A TCP, administradora do Terminal de Contêineres de Paranaguá, deu mais um passo no seu projeto de descarbonização ao substituir, no início de agosto, oito empilhadeiras de pequeno porte movidas por grupos geradores a combustão por modelos totalmente elétricos. Fabricados pela chinesa Hangcha e fornecidos pela Macromaq, via contrato de locação, os novos equipamentos da linha XC Pro Series têm autonomia de 20 horas, recarga completa em aproximadamente uma hora e capacidade de carga de até 5 toneladas.
Entre as principais vantagens da mudança estão a redução das emissões de gases de efeito estufa, diminuição da poluição sonora, melhora da produtividade, ganho em eficiência energética, menor necessidade de manutenção, redução do tempo de ociosidade e corte de cerca de 22% nos custos operacionais.

Segundo Fabio Mattos, gerente de operações logísticas da TCP, “as novas empilhadeiras representam um avanço importante em termos de eficiência e sustentabilidade, e esses fatores geram impacto direto na qualidade dos serviços executados no Armazém Alfandegado de Importação do Terminal”.
Como os equipamentos contam com sistemas elétricos e características operacionais distintas, os colaboradores do armazém e almoxarifado passarão por treinamentos de boas práticas, visando garantir a autonomia das máquinas e a segurança da equipe. A operação com empilhadeiras elétricas também traz menor nível de ruído, o que demanda atenção redobrada em protocolos de segurança.
O Armazém Alfandegado de Importação da TCP possui nove mil metros quadrados e capacidade para mais de sete mil posições pallets. Ele integra o portfólio logístico do Terminal, oferecendo serviços como regime de entreposto, cross-docking, cargas fracionadas (LCL), gestão de fluxo, estufagem e desova de contêineres, entre outros.
Sustentabilidade e transição energética
Em julho, a TCP renovou seu compromisso com o Pacto Global das Nações Unidas, que estimula práticas empresariais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Com pouco mais de quatro anos para atingir as metas da Agenda 2030, a adesão ao Pacto Global orienta empresas no alinhamento a normas e regulamentações internacionais.
O Terminal tem concentrado esforços nos ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis) e ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima). Para Kayo Zaiats, gerente de meio ambiente da TCP, “essa renovação é particularmente importante em um cenário onde a sustentabilidade tem se tornado uma exigência legal e de mercado. Com ela, reafirmamos o papel do Terminal como agente ativo na construção de um futuro melhor”.
Desde 2022, a empresa utiliza energia proveniente 100% de fontes renováveis, iniciativa que lhe garantiu, pelo terceiro ano consecutivo, o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC).
Outra medida estratégica é a conversão dos guindastes pórticos sobre rodas (RTG) de grupos geradores a diesel para motores elétricos. Até agora, três equipamentos já foram adaptados, resultando em uma redução de 97% nas emissões de gases de efeito estufa por máquina, além de diminuir custos operacionais e o tempo de manutenção.









