Hoje, o profissional de logística é bem preparado, disputado, bem remunerado e vem ocupando cada vez mais cargos estratégicos dentro das empresas, ligados às áreas de planejamento, análise e inteligência. Pelo menos esta é uma das conclusões da pesquisa realizada pela Abralog.
Wanderley Gonelli Gonçalves
Já em sua primeira edição, ainda no formato de jornal, Logweb dava destaque, na capa, ao profissional de logística. Daquele 2002 para cá, a publicação tem acompanhado o trabalho destes profissionais, apontando as exigências, as tendências, as mudanças, como faz neste número.
Por exemplo, no que se refere às mudanças ocorridas nos últimos cinco anos nesta profissão, Edson Carillo, diretor da Connexxion Supply Chain Engineering (Fone: 11 3521.7038), lembra que os processos logísticos têm se sofisticado, então é exigida mais capacidade analítica do profissional para a solução de problemas mais complexos. Por outro lado, ainda segundo Carillo, sistemas automáticos e tecnologia da informação fazem cada vez mais parte do dia-a-dia do profissional de logística, então são exigidos conhecimento de sistemas e capacidade de gestão/planejamento destes sistemas. "Ambientes mais dinâmicos compõem outras características”, completa.
“Em minha opinião e com base na experiência aplicada em consultoria de logística, temos alcançado resultados extraordinários enfatizando a otimização: otimização dos estoques, do atendimento, das entregas, da produtividade, dos gargalos, enfim, dos resultados empresariais. Inovação é outra mudança dramática nestes últimos cinco anos. No entanto, percebo que ainda são poucos os profissionais que estão efetivamente capacitados para colocar as técnicas de inovação na prática, implementando mudanças efetivas. Poucos sabem que existe método para isto. É crescente e cada vez mais preponderante um diferenciado conhecimento real sobre engenharia da computação e tecnologias da informação, e sua efetiva aplicação. Habilitação em gerenciamento de riscos, projetos, custos e tributos também representam expressiva diferença, pois as empresas cobram resultados efetivos de curto prazo, e não têm mais espaço para errar”, acrescenta Daniel Gasnier, diretor da consultoria DanielGasnier.com (Fone: 11 3373.7549).
De fato, para Fernando Guilhobel Rosas Trigueiro, consultor em logística e coordenador do MBA em Logística Empresarial da FCAP/UPE – Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (Fone: 81-3432.7308), a grande mudança foi pela exigência de profissionais qualificados. Não só aquele com base prática, mas, também, com base teórica e visão sistêmica.
Ele é complementando por Fabiano Stringher, professor da Fundação Vanzolini (Fone: 11 3145.3717) e do Centro de Inovação em Sistemas Logísticos da Escola Politécnica da USP (CISLog POLI/USP): “além da experiência na área de logística, percebe-se cada vez mais a necessidade de conhecer as novas regulamentações do setor, como as restrições à circulação de veículos nos grandes centros urbanos e a lei dos motoristas”. E também há a necessidade de conhecimento na área financeira, principalmente em custos, como acrescenta Marco Antonio Oliveira Neves, diretor-presidente da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística (Fone: 11 2292.7611).
Já a análise feita por Hélio Meirim, CEO da HRM Logística (Fone: 21 9233. 1943), destaca que, ao longo dos últimos anos, o profissional de logística precisou desenvolver suas competências em muitas áreas, mas que as principais mudanças foram quanto às habilidades logísticas relacionadas à gestão de pessoas, visão de processos, estabelecimento de indicadores de desempenho como forma de gestão, aplicação da tecnologia como elemento de ganho de produtividade e visibilidade das informações de cada etapa do processo logístico.
E Paulo Rago, CEO do CETEAL – Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística. (Fone: 11 5581.7326), aponta outras mudanças ocorridas na profissão nos últimos cinco anos: “maior grau de exigência na execução das atividades, maior reconhecimento da importância da atividade para atividades comerciais de uma empresa, maior sensibilidade ao serviço logístico, aumento dos entraves logísticos no Brasil, o que aumenta a complexidade logística para o profissional e, também, a necessidade de entendimento das operações globais, já que temos um impacto em virtude do aumento das atividades internacionais no Brasil”.
