Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 26 de janeiro de 2010

Supermercados apostam na região Nordeste

A região Nordeste está na mira dos investimentos de empresas supermercadistas, como Carrefour, Walmart e o Grupo Pão de Açúcar. “O Nordeste será o campo de batalha das redes”, declara Eugênio Foganholo, consultor da Mixxer Empresarial. Além dos ganhos de renda obtidos pela população local, pesquisas indicam que o Nordeste é a região com menor presença de grandes redes de supermercados.

No geral, o Carrefour vai aplicar R$ 2,5 bilhões no biênio 2010/2011. Neste ano, serão aplicados R$ 1,250 bilhão. No ano passado, os investimentos somaram R$ 1 bilhão. As informações são do diretor financeiro da companhia, Daniel Magalhães.

"Excluindo a compra da rede Atacadão em 2007 por R$ 2,2 bilhões, os investimentos em expansão para este ano serão recordes", declara. Ele não deu detalhes sobre o número de lojas que serão abertas, nem sobre a criação de postos de trabalho. "Estamos discutindo os detalhes com o grupo na França." Magalhães adiantou, porém, que o foco da expansão será as regiões Norte e Nordeste e que a marca Atacadão deverá absorver a maior fatia dos recursos. "Neste trimestre, vamos abrir um novo centro de distribuição em Manaus."

Segundo diretor financeiro da companhia, o Carrefour tem forte presença no Norte e Nordeste e já se beneficiou dos ganhos de renda das classes C e D. O faturamento da rede cresceu 14,1% em 2009 na comparação com o ano anterior, e a rede Atacadão cresceu no mesmo período 10%, levando-se em conta as mesmas lojas.

No mês passado foi a vez do Walmart anunciar os planos para este ano. A companhia vai aplicar R$ 2,2 bilhões em 2010. O presidente da companhia no Brasil, Héctor Núnez, disse, na época da divulgação, que é o maior aporte de capital no país desde que a empresa iniciou a operação no Brasil, há 14 anos. Além disso, é uma cifra quase 40% superior à que foi investida em 2009 (R$ 1,6 bilhão). Também o foco da rede será as classes de menor renda C, D e E. Das 104 novas lojas previstas para este ano, mais da metade delas serão das bandeiras Todo Dia (varejo) e Maxxi (atacado).

Para o Grupo Pão de Açúcar, a região Nordeste é o segundo maior mercado consumidor do país, e, portanto, é o foco dos investimentos da empresa. A expansão será feita especialmente por meio de lojas de vizinhança, que levam as bandeiras Extra Fácil e Extra Supermercado, e no modelo batizado de "atacarejo", que é uma mistura de atacado com varejo, voltado para os pequenos comerciantes, como vendedores de cachorro quente. Nesse caso, a bandeira do grupo é a Assai.

O grupo encerrou o ano passado com faturamento bruto de R$ 26 bilhões, incluindo as vendas do Ponto Frio. No triênio 2010 a 2012, a companhia comandada pelo empresário Abilio Diniz vai investir R$ 5 bilhões na abertura de 300 lojas de varejo de supermercados, postos de combustíveis, drogarias, infraestrutura e logística.

A cifra do Pão de Açúcar, que é 70% superior à do triênio 2007 a 2009, não inclui a compra de outras varejistas, de postos de gasolina e drogarias que deverão ocorrer, além de investimentos no comércio online e nas redes de eletroeletrônicos e móveis Ponto Frio e Casas Bahia, que foram incorporadas.

O vice-presidente de Operações sênior do Grupo, Enéas Pestana, admite que o investimento poderá superar os R$ 5 bilhões previstos, já que o plano não considera as expansões do Ponto Frio e das Casas Bahia e o comércio online. A perspectiva é de que a unidade de negócio pontocom faça abertura de capital no primeiro semestre do ano que vem.

"Estamos muito otimistas para 2010", disse o executivo. Além do aumento da renda e do emprego, ele ressaltou que a Copa do Mundo, a eleição presidencial e o crescimento do mercado imobiliário são fatores que vão impulsionar o varejo em 2010. Só neste ano serão inauguradas 100 lojas, com a abertura de 10 mil postos diretos de trabalho. Ao fim do triênio, o grupo deve gerar 100 mil empregos diretos e indiretos.

O plano de investimento da companhia será bancado com a geração de recursos da empresa, disse o executivo. Ele frisou que a cifra inclui apenas o crescimento orgânico. Pestana disse que, "com qualquer taxa de crescimento, o faturamento do grupo deve ficar acima de R$ 40 bilhões neste ano".

Fonte: O Estado de S.Paulo

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal