Aumento do etanol na gasolina impulsiona setor de instrumentação analítica no Brasil, aponta Pensalab

A iminente aprovação pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do aumento de 27% para 30% na mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina e de 14% para 15% de biodiesel no diesel comum traz a qualidade dos combustíveis de volta ao centro das discussões no setor.

Para a Pensalab, especializada em instrumentação analítica, a mudança regulatória representa um impulso à modernização do setor, exigindo tecnologias mais precisas e processos automatizados para garantir conformidade com as normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo Eduardo Barbosa, gerente de Aplicação e Produto da Pensalab, “o aumento da demanda por biocombustíveis provoca maior procura por equipamentos e automação de processos. As mudanças nos parâmetros de qualidade estão acelerando a modernização tecnológica do setor, substituindo equipamentos antigos por soluções mais eficientes que atendem aos novos limites de detecção”.

Aumento do etanol na gasolina impulsiona setor de instrumentação analítica no Brasil, aponta Pensalab

A Pensalab já anunciou crescimento médio de 61% ao ano entre 2020 e 2024 nas transações com clientes do segmento de biocombustíveis. Barbosa explica que a expansão do setor, combinada à necessidade de comprovar a qualidade dos combustíveis, impulsiona essa demanda: “Os produtores precisam monitorar constantemente a qualidade dos produtos, pois erros nas análises podem trazer prejuízos econômicos, riscos de segurança e impactos ambientais”.

Parâmetros críticos para qualidade dos combustíveis

De acordo com o especialista, as especificações regulatórias da ANP determinam parâmetros rigorosos para gasolina, diesel e misturas. No biodiesel (B-100), por exemplo, estabilidade à oxidação, teor de água e ponto de entupimento são pontos críticos. Já no diesel final (BX), parâmetros como destilação, ponto de fulgor, teor de enxofre e número de cetano continuam sendo determinantes.

“Medidas de volatilidade como pressão de vapor e ponto de fulgor estão diretamente relacionadas à segurança no armazenamento e transporte. Já teor de água, acidez e período de indução impactam a durabilidade do combustível. A automação dos ensaios é essencial para reduzir erros humanos e garantir conformidade”, completa Barbosa.

Além disso, propriedades como viscosidade, ponto de congelamento, octanagem, destilação e densidade são fundamentais para atender às especificações comerciais e de performance dos combustíveis.

Segundo a Pensalab, as mudanças nas misturas reforçam a importância de investir em equipamentos de medição de alta precisão, alinhados às normas da ANP, para assegurar a qualidade dos combustíveis em toda a cadeia de produção e distribuição.

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