A Ultracargo concluiu em julho de 2025 uma operação inédita no terminal de Paulínia (SP): o içamento e acoplamento de um domo geodésico de 22 toneladas em um tanque de 20.000 m³. Essa estrutura de 42 metros de diâmetro representa um marco em engenharia modular aplicada à logística de líquidos e combustíveis.
A montagens ocorreu em paralelo à construção do tanque. Fabricado em módulos de alumínio, o domo foi instalado com encaixe, aplicação de selante e parafusamento no campo, eliminando soldas e ferramentas rotativas. Além disso, a montagem no solo minimizou intervenções em altura e em espaço confinado, reduzindo riscos.

Rafael Andrade Barbosa, head de Engenharia e Construção da Ultracargo, destaca que esse tipo de teto é “leve, autoportante e resistente” e dispensa colunas internas de sustentação. Ele complementa que, comparado a domos de aço carbono, o geodésico apresenta menor custo de aquisição e montagem — e, quando usado com selo flutuante interno, pode reduzir perdas por volatilização em até 90%.
Para içar a estrutura geodésica, foi utilizado um guindaste de 600 toneladas, uma operação que reforça o foco da empresa em segurança e eficiência. Leopoldo José Gimenes, vice-presidente de Engenharia e Operações, ressaltou que a inovação “combinou tecnologia com ganhos operacionais e de segurança”.
Ele aponta também benefícios como a redução da temperatura interna do tanque — graças à alta reflexão térmica do alumínio —, diminuição da corrosão e menor necessidade de manutenções em válvulas. Essa iniciativa representa uma mudança na montagem de tanques de grande porte, já que os domos geodésicos podem oferecer uma alternativa mais segura e econômica frente aos modelos tradicionais.









