Paulista Express é considerada a melhor transportadora de brinquedos por embarcadores do setor

14/12/2012

RTE Rodonaves Transportes e Transcompras ficaram com o 2º e 3º lugares da categoria, respectivamente. Para os próximos anos espera-se que haja uma retomada desse segmento, principalmente em função da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

A transportadora Paulista Express (Fone: 11 4397.6600) foi a vencedora da categoria brinquedos do 6º Prêmio Top do Transporte. E não foram poucos os motivos para que a companhia conseguisse conquistar os embarcadores do setor e levar o Prêmio para casa: serviço agregado e pontualidade foram os grandes diferenciais que conquistaram o mercado, na opinião de Felipe Siqueira, analista de projetos da empresa. “Fazemos o serviço completo, desde a coleta até o pós-venda. Cerca de 85% das nossas entregas de cargas fracionadas, que são realizadas na cidade de São Paulo e na Baixada Santista, são feitas em até 24 horas. Tornamo-nos especialistas em entrega de brinquedos e, na carga fracionada, o setor é responsável por 54% do faturamento da empresa”, explica.

Quem também recebeu o reconhecimento do mercado e foi homenageado com o Prêmio Top do Transporte foi a RTE Rodonaves (Fone: 11 2192.3100), a segunda colocada na categoria brinquedos. “Para nós é sempre uma alegria muito grande ser reconhecido assim, pois estamos focados no mercado do distribuidor para o varejo, na maioria dos segmentos que atendemos e, mesmo assim, somos lembrados no Prêmio, apesar dele ser focado no trabalho da transportadora com a indústria”. A importância do Prêmio Top do Transporte para a segunda colocada da 6ª edição da premiação explicitada na fala de Fabio Pires de Andrade, gerente geral de filiais da RTE Rodonaves, é tão grande que o Prêmio foi um dos impulsionadores para que a transportadora passasse a prestar mais atenção à atuação direta com a indústria, que já fazia parte da carteira de clientes da transportadora, mas em pequena escala. “Com o Prêmio, notamos nossa abertura para a indústria, percebemos que tínhamos influência e que podíamos aproveitar mais esse tipo de cliente”, afirma Andrade. Desde 2005 atuando com o transporte de brinquedos, cujo primeiro cliente de expressão foi a Mattel, a transportadora atua hoje com clientes como Longjump e Yellow, além do distribuidor JC Brothers.

Para a terceira colocada na categoria brinquedos do Prêmio Top do Transporte 2012, a Transcompras (Fone: 79 3114.4861), o mercado de brinquedos foi um dos únicos que superou as expectativas este ano. A transportadora cresceu de 10% a 15% no volume transportado de brinquedos em 2012 e conseguiu se manter em ascensão. Já o faturamento geral da empresa saltou de R$ 69 milhões em 2011 para R$ 75 milhões em 2012. E não deve parar por ai. Em 2013, espera-se manter o patamar de crescimento de 10 a 15% em volume transportado, apenas no segmento de brinquedo. A companhia, que hoje atua com clientes como Grupo Longjump, Grow, Guliver, Homeplay, Líder brinquedos, Conthey e Estrela, está no mercado de transportes há 24 anos e possui unidades em quatro estados do Nordeste: Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco. Além disso, conta com filiais nas cidades de São Paulo, Guarulhos e Campinas, SP, e Rio de Janeiro, RJ.

COMO ATUAM AS VENCEDORAS
Há 18 anos no mercado e atuando com grandes players, como Grow, Estrela e Toyster, a Paulista Express realiza, também, toda a separação dos itens dos clientes de acordo com a necessidade de cada um. Além do transporte das cargas, a companhia atua com serviços de armazenagem e operações logísticas, consultoria logística, consolidação e distribuição de produtos acabados e matérias-primas, movimentação interna e recepção de materiais. Em 2010, abriu uma nova filial na região de Diadema, SP, com complexo de armazém e serviços logísticos com área de 7.000 m², 8 portões de acesso de carga e descarga, segurança armada de 24 horas, área de veículos em espera e estrutura completa para quem necessita acondicionar e manipular suas mercadorias com rapidez. A filial ainda conta com portapaletes, racks metálicos, salas fechadas para guarda-volumes, ova e desova de contêineres e área de transbordo de carga. “Hoje, a concorrência é muito grande, se você não tem diversificação do serviço para o cliente, se dispõe a quebrar. As empresas estão sendo obrigadas a disponibilizar outros serviços, já que somente o transporte não é mais capaz de suprir o mercado. E não é só a diversificação do serviço: a parte de facilidade para o cliente também é muito importante. É sempre possível encontrar preços menores que o seu, então, você precisa ter um diferencial para sobreviver”, afirma Siqueira. A Paulista Express possui sede em São Bernardo do Campo, SP, e outra filial no Paraná.

