A Multilog, uma das principais operadoras de logística integrada do país, lançou no último dia 4 de agosto a pedra fundamental do Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu. O empreendimento contará com investimento de R$ 500 milhões e promete aumentar em 30% a capacidade da estrutura atual, consolidando a cidade como um dos maiores polos logísticos da América Latina.
A nova unidade terá potencial para movimentar até 2 mil caminhões por dia e será construída em uma área de 550 mil m². A expectativa é gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos. O projeto inclui, além do porto seco tradicional, a instalação de um terminal de contêineres, elevando o nível de infraestrutura disponível na Tríplice Fronteira.

Planejamento de longo prazo e expansão regional
Durante o evento de lançamento do Porto Seco de Foz do Iguaçu, o presidente da Multilog, Djalma Vilela, destacou que, apesar da concessão de 25 anos — renovável por mais 10 — a empresa está comprometida com um projeto de longo prazo. “Quando fizemos o plano, olhamos as demandas atuais e as futuras, inclusive, o crescimento dos países vizinhos, nossos parceiros comerciais”, afirmou Vilela.
A estrutura do novo complexo foi planejada para absorver aumento da demanda regional e internacional, em especial nas fronteiras com Argentina e Paraguai, com potencial de transformar Foz do Iguaçu em um dos maiores portos secos do mundo.
Autoridades destacam ganhos em logística e comércio exterior
Por vídeo, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, parabenizou a Multilog pelo investimento. “Essa nova unidade alfandegada vai trazer muito mais tranquilidade e eficiência no escoamento e na entrada de cargas no Paraná, facilitando o comércio exterior e a fiscalização na Tríplice Fronteira”, declarou.
Já o prefeito de Foz do Iguaçu, General Joaquim Silva e Luna, enfatizou o impacto regional do projeto. “O projeto amplia a presença e o protagonismo logístico de Foz do Iguaçu”, comentou.
O auditor fiscal Felipe Mendes Morais, coordenador-geral da Administração Aduaneira, lembrou que a unidade atual já é a maior da América Latina em movimentação. “São quase 200 mil caminhões liberados por ano e uma corrente de comércio de quase R$ 9 bilhões. O novo terminal será uma peça central na estratégia de transformar a aduana brasileira em instrumento de desenvolvimento e competitividade.”
Estrutura moderna e tecnologia embarcada
A construção do Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu será dividida em duas fases. Na primeira etapa, serão aplicados R$ 240 milhões na implantação da área de pátio para caminhões. A infraestrutura contará com balanças de alta precisão, scanner de cargas, câmeras avançadas para vigilância e gates automatizados com pesagem e identificação de veículos. Estão previstos acessos específicos para cargas especiais, com dimensões excedentes, e áreas dedicadas aos motoristas.
O espaço de armazenagem e vistoria terá cobertura fechada, incluindo câmara fria com docas exclusivas para produtos que exigem controle de temperatura.
Escolha estratégica da localização
A localização da nova unidade foi cuidadosamente planejada para descentralizar o tráfego de caminhões da área urbana de Foz do Iguaçu. A medida busca mitigar os congestionamentos recorrentes nas principais avenidas da cidade, melhorando o fluxo logístico e a mobilidade urbana.