O PROFISSIONAL HOJE
Com todas estas mudanças, e pela própria evolução da logística, qual seria o perfil do profissional de logística hoje?
“O perfil do profissional de logística atual é conhecido: nível superior, experiência de alguns anos na área, pelo menos conhecimentos básicos de inglês, etc.”, aponta Mauro Vivacqua de Chermont, sócio-gerente da Chermont Engenharia e Consultoria (Fone: 11 3803.8900), complementando por Carillo, da Connexxion: não há uma formação básica específica, mas o profissional de logística de hoje é formado, principalmente, em administração e engenharia. E além de ter formação nestas duas áreas, de preferência MBA, este profissional tem, segundo Trigueiro, da FCAP/UPE, conhecimentos específicos em suprimentos, distribuição e transporte, além de ser necessário conhecimento do idioma inglês.
Rago, do CETEAL, concorda com a origem acadêmica do profissional de logística, e vai mais além. “Em verdade, o profissional de logística tem de ter um conhecimento amplo de processos sistêmicos (engenharia) e modelos de gestão (administração), a fim de poder planejar, implementar e controlar todas as atividades logísticas. Este profissional cuida de atividades tanto operacionais como de gestão, que envolvem compras e suprimentos/transportes, mapeamento de distribuição, centros de armazenagem, comércio exterior em geral, demanda de materiais, produção e a movimentação de produtos e serviços em geral. Ele deve ter uma visão de negócios – entender para que serve a atividade – e buscar sempre soluções para as operações, afinal, o papel do ‘logístico’ é adequar operações à necessidades mercadológicas. Vale destacar, também, que os profissionais de logística têm sido vítimas de uma formação precária e que carecem de maior e melhor base acadêmica, a fim de desempenharem com sucesso as atividades empresariais. Em alguns casos, até em conceitos básicos – como matemática, por exemplo – o profissional tem apresentado deficiência” critica o CEO do CETEAL.
“O profissional de logística de hoje apresenta um perfil tecnológico, globalizado e flexível às demandas e muita qualificação, experiência e formação acadêmica”, diz, por outro lado, Dalva Santana, coordenadora de extensão da ULBRA – Universidade Luterana do Brasil, de Canoas, RS, e professora no curso de logística da mesma universidade (Fone: 51 3427.1070).
Meirim, da HRM Logística, avalia que o profissional de logística precisa cada vez mais buscar aliar seu conhecimento técnico com sua experiência prática. Estas duas competências precisam estar cada vez mais unidas.
“Há alguns anos, o profissional de logística tinha um perfil mais voltado para os aspectos operacionais do dia-a-dia. Hoje, percebo que, além das habilidades operacionais, este profissional precisa desenvolver habilidades relacionadas às questões estratégicas da organização. Esta mudança de foco operacional para foco operacional e estratégico vem demandando por um profissional cada vez mais qualificado e com uma visão mais ampla do negócio da empresa onde ele atua.”
O CEO da HRM Logística diz, ainda, que, nas atividades desempenhadas pelos profissionais de logística, também há uma mudança positiva. “Era muito comum o profissional de logística ser responsável por atividades isoladas, como a gestão de transportes, gestão dos estoques e gestão de compras, por exemplo. Hoje, com a adoção dos conceitos de logística integrada, que vem crescendo nas empresas, o profissional de logística passa a gerenciar toda a cadeia de fornecimento, analisando de uma forma integrada todos os processos logísticos, desde a negociação com os fornecedores no momento da aquisição da matéria-prima, passando pela escolha e negociação do transporte inbound, identificando as melhores formas e locais de armazenagem, planejando os recursos da produção de forma mais otimizada possível, estabelecendo níveis de estoques adequados ao planejamento da demanda e identificando processos mais eficientes de processamento dos pedidos dos clientes, operações de picking, packing, distribuição e entrega ao cliente dentro dos prazos e custos adequados.
Gasnier, da DanielGasnier.com, afirma que a maioria dos profissionais de logística parece ter iniciado na área pelo acaso. “No entanto, permaneceu pelo gosto dos desafios, pela perseverança – teimosia? – e pela adrenalina da atividade, onde um dia é sempre diferente dos demais. Quanto ao perfil, quase metade tem formação em administração de empresas, seguido daqueles formados em engenharia, logística especificamente e, daí, marketing, principalmente.”
