eram consideradas secas em veículos com temperatura entre 15º e 25ºC, justamente devido às altas temperaturas de transporte que podem chegar em veículos inadequados”, aponta, agora, Santos, da Polar.
Problemas
Em um segmento que atua com produtos sensíveis à temperatura e é alvo de cobiça de quadrilhas especializadas em roubo destas cargas, quais seriam os maiores problemas enfrentados pelos Operadores Logísticos e pelas transportadoras, além do roubo de cargas e das restrições à circulação de caminhões? E quais seriam as soluções?
Em primeiro lugar, e próximo à questão do roubo de carga, está a falta de pontos de paradas e apoio que ofereçam segurança, conforme enumera Rivas Rezende da Costa, diretor geral da Quick Logística (Fone: 62 3269.1801). Para ele, a solução deste problema passa pela decisão governamental em resolver a questão de segurança e infraestrutura.
Segundo aponta Vicente, da Ativa Logística, a carga de medicamentos requer cuidados especiais, o que torna a logística muito delicada. Algumas categorias, como a dos medicamentos constantes na resolução da portaria 344/98, necessitam de rastreabilidade rigorosa na armazenagem e transporte. A solução? “A Ativa Logística investe em equipamentos e na implantação de eficientes sistemas de segurança. Além disso, a empresa investiu em uma nova estrutura operacional.”
Realmente, os maiores desafios na logística do setor estão ligados à integridade do produto para garantir que ele chegue em perfeitas condições de uso ao paciente. “O transporte com temperatura controlada talvez seja o maior dos desafios, uma vez que a excelência na qualidade do produto na ponta depende de uma grande gama de processos que são, na sua maioria das vezes, muito custosos”, lembra o diretor de Marketing e Vendas da DHL Global Forwarding.
Outros desafios são os estudos de viabilidade, as embalagens, os SOPs, a decisão dos modais e o timing das agências reguladoras e da Receita Federal, que muitas vezes oneram gravemente os custos de armazenagem e leasing dos equipamentos. “Na DHL Global Forwarding, temos uma unidade de negócios específica para o transporte de produtos de temperatura controlada, responsável pela regulamentação, manutenção, inovação e continuidade de serviços relacionados ao setor farmacêutico”, completa Rodrigues.
Machado, da RV Ímola, também aponta para a integridade da carga. “Eu não chamaria de problemas, mas de particularidades que trazem desafios. Na minha visão, o principal deles é manter a integridade dos medicamentos. Cada medicamento deve ser mantido em temperaturas específicas do momento que saem da fábrica até serem ministrados em pacientes ou entregues ao usuário. Tudo isso demanda a utilização de veículos específicos e preparados para tal, além de trazer mais esse tema para o planejamento de operações em adição a todos os desafios já inerentes às operações logísticas em geral. Um time de farmacêuticos e equipe bem qualificada são fundamentais para alcançar esse objetivo”, decreta o vice-presidente de operações da RV Ímola.
Outro tema importante – ainda segundo Machado – é a rastreabilidade de medicamentos, onde informações de lote de produção e validade de todos os medicamentos devem ser rastreadas do início ao fim da Supply Chain. “Investir no nosso time e atrair profissionais com experiência em operações logísticas no segmento farmacêutico são pontos fundamentais para contornar essas situações. Investimentos em tecnologia de informação para manter a rastreabilidade dos produtos transportados também se tornam fundamentais, bem como um plano de manutenção preventiva e qualificação de veículos adequadas”, completa.
Realmente, o transporte de medicamentos é bem complexo, muitos produtos exigem transporte com temperatura controlada e esse requisito torna-se um problema quando a entrega ocorre em distribuidores farmacêuticos onde o tempo médio para realização da entrega é de 4 a 8 horas. “A Transrefer mantém um diálogo constante com fornecedores e clientes para otimizar a entrega, além disso, investe constantemente no treinamento da sua equipe e desenvolve um manual de boas práticas no transporte de medicamentos, que é amplamente divulgado entre seus colaboradores”, explica Fontes.
