A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), concluiu no dia 1º de junho a transição para o CTOS (Container Terminal Operation System), plataforma adotada como padrão global pela China Merchants Port Holding Company (CMPort) — maior desenvolvedora e operadora de portos públicos da China e controladora da TCP desde 2018.
A migração foi realizada com um mês de antecedência ao cronograma oficial e o processo de transição de dados levou cerca de 7 horas, sem comprometer a continuidade das operações portuárias, que mantiveram seu padrão de excelência durante todo o processo.

Sistema robusto, flexível e orientado por dados
O CTOS representa uma evolução no controle das operações portuárias, trazendo melhorias no gerenciamento de dados, produtividade e desempenho operacional. Com a implementação, o sistema passou a operar de forma estável, integrando-se a ferramentas de suporte local e possibilitando novos níveis de controle em tempo real sobre as operações do terminal.
Ao todo, a TCP e a equipe da China Merchants International Technology Company implementaram cerca de 1.200 melhorias funcionais no sistema, adaptando-o a processos específicos do terminal brasileiro. Entre as funcionalidades customizadas, destacam-se:
- Gerenciamento de acesso ferroviário exclusivo da TCP;
- Integração com o armazém alfandegado de importação;
- Processos de digitalização documental e de atendimento;
- Suporte a operações do transporte multimodal KBT;
- Sistema de faturamento e gestão de clientes.
Mais controle e inteligência operacional
Com a adoção do CTOS, a TCP agora conta com parâmetros mais precisos de produtividade, melhor controle sobre equipamentos de cais e pátio, além de uma gestão detalhada de usuários, motoristas, cargas ferroviárias e cargas gerais. A plataforma também é capaz de receber feedbacks em tempo real, permitindo ajustes rápidos e eficientes conforme a demanda operacional.
Marco tecnológico na América do Sul
Este é o primeiro projeto de transição para o CTOS na América do Sul, e representa um marco para a digitalização portuária no continente. O projeto envolveu uma série de desafios, como a diferença de fuso horário entre Brasil e China, barreiras linguísticas, o rigor da supervisão alfandegária brasileira e a complexidade da operação do terminal, além de diversas rodadas de testes, atualizações e validações.
Mesmo com esse cenário desafiador, a implementação foi bem-sucedida, demonstrando a capacidade de adaptação tecnológica da TCP e sua integração às melhores práticas globais do setor.









