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Conteúdo 5 de maio de 2013

A logística do setor de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal

Estima-se que em 2015 o brasileiro gaste R$ 50 milhões em produtos de higiene e beleza, o que torna as exigências para armazenamento e transporte destes produtos mais rígidas, já que este é um ramo em que os fluxos logísticos precisam ser diferenciados, a fim de atender a demanda e preservar o produto.


Wanderley Gonelli Gonçalves

 


Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – ABHPEC, em média 1,7% do PIB brasileiro tem sido destinado a estes mercados nos últimos anos, o que demonstra o imenso potencial do setor.

“O Brasil já é o segundo maior mercado mundial de cosméticos, ficando atrás dos Estados Unidos e à frente do Japão, sendo que este segmento cresce de forma linear a cada ano devido as suas características inovadoras no lançamento de produtos cada vez mais específicos para cada tipo de pele, cabelo, idade e sexo. Tal cenário torna a missão dos Operadores Logísticos e das transportadoras ainda mais desafiadora, pois operamos num país com dimensões continentais, problemas de infraestrutura, carência de mão-de-obra em todos os níveis e crescente demanda de clientes embarcadores com uma variabilidade cada vez maior em seus volumes!”

Com esta pequena análise, Odair Bernardi, gerente nacional de vendas da MTR Transportes (Fone: 47 3321.2100), inicia esta matéria especial de Logweb, destacando, aqui, a logística nos setores de cosmético, perfumaria e higiene pessoal hoje no Brasil – demanda, mercado, perspectivas, etc.

De fato, como diz Paulo Sarti, diretor-presidente da Penske Logistics para América do Sul (Fone: 11 3738.8202), o mercado de beleza brasileiro está entre os três maiores do mundo, além de ser um dos que mais crescem. Esse fato, aliado ao crescimento econômico da classe média, faz com que a demanda por produtos de beleza fique cada vez maior. O setor vem registrando crescimento contínuo nos últimos anos, e a perspectiva é de que ele se mantenha aquecido, com uma diversificação de linhas de produtos cada vez mais especializados (crianças, homens, mulheres, diferentes tipos de pele, corpo, cabelo) e uma ampliação dos canais de venda.

“A competição de produtos no ponto de venda, nas gôndolas, é fundamental para as empresas, visto que se exige pontualidade, confiabilidade no transporte, armazenamento e distribuição dos produtos. Desta forma, a operação logística deve envolver a complexidade para lidar com altos volumes de produtos que necessitem de condicionamento adequado, licenças (ANVISA) e engenharia de rotas para distribuição otimizada em tempo e custos para a capilaridade de canais, que inclui, também, as operações porta a porta.”

E o diretor-presidente da Penske Logistics continua: “estima-se que em 2015 o brasileiro gaste R$ 50 milhões em produtos de higiene e beleza, o que torna as exigências para armazenamento e transporte dos produtos mais rígidas, já que este é um ramo em que os fluxos logísticos precisam ser diferenciados, a fim de atender a demanda e preservar o produto. Os operadores que souberem conciliar essas características serão os primeiros a serem lembrados”.

Sarti também destaca que, de forma mais recente, o conceito e a legislação de logística reversa e a captação de resíduos têm sido bastante discutidos entre clientes e Operadores Logísticos. Para o setor de cosmético, as embalagens pós-consumo são o principal desafio, já que muitas vezes apresentam resíduos de produtos e precisam ser corretamente descartadas. “Nosso maior desafio é lidar com a tendência crescente em receber essas embalagens e oferecer a destinação correta, uma vez que a curva de crescimento do setor de cosméticos é ascendente e a cada dia mais as empresas voltam seus investimentos para inovação e tecnologia, tornando a logística reversa um aspecto estratégico em seus planos de negócio”, completa o diretor-presidente da Penske Logistics para América do Sul.

Gustavo Morano de Souza, gerente de desenvolvimento de negócios da AGV Logística (Fone: 19 3876.9000), também aponta para um crescimento na demanda por produtos destes segmentos, principalmente pelo maior poder aquisitivo do consumidor das classes C e D, mas ressalta que este cenário previsto, por sua vez, acaba agregando novos componentes e modelos no segmento logístico, pressionando os prestadores de serviços logísticos por níveis de serviço mais elevados, assim como uma melhor gestão dos custos, que tendem a aumentar.

A análise feita por Rodrigo Shimabukuro, gerente de marketing e comunicação da Telefônica Transportes e Logística – TGestiona Logística (Fone: 0800 777 2284), também envolve o fator custo.

