A movimentação de cargas nos Portos do Sudeste atingiu 186,7 milhões de toneladas entre julho e setembro de 2025, marcando o maior volume já registrado para um terceiro trimestre. O crescimento de 9,10% em relação ao mesmo período do ano anterior reflete a consolidação do desempenho da região, impulsionado principalmente pela operação dos Terminais Autorizados (TUPs) e pela demanda aquecida por commodities de granel, como petróleo e minério de ferro. Os dados são do relatório estatístico da Antaq.

Destaque para TUPs e petróleo nos Portos do Sudeste
O crescimento foi liderado pelos TUPs, que registraram alta de 13,60% e atingiram 124,5 milhões de toneladas no trimestre. Já os Portos Organizados (públicos) tiveram aumento mais moderado de 1,09%, somando 62,2 milhões de toneladas.
Entre os terminais privados, o maior destaque foi o Terminal de Petróleo (TPET/TOIL), localizado no Porto do Açu (RJ), que cresceu 38,06% e alcançou 17,8 milhões de toneladas. O Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ) também apresentou desempenho expressivo, com expansão de 25,34% e 18,8 milhões de toneladas movimentadas. Ambos têm foco na movimentação de petróleo bruto e foram essenciais para a alta no granel líquido.
Avanço consistente em relação aos anos anteriores
O resultado do terceiro trimestre representa uma quebra de estabilidade observada nos últimos anos. Em 2023, o volume movimentado foi de 170,9 milhões de toneladas e, em 2024, de 171,1 milhões. A forte expansão em 2025 aponta para uma mudança de ritmo no desempenho portuário da região.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o recorde demonstra a relevância dos investimentos e da integração logística: “O crescimento no Sudeste, impulsionado pela performance dos terminais privados, mostra que a modernização e a confiança do investidor estão colocando o Brasil em um novo patamar de competitividade global”, destacou.
Desempenho dos Portos Públicos na região
Os Portos Organizados mantiveram papel estratégico, movimentando 62,2 milhões de toneladas. O Porto de Santos (SP) segue como o maior complexo portuário da região, responsável por 38,4 milhões de toneladas e crescimento de 2,68%.
O avanço da cabotagem foi um dos pontos fortes no período, com alta de 22,54% puxada principalmente pelo movimento de contêineres e outras cargas.
Já o Porto de Itaguaí (RJ), voltado majoritariamente para o minério de ferro, manteve sua operação robusta com 17,3 milhões de toneladas, registrando variação negativa leve de -1,4% em relação ao desempenho anterior, que havia sido particularmente elevado.









