Globalização – era da oportunidade fantástica e abertura econômica

06/04/2015

A globalização tem sido vista como fenômeno impar da sociedade moderna, uma vez que permite maior abertura dos mercados e amplia de forma significativa o potencial de distribuição de bens e serviço pela Cadeia Logística. Pela perspectiva econômica, temos a conceituação da globalização como:

“Processo típico da segunda metade do séc. XX que conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países, especialmente no que toca à produção de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros e à difusão de informações” (FERREIRA, 1999).

Para entendermos a globalização por sua perspectiva mundial, é necessário identificar a gênese deste fenômeno, que começou há muito tempo. Os primeiros passos rumo à conformação de um mercado mundial e de uma economia global remontam aos séculos XV e XVI, com a expansão ultramarina europeia.

Quando Cristóvão Colombo chegou à América, em 1492, deu início ao que alguns historiadores chamam de primeira globalização. O mercantilismo estimulou a procura de diversas rotas comerciais da Europa para a Ásia e a África, cujas riquezas iriam somar-se aos tesouros extraídos das minas de prata e outro do continente americano. Tais riquezas iriam somar-se aos tesouros extraídos das minas de prata e de ouro do continente americano.

Essas riquezas forneceram a base para a Revolução Industrial, no fim do século XVIII, que com o tempo desenvolveu o trabalho assalariado e o mercado consumidor. As descobertas científicas e a expansão dos setores industrializados possibilitaram o desenvolvimento da exportação de produtos.

Em consequência deste novo panorama surgiram, em fins do século XIX, as corporações multinacionais, industriais e financeiras, que iriam reforçar-se e crescer no século seguinte. O mercado mundial estava, então, atingindo todos os continentes. A interdependência econômica entre as nações tornou-se evidente em 1929, ocasião em que se deu a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, originando a depressão econômica que teve consequências negativas em todo o planeta.

No mesmo século XX, é importante ressaltar o fenômeno da Revolução Russa de 1917, considerado um dos acontecimentos mais importantes do referido século, quando pela primeira vez um país derrubou um sistema capitalista e caminhou em direção ao comunismo, regime em que os meios de produção, como fábricas e as fazendas, deixam de ser propriedades particulares e se tornam propriedades sociais, pertencentes ao Estado.

Com avanço da industrialização ampliou-se o número de operários, impulsionada de fora pelo capital financeiro europeu, pressionada pelo descontentamento no campo e por greves de cidades; a elite Russa preferiu manter-se vinculada à velha aristocracia feudal.

Em 1989 ocorre a queda do Muro de Berlim, marco da derrocada dos regimes comunistas no Leste Europeu. Nos anos seguintes, esses países serão incorporados ao sistema econômico mundial. A própria integração econômica acentuou-se a partir dos anos 1990, por intermédio da revolução tecnológica, especialmente o setor de telecomunicações.

A Internet, rede mundial de  computadores revelou-se a mais inovadora tecnologia de comunicação e informação do planeta. A troca de informações (dados, voz e imagens) tornou-se quase instantânea, o que acelerou muito o fechamento de negócios, sobretudo o controle em tempo real das operações, onde a informação antecedem as ações, ou as desencadeiam.

Ainda no período final do século XX, mais notadamente a partir de 1985, um fenômeno de natureza política teve forte impacto de natureza econômica. Com a burocracia em crise, iniciou-se um processo de reformas. O dirigente Mikhail Gorbatchov instituiu a Perestroika (Reestruturação), cujas mudanças abriam o país ao Capitalismo, e a Glasnost (Transparência), que levou ao abrandamento da censura. Em agosto de 1991, as três repúblicas bálticas – Lituânia, Letônia e Estônia se desligaram da URSS. Em Dezembro Gorbatchov renunciou e a URSS deixou de existir. As outras 12 repúblicas que compunham o país, entre as quais a Federação Russa, passaram a fazer parte da Comunidade dos Estados Independentes – CEI, fórum de coordenação política e econômica.

Movimentos como este e outros após a II Guerra Mundial retiraram diversos países de uma inserção direta no mercado mundial, com significativos impactos nas operações logísticas internacionais.

Com o passar do tempo os regimes comunistas passaram a sentir crescente pressão econômica e política, e foram se abrindo, gradualmente.

A globalização só foi possível de ser consolidada devido ao incremento da tecnologia. E esta, por sua vez, também tem sua dose de impacto na área de Logística, permitindo, por meio de técnicas adequadas, uma nova organização e estruturação dos processos produtivos e sistemas logísticos, tornando fornecedores e prestadores de serviços globais.

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