No entanto, ainda segundo o consultor, a formação acadêmica não parece restringir, desde que o profissional demonstre senso prático e capacidade em aprender. “Em minha opinião – diz Gasnier – as características preponderantes para continuar no exercício do ofício são: foco em servir – logística significa abastecer, então atendimento é a chave do sucesso. Aquele que é sensível às expectativas compreende e antecipa as necessidades de seus clientes e tende a encanta-lo, e então continuará no serviço; visão sistêmica – o profissional de logística deve ter percepção e iniciativa, e para isto precisa conhecer toda a cadeia de abastecimento, em termos das capacidades em responder às demandas, às restrições e aos riscos; raciocínio lógico – capacidade de análise e concepção de soluções, isto é, de encontrar respostas rápidas e efetivas, é fundamental para resolver os frequentes problemas de planejamento, suprimentos, recebimento, movimentação, armazenagem, controle, separação de pedidos, transporte e distribuição; superar desafios – especificações rígidas e um ambiente de constante mudança exigem criatividade e muita flexibilidade; habilidades administrativas – preparo para organizar sistemas e conduzir pessoas através de processos rotineiros e projetos de melhorias; conhecimentos da Tecnologia de Informação – é cada dia mais importante a capacidade de extrair dados do sistema de informações (ERP), analisar e interpretar a situação, e assim conceber e simular uma solução efetiva para, finalmente, implementar e manter os sistemas sempre sintonizados, equilibrando a oferta com a demanda.
EXIGÊNCIAS
O que o consultor da DanielGasnier.com faz no final de sua análise é apontar as exigências a que são submetidos os profissionais de logística nos dias de hoje. Haveriam outras?
O mesmo consultor continua. Entre os requisitos exigidos do atual gestor de logística, são diversos os critérios que devem ser ponderados para determinar a melhor escolha, caso a caso. Naturalmente, alerta ele, os pesos dependem de cada organização, em função de suas políticas e estratégias logísticas, bem como do nível hierárquico a ser preenchido, mas ele sugere considerar os seguintes: formação acadêmica; experiência profissional no ramo de atividade da empresa; conhecimentos sobre demanda, mercado, clientes, marketing e vendas; conhecimentos sobre planejamento e controle de estoques e operações (sistemas de manufatura, se for indústria); conhecimento de suprimentos, desenvolvimento de fornecedores, procedimentos de compras, importação e gestão da qualidade; conhecimento de sistemas de separação de pedidos, embalagens, transportes e distribuição; habilidade na liderança de pessoas, colaboração e administração do tempo; capacidade de gerenciar conflitos, negociar, construir e manter relacionamentos; conhecimento em custos, finanças e tributação; e postura profissional adequada, questionador e participativo, com maturidade e equilíbrio emocional.
“O mercado procura profissionais com pensamento estratégico, que transforme os desafios da logística em oportunidades de novos negócios. Empreendedorismo, assim como ocorreu em outras áreas, tais como internet e computação, agora também é oportunidade no mercado de logística. Portanto, capacidade de criar novos modelos de negócios e ‘vender’ seu Business Plan fazem toda a diferença”, completa o diretor da Consultoria DanielGasnier.com.
Para Rodrigo Sant´Anna, consultor e analista da Arius Sistemas (Fone: 19 3408.8950), o mercado exige, principalmente, dinâmica, coerência e rapidez nas decisões da operação logística, sempre visando à empresa onde este profissional atua. Ele é complementando por Carillo, da Connexxion: capacidade analítica e de decisão, bem como gestão de equipe (formação de times, relacionamento interpessoal), “nada muito diferente das outras profissões”. E mais, segundo Trigueiro, da FCAP/UPE: saber utilizar ERP e WMS e estar atento a toda cadeia de suprimentos. Ou, como diz Neves, da Tigerlog: “além do conhecimento técnico da área, é importante o domínio de informática (soluções ERPs, CAD, Microsoft Office), estatística básica, ferramentas da qualidade total (PDCA, 5W2H, Diagrama de Ishikawa, etc.), custos e engenharia econômica”.
