A Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico – ABAFARMA (Fone: 11 5561.6650), composta pelas 23 maiores distribuidoras de medicamentos do Brasil, atuante junto a órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Congresso e Poder Judiciário, está com uma nova diretoria, que fala sobre os planos para a logística que, na visão do diretor-executivo, Jorge Froes de Aguilar, é uma das melhores do setor de distribuição.
Quem presidirá a entidade até dezembro de 2009 será Luiz Fernando Buainain, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande e diretor-presidente da Distribuidora Brasileira de Medicamentos. “Vamos aproximar a entidade da indústria e torná-la mais representativa dos associados. Também temos um amplo projeto para combater os principais problemas do setor, como roubo de cargas, redução da margem de lucro, tributação excessiva e deficiências na malha viária”, discursa.
Froes explica que o setor farmacêutico vem enfrentando problemas com a falta de qualidade e de segurança das estradas brasileiras e, por conseqüência, com os altos custos por quilômetro rodado, além da ampla pulverização do setor varejista. “O jeito é buscar alternativas para superar os problemas otimizando as operações. Há expectativas de uma pequena melhora sobre os resultados de 2007, vai depender da economia”, diz.
Ele revela que um dos focos de ação da nova diretoria será o sistema de rastreabilidade dos medicamentos que a ANVISA pretende implementar até o próximo ano: “estamos esperançosos de que a ANVISA, que publicou recentemente uma consulta pública sobre rastreabilidade, obtenha sucesso”, comenta. “O projeto consiste na aplicação de uma tecnologia que realmente faça uma rastreabilidade segura, diminuindo os riscos no transporte e dando segurança ao usuário de medicamentos”, acrescenta o diretor-executivo.
A proposta da ANVISA, disponível para consulta no site da Agência (www.anvisa.gov.br), dispõe sobre os requisitos mínimos para a definição de mecanismos de rastreabilidade e autenticidade de medicamentos, como, por exemplo, o baixo custo total de implantação, para que não haja impacto no preço final do medicamento; a disponibilidade e acesso em tempo integral (24 horas por dia, sete dias por semana) a informações para rastrear um produto; e a presença do Identificador Único de Medicamento; entre outras exigências.
O presidente Buainain, por sua vez, afirma que irá trabalhar intensamente nesta área da rastreabilidade, em conjunto com a indústria e o varejo. “É uma operação muito importante porque, além de saber para quem e para onde foi o produto, será possível detectar contrabando e falsificações. O consumidor terá maior segurança e o setor otimizará os processos”, conclui.
De acordo com a ABAFARMA – que reúne as empresas que compõem 80% do PIB do setor e atendem a 55 mil farmácias, hospitais e clínicas no país – o novo plano de metas prevê, ainda, ações nas áreas de comunicação, novas fontes de recursos, formação de parcerias, desenvolvimento de competências, representatividade da entidade e segurança. Por fim, Buainain revela que nesta gestão em que a entidade completará 10 anos de atividade, o prédio em São Paulo irá passar por uma reforma que, para ele, irá reforçar a imagem do atacado farmacêutico.









