Para a empresa do setor de pescados enlatados Gomes da Costa (Fone: 0800 7041954), o Brasil tem um grande potencial de crescimento neste segmento, já que o hábito de consumo de peixe no país ainda é baixo: 6,9 kg/per capita/ano. Apostando neste crescimento, já que em países como a Espanha, o consumo chega a 36,7 kg/per capita/ano, a fabricante sabe da importância da logística para o seu desempenho.
A empresa criada pelo português Rubem Gomes da Costa sabe que armazenar e transportar produtos enlatados, como sardinha e atum, são tarefas que exigem habilidade, embalagens resistentes, cuidados especiais e, acima de tudo, uma estrutura logística eficiente. Por isso, conta com cinco Centros de Distribuição, sendo que um deles – localizado em Itajaí, SC – é próprio. “Os demais são terceirizados junto a parceiros – operadores logísticos – e localizados em Brasília, São Paulo (o quartel general da nossa logística), Recife e Buenos Aires”, conta o gerente de planejamento logístico e serviços a clientes, Cláuder Gondim Meireles.
Ele explica que os CDs terceirizados são de tamanhos flexíveis, ou seja, podem aumentar ou diminuir, conforme a necessidade. Em Recife e Buenos Aires, a área é de 1.500 m²; em Brasília e São Paulo, de 1000 m²; e o CD próprio, que é responsável pelo embarque de 90% das vendas da empresa, tem 3.000 m². “Toda a frota de distribuição é terceirizada, sendo acompanhada muito de perto através de KPIs e relatórios de entrega”, diz, ressaltando a importância do controle no transporte.
No que se tange aos cuidados especiais que a Gomes da Costa tem durante o transporte, Meireles revela que as mercadorias têm procedimentos para carregamento e transporte pré-estabelecidos com os parceiros. “Estes procedimentos garantem a total integridade do produto até a chegada ao cliente, seja a 10 km da fábrica, seja a 4.000 km de distância, como é o caso das entregas nas regiões Norte e Nordeste”, afirma. Além disso, em todo carregamento há um colaborador da empresa que acompanha e assina a liberação.
O gerente garante, também, que todas as embalagens, antes do envio ao mercado, sofrem exaustivos testes de transporte e armazenagem. “Para se ter uma idéia, elas ficam armazenadas em paletes sobrepostos por 90 dias. Após isso, viajam 7.000 km de caminhão, para que possamos ter todas as dúvidas sanadas com relação à resistência, rusgas, amassamentos, etc.”, salienta.
Para Meireles, procedimentos como estes são fundamentais, pelo fato de o Brasil ser um país com dimensões continentais: “isso faz com que grandes distâncias sejam alvo de estudos constantes para se observar o melhor ponto de origem, agregando custo-benefício. Destas alterações, surgem os Centros de Distribuição”, justifica, lembrando, ainda, de outro problema que exige uma logística eficiente – o pico de vendas nos finais de mês: “isso gera um acúmulo operacional de grandes proporções, além da falta de caminhões, uma vez que todas as demais indústrias têm o mesmo problema”, lembra.
O gerente conclui destacando que o grande ‘gap’ da área de logística é atender ao cliente fundamentado em uma questão: “entregar no local certo, no tempo acordado, nas quantidades corretas, com as mercadorias íntegras, ao menor custo possível, independentemente do modal utilizado”.