Segundo ele, a redução de custo é prioridade em todos os setores, ainda que, hoje, muitas das empresas destes segmentos estejam com altas margens diante de um mercado tão demandante. “Já estamos notando uma busca por eficiência e economias de escala. O planejamento logístico e a ótima relação com os parceiros são fatores cada vez mais estratégicos, e podem trazer relevantes fatias de mercado às suas marcas. Por consequência, os Operadores e as transportadoras também sentirão o aperto em suas margens, e só os mais experientes e flexíveis conseguirão entregar mais valor a um menor custo.”

Shimabukuro também lembra que o avanço do e-commerce, ainda em introdução nestes segmentos, trará muitas oportunidades de negócio para as empresas de logística que conseguirem atender às altas exigências do e-consumidor final de seu cliente.

Larissa Dias de Oliveira, coordenadora de qualidade da Dias Entregadora (Fone: 11 2962.0660), também faz sua análise da logística nos setores de cosmético, perfumaria e higiene pessoal hoje no Brasil, mas de um modo diferente. De acordo com ela, o avanço e o surgimento de novas empresas nestes setores têm ocorrido em um curto espaço de tempo, o que faz o segmento de logística um fator de sucesso. Porém – ainda segundo Larissa –, existem algumas ressalvas a se fazer para o setor. “Devido à abertura de novos mercados, à tecnologia avançada e ao grande surgimento de novos concorrentes a nível mundial, se as empresas não se adequarem ao novo cenário, que pede diferenciais, pode perder-se mercado”, analisa.

Felippi Perez, diretor comercial da Keepers logística ATS (Fone: 11 4151.9030), também avalia que esse crescimento tem trazido grandes oportunidades para os Operadores Logísticos e as transportadoras, porém não são segmentos para os inexperientes ou pequenos, tendo em vista que a regulamentação para armazenar ou transportar esses produtos é rígida e demanda investimentos e muito tempo de planejamento.

COMO É A LOGÍSTICA NESTES SETORES?
Mas, como é, especificamente, a logística nos setores de cosmético, perfumaria e higiene pessoal – considerando fatores como características, exigências, dificuldades encontradas, peculiaridades, etc.?

Souza, da AGV Logística, salienta que, cada vez mais, a logística destes segmentos desafia os moldes atuais. Apesar de serem segmentos que carregam valor agregado em seus produtos, a pressão por redução de custos é diária, fato que remete todos os prestadores de serviço atuantes a repensar os modelos, as estratégias, parcerias e políticas que aplicarão para atingir os resultados esperados. Redução nos níveis de inventário, renovação do portfólio de produtos de acordo com campanhas, ingresso do e-commerce na estratégia de venda e busca por inovações tecnológicas são alguns exemplos dos desafios que configuram os negócios nestes mercados.

“Chamamos a atenção para uma particularidade destes segmentos, que é referente à entrega Last Mille necessária para atendimento dos negócios focados em entregas domiciliares. Esta logística apresenta um elevado fracionamento de entregas, necessidade de conhecimento das rotas e pontos de entrega e expertise em processos 100% pautados por produtividade de entrega. Estes pontos acabam restringindo consideravelmente as opções de atendimento em uma demanda que cada vez mais é crescente. Em paralelo a estes desafios e dificuldades encontramos um ambiente logístico cada vez mais marcado por aumento dos custos do combustível, custos crescentes para manutenção de veículos, profissionalização do mercado, dificuldade em contratação de mão-de-obra qualificada, restrições de trânsito de veículos nos grandes centros consumidores e aumento dos custos do metro quadrado. Ou seja, os próximos anos tendem a ser mais desafiadores para os prestadores de serviço que atuam nestes segmentos”, completa o gerente de desenvolvimento de negócios da AGV Logística.

Larissa, da Dias Entregadora, também destaca que a logística nestes setores tem a maior característica de se relacionar com o cliente – características de um ramo door-to-door” (porta a porta), que lida diretamente com o cliente. “Este, por sua vez, exige pontualidade no prazo de entrega, boa relação e nível de qualidade de serviço. Não esquecendo, também, das dificuldades urbanas encontradas em capitais e interior: trânsito e violência. Em interiores, a distância e outros diversos fatores. Sempre lidando com cargas frágeis que requerem cuidados especiais”, explica a coordenadora de qualidade da Dias Entregadora.

Geraldo Capella, gerente geral comercial da Expresso Javali (Fone: 54 3211.8200), também fala do elevado nível de exigências nestes setores, em virtude da concorrência. “As exigências básicas envolvem o credenciamento na Vigilância Sanitária Municipal e Federal (ANVISA) e as ‘boas práticas’, além de excelência na performance de entregas (mínimo de 95% de acuracidade), o que somente pode ser atingido com monitoramento e controle de entregas e pendências (ocorrências).”