Além destas exigências, Mauro, da Chermont Engenharia e Consultoria, aponta outras: “falar e escrever português corretamente; vivência de alguns anos em armazenagem (recebimento à expedição); lembrar-se todo dia que logística é estoque, estoque, estoque e que a meta principal deve ser reduzir estoques; conhecer a fundo todas as parcelas do custo de transporte; lembrar-se também, e sempre, que a mão de obra brasileira nada fica a dever às melhores do mundo, desde que seja muito firmemente orientada sobre ‘o que fazer’ e bem treinada sobre ‘como fazer’; valorizar e elogiar o seu pessoal, gerenciando com ele; não ter vergonha de perguntar”.
“Percebo que a demanda por maior qualificação técnica vem crescendo e se tornando um requisito indispensável, tanto para o ingresso do profissional no mercado, como para a sua promoção dentro da carreira logística. Por isso, recomendo que o profissional de logística busque boa formação em sua graduação, uma boa especialização com foco na área de atuação escolhida e, dependendo do nível dentro da organização, o mestrado é um diferencial que passa a ser considerado”, acrescenta Meirim, da HRM Logística.
Ainda de acordo com ele, a qualificação técnica precisa ser contínua e, além da formação já mencionada, o profissional precisa estar constantemente buscando cursos de especialização, a participação em seminários, o domínio de outros idiomas (inglês e espanhol passam a ser cada vez mais mandatórios) e, é claro, ser um bom conhecedor dos aspectos relacionados a Tecnologia da Informação.
“Identifico ainda que, devido às características da atividade logística, o profissional que atua nesta área precisa ser um excelente gestor de pessoas que deve atrair, reter, capacitar e, acima de tudo, motivar seu time a entender e atender as expectativas dos clientes, acionistas, colaboradores e parceiros de negócios (fornecedores)”, completa Meirim.
Rago, do CETEAL, também aponta uma série de exigências com relação ao profissional de logística. “Em linhas gerais, que o mesmo tenha visão proativa em suas atividades, com amplo entendimento de comportamentos (demanda, operação, necessidades) e consiga montar planos técnicos, a fim de atender as diferentes demandas logísticas, bem como analisar e corrigir desvios. Tudo isso sendo trabalhado com o custo condizente a cada necessidade. Este conceito, inclusive, é muito importante, já que muitas empresas têm o entendimento equivocado de ‘menor custo’. Para qualquer nível de exigência, eficácia e eficiência, teremos um custo condizente.”
O CEO do CETEAL relaciona, ainda, as características necessárias que o profissional de logística deve ter para atingir este patamar: sólida formação acadêmica, preferencialmente em engenharia e/ou administração de empresas; domínio de pelo menos duas línguas; domínio de custos; visão integrada para o gerenciamento e sincronismo de processos; conhecedor das ferramentas de pesquisa operacional para tomada de decisão; entendimento das ferramentas comerciais e de marketing, bem como dos impactos de fatores econômicos nos negócios; altamente focado em resultados; especialista em negociações; conhecimento de todo funcionamento da empresa e do mercado em que atua (espírito empreendedor); organizado e equilibrado na administração de tempos; alta capacidade de análise e controle; saber relacionar-se com todos os níveis da organização; dinâmico e objetivo; participativo e provocador da participação de todos; atualizado em Tecnologia de Informação; buscar o ótimo sem deixar de fazer o bom; obter sinergia através da flexibilidade, visibilidade, otimização, compromisso, colaboração e integração da cadeia de logística, bem como das pessoas envolvidas; saber se comunicar de forma correta e eficiente (interna e externa); saber utilizar corretamente sua estrutura física (dois ouvidos para ouvir e uma boca para falar); flexível e aberto a mudanças; foco total “do” e “para” o cliente.
Pesquisa da Abralog aponta o perfil do profissional de logística
A Abralog – Associação Brasileira de Logística (Fone: 11 3668.5513) promoveu, no ano passado, a III Pesquisa Abralog Perfil do Profissional de Logística 2012, da qual Stringher, da Fundação Vanzolini, foi o organizador, e cujo levantamento envolveu a Fundação Vanzolini, a Abralog, a Fatec, a Universidade Cruzeiro do Sul e o Senai.