Por outro lado, as exigências sanitárias têm sofrido adequações e aprimoramentos contínuos, a fim de garantir a qualidade do produto final ao consumidor, e também é um ponto a ser considerado como características intrínsecas do setor. “Dentro desta cadeia, o transportador se tornou responsável direto pela eficácia, já que deverá compartilhar com o fabricante as questões que envolvem o correto armazenamento e manuseio durante o transporte, além da questão dos recorrentes sinistros com cargas de medicamentos e insumos farmacêuticos”, expõe, agora, Gabriela, do Grupo Protege.
A solução para minimizar é explicada pelo gerente de produto da mesma empresa. “O Grupo Protege investe em alta tecnologia que permite o monitoramento e controle de fatores externos e internos, como temperatura e umidade, que podem interferir diretamente na qualidade final do produto, como crescimento de microorganismos e reações físico-químicas”, explica.
Cerqueira, da DHL Supply Chain, também destaca que as agências reguladoras em todo o mundo estão emitindo novas exigências que visam bloquear esta avalanche de produtos falsificados no setor de LSH. Estes novos regulamentos impõem despesas adicionais significativas para segurança e coleta de dados em toda a cadeia de abastecimento. E para cumprir tais regulamentos, a indústria de LS&HC e todas as partes envolvidas na cadeia de abastecimento devem adotar protocolos rigorosos de serialização que monitoram a proveniência de medicamentos e seus componentes/ingredientes. “Além de desenvolver soluções de tecnologia para atender as novas demandas do mercado, vemos que o futuro está em uma rede integrada que implemente um modelo de torre de controle e gestão de processo, e assuma um papel de administração”, completa Cerqueira.
Carla e Tatiane, da Transportadora Minuano, também falam em cumprimento de legislação como problema para atuar neste segmento. “Enfrentamos problemas em relação a questões de legislação que rege esse segmento, que, às vezes, é muito burocrática. Para a expansão do setor são exigidas leis, regulamentos e normas que dependem de órgãos públicos, e sabemos da deficiência atual, quadro de colaboradores de servidores públicos, prejudicando consideravelmente a agilidade do processo. Infelizmente estamos nas mãos dos órgãos governamentais, e a lentidão dos processos e suas resoluções são extremamente demoradas”, concluem as representantes da Transportadora Minuano.
Burocracia é, também, apontada por Lentz, da Translovato, como problema do setor. “A burocracia e as leis que regulamentam os prestadores de serviço deste segmento requerem, muitas vezes, investimentos em pagamento de licenças especiais, pessoal técnico e infraestrutura, o que eleva consideravelmente os custos de operação. Por outro lado, muitas transportadoras não investem conforme determina a legislação e, com isso, conseguem ser mais competitivos, pois seu custo é menor.”
Para o gerente comercial corporativo da Translovato, quanto à questão da irregularidade das transportadoras, o problema será resolvido somente com uma fiscalização mais ativa e eficaz por parte do governo. “Quanto a nossa empresa, estamos investindo gradativamente em estrutura conforme estabelece a legislação.”
Para Borghi, da Expresso Arghi, atrelados aos problemas de roubo e circulação estão os elevados custos com seguro e o gerenciamento de risco. “Se formos comparar os custos dentro do segmento, existem, por exemplo, o de carga seca que tem volume e grande saída da carga para o mercado negro e, como consequência, a taxa de seguro e do gerenciamento é alta, e o dos produtos termolábeis, com pouco volume e alto valor agregado, que também têm essas taxas altas, devido ao tipo de mercadoria, que se não for entregue no prazo correto perde totalmente sua utilidade.” Como solução, o proprietário da Expresso Arghi informa que o SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região tem atuado com empenho e conquistado excelentes resultados, mas há sempre melhorias a serem realizadas.
Fellippe, da Via Pajuçara, também lembra que a diversidade de gerenciamento de risco por parte das seguradoras prejudica significativamente o planejamento e aproveitamento dos veículos de transferência e de distribuição. Segundo ele, o ideal seria que o mercado estabelecesse algo padrão de Gerenciamento de Risco para a área farmacêutica. “Aqui resolvemos a situação, aceitando o Gerenciamento de Risco somente nas condições que operamos com a nossa seguradora”, aponta o gerente operacional São Paulo da Via Pajuçara.
“O segmento é exigente por natureza, e operar para este negócio é complexo por si só. Podemos elencar com firmeza que o processo para atingir KPIs altíssimos e acuracidade máxima de inventário e entrega são desafios do processo logístico para o farmacêutico. Para atender um grande embarcador do segmento, o próximo grande desafio será se adequar à legislação de serialização, dita RDC 54.”