Buscando manter-se atualizada para atuar no setor, a RTE Rodonaves acredita que o principal diferencial do serviço prestado para o segmento de brinquedos está no atendimento, onde são realizados treinamentos constantes. Na rota de entrega da companhia estão sete estados, além do Distrito Federal. Cerca de 140 unidades estão espalhadas na malha de atuação, deixando a empresa sempre perto dos clientes – tanto do distribuidor quanto da indústria. “Por conta da nossa malha, o cliente sabe que se transportar conosco, a entrega vai ser feita no momento estipulado”, afirma Andrade.

Já a Transcompras, de acordo com o site da companhia, possui um Centro de Distribuição em São Paulo com 10.000 m² de área construída e participa com 55% no faturamento da empresa, que atualmente é uma das maiores no setor de transporte de cargas de Sergipe, com aproximadamente 45% de participação do mercado. “Boa parte da nossa estrutura física é própria. O diretor investe muito em qualificação profissional e trabalha muito forte na estrutura física e de distribuição para atender a demanda e sazonalidade dos segmentos que atuamos”, afirma Márcio Cantuário, gerente comercial da unidade de Guarulhos da transportadora.

Nascida no Nordeste, a Transcompras mantém cerca de 700 colaboradores responsáveis pelas operações da companhia que, segundo Cantuário, tem como maior diferencial o pós-venda bem estruturado. “Como transportador, temos dois clientes – o embarcador e o destinatário. Mantemo-nos atualizados sobre os períodos de compra da mercadoria pelo destinatário e, assim, conseguimos criar um relacionamento maior com eles. Com isso, o embarcador acaba ficando feliz também. Isso é algo que sempre nos ajuda, tendo em vista que precisamos atender a especificidades do setor, como a pontualidade na coleta e entrega, mesmo lidando com problemas como a falta de infraestrutura das estradas, fiscalização burocrática e lenta nos postos, além da falta de pagamento do imposto antecipado, que, em alguns estados, é obrigatório para que a carga seja liberada e entregue ao destinatário”, afirma Cantuário.

TREINAR PARA ENTREGAR
O treinamento dos colaboradores que irão manusear e transportar as cargas é um ponto que as transportadoras buscam dar a maior atenção possível, para que, no final da cadeia de entrega, os pedidos cheguem ao destinatário de acordo com o que foi estipulado no momento da contratação do frete.

No caso da Transcompras, treinamentos específicos são realizados para atender o segmento de brinquedos, ensinando aos colaboradores a respeitar o peso da mercadoria, a integridade da embalagem e a quantidade carregada por caminhão. “Nada pode ser forçado e justo demais nos caminhões para não causar avarias. Trabalhamos para garantir que a carga chegue ao destinatário com a mesma integridade que saiu do fabricante”, afirma Cantuário.

Já na RTE Rodonaves são mantidos programas de treinamento voltados tanto para a área comercial da companhia, como para os colaboradores que atuam no manuseio e transporte das cargas. De acordo com o site da transportadora, os motoristas participam do Programa Farol de Milha, que busca capacitá-los para o dia a dia nas estradas brasileiras e possui três cursos: direção defensiva, direção econômica e aprimoramento na condução de veículos. Na parte operacional, há um programa específico para desenvolver e aperfeiçoar profissionais envolvidos com a movimentação de mercadorias, dando uma visão abrangente e integrada de todas as atividades operacionais. A fim de capacitar seus novos assistentes comerciais, a RTE Rodonaves desenvolve, também, o Vencer – Programa de Capacitação para Assistentes Comerciais, cujos objetivos são desenvolver e aperfeiçoar a equipe de profissionais envolvidos com atendimento de clientes e proporcionar aos participantes uma visão de todas as atividades da empresa.

Nos trabalhos desenvolvidos na Paulista Express, os colaboradores recebem treinamentos específicos realizados pelo conferente líder do armazém.