De acordo com Stringher, a logística tem desempenhado um papel cada vez menos operacional, passando a ocupar espaços estratégicos nas empresas. Desde forma, o profissional que atua nesse setor hoje é mais bem remunerado, ocupa cargos de média e alta gerência e tornou-se bastante capacitado.
Assim, quanto à remuneração, a pesquisa apontou que a maior parte dos entrevistados (24%) declarou receber entre R$ 3 mil e R$ 6 mil mensais; 22% entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, 17% entre R$ 6 mil e R$ 12 mil e 7% entre R$ 12 mil e R$ 24 mil.
“O nível de escolaridade do profissional de logística é bastante elevado. De acordo com a pesquisa, 43% possuem ensino superior, 39% pós-graduação e 4% doutorado. Dentre os entrevistados, 39% declararam conseguir se comunicar em inglês nos ambientes de negócios e 29% em espanhol", continua Stringher.
Ainda segundo o levantamento, os profissionais de logística investiram até R$ 3 mil na carreira nos últimos três anos, 20% de R$ 5 mil
a R$ 10 mil e 11% acima de R$ 20 mil. A maior parte do investimento (56%) foi realizada pelo próprio profissional e 14% por empresas. Por ambos – empresa e profissional –, o percentual foi de 27%.
“Enquanto que na edição anterior da pesquisa, quase 40% dos entrevistados eram da área operacional, em 2012 esse número caiu para 17%. Em compensação, dos participantes, quase 30% ocupam cargos de alta gerência, 26% de média gerência, além de 5% de diretoria e 2% de presidência. Outros 25% dos entrevistados ocupam o cargo há menos de um ano, 28% entre 1 e 2 anos e 22% entre 3 e 4 anos”, relaciona o professor da Fundação Vanzolini.
Dos entrevistados, 63% trabalham no Estado de São Paulo, 6% no Rio de Janeiro, 5% em Minas Gerais, 4% na Bahia, 3% no Paraná e Rio Grande do Sul, 2% em Pernambuco e em Santa Catarina.
A maior parte dos profissionais é do sexo masculino (59%) e 31% tem entre 27 e 33 anos, seguidos por 18% entre 34 e 40 anos, 15% de 24 a 27 anos e 10% entre 18 e 23 anos.
Dos profissionais ouvidos, 29% atuam em logística há mais de 10 anos, 21% de 4 a 7 anos, 21% de um a três anos, 16% há menos um ano e 13% de 7 a 10 anos. Dentre eles, 86% não possuem experiência profissional internacional em logística.
Dos entrevistados, 70% trabalham em empresas nacionais e 27% em multinacionais. Dentre elas, 43% são do setor de serviços, 32% da indústria, 18% comércio e 7% educação. Nessas empresas, o nível hierárquico do principal executivo de logística é 34% de Diretoria, 26% de Gerência e 17% de Presidência.
Quando questionados sobre quais cursos de capacitação têm interesse, 55% responderam Custos Logísticos, 51% Gestão de Projetos Logísticos, 45% Logística internacional, 42% Logística Reversa, 40% Lean Supply Chain Management e 39% Cadeia de Suprimento.
Por fim, Stringher aponta as atividades que o profissional de logística tem como responsabilidade nas empresas: transporte – 75%; armazenagem – 72%; gestão de materiais/estoque – 67%; serviço ao cliente – 49%; planejamento de demanda – 45%; compras/suprimentos – 43%; produção – 26%; comércio exterior – 21%; treinamento – 15%; consultoria – 13%; TI (softwares/logísticos) – 13%; outras – 9%.
“Essa edição da pesquisa teve uma amostragem muito consistente e demonstra como o profissional de logística é bem preparado, disputado, bem remunerado e que vem ocupando cada vez mais cargos estratégicos dentro das empresas, ligados às áreas de planejamento, análise e inteligência. Ao mesmo tempo, é um profissional que sabe da importância da capacitação, investe de forma crescente nesse aspecto e tem interesse em ampliar seus conhecimentos. Isso comprova como vem aumentando o grau de importância que a logística tem nos negócios como item primordial de competitividade”, completa Stringher.