Para Serrano, da GAT Logística, estes são desafios operacionais, que exigem grande capacidade de reação baseada em reengenharia de produção. “O desafio é manter a continuidade do bom serviço prestado administrando a dinâmica de mercado, legislação e exigências do próprio embarcador”, declara.
A Polar é uma transportadora que está focada no transporte de medicamentos refrigerados, e consequentemente manter esse tipo de produto na temperatura determinada pelo cliente e órgãos reguladores é um grande desafio. “O transporte é a continuação do processo e, desta forma, deve ser preservado para que suas características químicas não sejam afetadas por ações de intempéries.”
Ainda segundo o diretor operacional da empresa, hoje a Polar trabalha com modernos sistemas de refrigeração para garantir que a temperatura fique adequada durante o transporte. Além disso, todos os carregamentos seguem com dataloggers que registram os dados das viagens, além de contar com sistema de rastreador que oferece, como opcional, a tendência da temperatura dentro do baú refrigerado, ou seja, em caso do sistema de refrigeração chegar a uma temperatura mais alta do que o especificado, é possível que o operador do sistema de rastreamento entre em contato com o motorista para levantar o que pode estar acontecendo.
Investimentos dos OLs e das transportadora no setor
Ativa Logística: planeja investir 8 milhões em renovação da frota e na ampliação da filial em Curitiba, PR.
DHL Global Forwarding: investe frequentemente na qualificação e treinamento de pessoal com uma unidade dedicada de atendimento ao cliente da área farmacêutica. O foco está na aplicação de novas tecnologias, aliada à qualificação do seu processo standard dentro das normas de Good Distribution Practices exigidos pelo mercado.
DHL Supply Chain: entre 2013 e 2014, investiu R$ 14 milhões na modernização no gerenciamento dos armazéns. Para 2016, se prepara para atualizar o sistema e atender às novas exigências da ANVISA em termos de rastreabilidade.
Expresso Arghi: deve investir em tecnologia para ter ainda mais rastreabilidade das cargas, além de aumentar a capacidade de armazenagem segregada, renovar a frota e continuar investindo em capacitação.
Expresso São Miguel: está investindo em treinamento e capacitação de todo o quadro de funcionários.
GAT Logística: a empresa tem em seu plano de desenvolvimento o crescimento no segmento farmacêutico. Para o ano de 2015 está previsto o aumento de sua frota com novos veículos isotérmicos, veículos com medidas de baús especiais e incremento de equipamentos como plataforma de descarga em seus carros voltados ao segmento. Está prevista, para o início de 2016, a inauguração de um Centro de Distribuição no seu complexo em Guarulhos, SP. Este prédio deve ter aproximadamente 15.000 m², com cerca de 18.000 posições-paletes, totalmente desenvolvido para novos negócios para farma.
Grupo Protege: está investindo em frotas dedicadas a este segmento, com blindagem, equipe qualificada e treinada, baú com revestimento de fibra de vidro, sistema de refrigeração e rastreabilidade da carga em tempo real.
Polar Truck Service: investe muito no futuro da companhia, desde o preparo da equipe até a aquisição de modernos sistemas de refrigeração. Além disso, tem investido em travas eletrônicas para apresentar a seus clientes mais uma opção de segurança, veículos double deck que comportam ate 72 paletes e sistemas operacionais internos para controle da frota.
Quick Logística: vai investir na construção de Centros de Distribuição em pontos estratégicos.
RV Ímola: está investindo em câmaras frias para o armazenamento de medicamentos que exigem essas condições e, também, em um sistema de gestão de operações logísticas que vai abordar, de forma unificada, toda a cadeia de suprimentos, desde a coleta nas fábricas, passando pelo transporte, armazenagem, entrega em diversas localidades e para os pacientes em hospitais.
Transportadora Minuano: aposta na adaptação de mais veículos da frota para atuar nesse segmento e na construção de um novo terminal de cargas, na matriz, voltado em grande parte para este segmento.
Transrefer Transporte e Logística: vai inaugurar nova estrutura no Estado de GO, onde atuará, também, como Operador Logístico.