FROTA E INVESTIMENTOS
Apesar de não ter planos em curto prazo para aumentar sua atuação, a RTE Rodonaves deverá investir altas somas em automação de armazéns para conferência e movimentação de cargas. A previsão é que a frota seja mantida na política atual, sendo que a maioria dos veículos é própria, pelos próximos dois anos. Ao todo, a empresa atua com 710 equipamentos próprios e outros 341 de terceiros, entre veículos extrapesados, pesados, médios e leves. Mesmo sem contar com grandes aumentos na demanda pelo transporte em relação a 2011 nesse ano, a RTE Rodonaves espera um crescimento de 20% no volume transportado para 2013, previsão dada pelos clientes da transportadora.

Os investimentos da Paulista Express estão voltados para expandir a sede em São Bernardo do Campo, que apresenta grande demanda de trabalho. Hoje, a companhia atua com frota que inclui 46 equipamentos próprios, de carretas a furgões, além de outros 70 veículos terceirizados. Na frota, há utilitários de pequeno e médio porte, como caminhões baús, siders e carretas.

Na Transcompras os investimentos deverão ser feitos nas áreas de capacitação de colaboradores e para manter a estrutura física atual da companhia, que atua com equipamentos como carretas, trucks e vans, mantendo uma frota de cerca de 400 veículos próprios, mais de 100 agregados e mais de 400 terceirizados.

OS OBSTÁCULOS E A RETOMADA DO SETOR
Mesmo com toda a estrutura que as transportadoras mantêm, elas ainda encontram dificuldades para atuar num mercado com tantas especificações e demandas, como o de transportes de brinquedos. “O cliente quer que a carga seja entregue. Mas, às vezes, não existe um agendamento em tempo hábil por parte dele. Acabamos tendo que fazer o planejamento e a entrega em cima da hora e, por isso, sofremos com hora extra e desgaste do funcionário. Mas, sabemos como o mercado atua e temos que arcar com isso, mesmo enfrentando um custo mais elevado de transporte”, explica Siqueira, da Paulista Express. Ainda segundo o analista de projetos, outro problema do setor está nas entregas realizadas em locais como mercados e grandes magazines. A companhia se preocupa em manter colaboradores especializados para manejar as cargas, mas nesses locais a descarga precisa ser feita pelos funcionários da loja, obrigando a empresa a arcar com os valores impostos por ela. “Podemos levar dois ajudantes nossos registrados, com o conhecimento da carga. Mas se eles não quiserem que eu use os meus ajudantes, tenho que usar, obrigatoriamente, a força de trabalho deles e pagar o que eles determinam. Ou faço isso, ou a carga do cliente não é entregue”, continua.

Na opinião de Andrade, da RTE Rodonaves, além de lidar com a sazonalidade específica do mercado de brinquedos, as entregas não são tão fáceis de serem realizadas em shoppings, por exemplo. “Nem sempre as lojas têm estrutura para receber a carga, pois os brinquedos são volumosos. O varejo faz grandes pedidos, a indústria disponibiliza a carga, mas não conseguimos entregar porque não existe espaço físico na loja para receber tudo. Quando isso ocorre, precisamos desmembrar a entrega e vamos entregando na medida da capacidade de recebimento de cada loja”, explica.

Num mercado em que o crescimento não ocorre mais com tanta frequência como no passado, um alívio econômico pode ser trazido pela Copa do Mundo.

De acordo com Siqueira, da Paulista Express, há cinco anos o mercado está sentindo a queda da demanda e do faturamento no transporte de brinquedos, em função da economia do país. Essa queda fez com que a transportadora, inclusive, começasse a atuar em outras áreas, com contêiner e armazenagem, para impedir que o faturamento caísse muito. “Tem cinco anos que o mercado está sentindo a queda da demanda e do faturamento em brinquedos. Em função da economia do país, o problema não é o preço final. Continuamos fazendo entregas para as mesmas cidades, os clientes não estão dividindo a nossa carga com outra transportadora e, mesmo assim, a demanda está caindo”, explica Siqueira. Para os próximos anos, ele afirma que é esperada uma retomada desse segmento, principalmente em função da Copa do Mundo que acontecerá no Brasil. Os lançamentos de mascotes e outros brinquedos relacionados aos jogos, apesar de não terem um impacto tão grande esperado, poderão ajudar a escalar o faturamento.

Tabela de Eleitos

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