As principais dificuldades – ainda segundo Capella – envolvem as características de alguns dos destinatários que, em sua grande maioria, não trabalha para facilitar o recebimento destes produtos. “Alguns chegam a fazer exigências e criar procedimentos que agravam bastante nossos custos operacionais, gerando, assim, impacto negativo e comprometendo nossos resultados. Parte destas despesas, como TDE (taxa de dificuldade de entrega), paletizações, diárias de veículos, etc., é inserida em nossas tabelas de frete, sendo que nem sempre é suficiente para nos recompor das perdas e custos ocasionados”, completa o gerente geral comercial da Expresso Javali.

André Ferreira, diretor da Rápido 900 de Transportes Rodoviários (Fone: 11 2632.0900), também aponta que as regras ditadas por clientes destes setores costumam ser bem rígidas – “afinal, seus produtos podem impactar diretamente na saúde de seus consumidores”.

Outro problema apontado por Ferreira é a questão das entregas, pois estes produtos são transportados dos fabricantes para grandes pontos de distribuição, que normalmente apresentam sérios problemas de gargalos no recebimento das mercadorias. Um sistema completo e de alta tecnologia de rastreamento também é muito importante nestes setores, pois este tipo de carga é muito visado pelas quadrilhas.

“A logística aplicada nos segmentos de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal tem características muito peculiares. Inicialmente, os pontos de entrega dos materiais são bastante amplos, abarcando tanto pequenas como medias e grandes redes de distribuição comercial. Normalmente, em termos logísticos, convivemos com um grande e variado número de referências comerciais, o que inclina a transportadora e o Operador Logístico a disporem de um bom sistema de tratamento informático de classificação do material a ser distribuído, para evitar erros na formação dos pedidos. Sendo materiais para uso humano, devemos preservar aspectos da integridade física destes materiais, como também adotar ações em relação ao circuito de segurança dos materiais, para evitar roubos e extravios”, avalia, por sua vez, Sidelcio Munhoz, diretor comercial da DVA Express (Fone: 11 2319.2000).

André Viana Sampaio, diretor de segmento Personal Care do Grupo TPC (Fone: 11 3572.1764), também analisa a logística nestes setores considerando ser importante separar os principais canais de venda do segmento, Varejo & Venda Direta. “O varejo tem como público-alvo as farmácias, os supermercados, etc. Já a venda direta tem como destino uma consultora/revendedora.”

Sampaio continua: a competição entre os dois canais, varejo e venda direta, antes vista como algo impossível ou de difícil alcance, atualmente torna-se uma obstinação dos clientes, o que reverte para os Operadores Logísticos e as transportadoras como um grande desafio.

“Na venda direta, o processamento de um pedido e a sua respectiva entrega envolvem um nível de alto de fracionamento, um mix grande de produtos (SKUs), em uma pequena quantidade (Unidade) por pedido, tornando, assim, a operação cada dia mais desafiadora, para que tenhamos os itens certos, nas quantidades corretas, para os clientes certos, com os produtos na condição física adequada, no menor espaço de tempo”, completa o diretor de segmento Personal Care do Grupo TPC.

Por sua vez, Perez, da Keepers Logística, ressalta que a armazenagem e movimentação desses produtos demandam critérios rígidos de controle de validade e lote. É fundamental controlar o FIFO e, também, qual lote foi para cada distribuidor, varejista ou até mesmo revendedor domiciliar, pois existe a necessidade de rastrear possíveis erros ou, até mesmo, problemas no lote do produto. Para tanto, são necessários equipamentos de identificação, como as TAGs, RFID, e, também, estruturas de armazenagem especificas, como flow-racks.

“As exigências e os selos também são pontos críticos para os OLs ou transportadoras, em vista que são necessárias certificações expedidas por ANVISA, ISO, etc. Em hipótese alguma os fabricantes podem ou devem abrir mão dessas certificações. Isso também restringe a quantidade de OLs e transportadoras aptas a operar esse tipo de carga”, afirma Perez.

“O segmento de cosméticos demanda especialização, devido às características de entrega, como agendamentos, entregas no pequeno varejo, entregas domiciliares e entregas para grandes distribuidores e atacados. Bem como no que se refere a manuseio, práticas de carregamento, triagem e conferência dos volumes. As principais dificuldades estão nas entregas de grandes atacadistas, que demandam separação por SKUs, paletização/unitização e entregas com horários agendados, muitas vezes com veículos dedicados, encarecendo de forma considerável os custos logísticos”, acrescenta Bernardi, da MTR Transportes.

Para Nei Canella, diretor operacional da RVIMOLA Transporte e Logística (Fone: 11 4689.9100), estes setores destacam-se pela acirrada concorrência, que obriga com que os produtos estejam nas prateleiras, atendendo, assim, a chamada venda por impulso. “Neste contexto, as maiores dificuldades encontradas no processo de distribuição são a grande quantidade de produtos oferecidos e o fato de a maioria dos produtores organizarem seus controles de identificação dos mesmos através de códigos numéricos, gerando uma infinidade de números, nem sempre de fácil visualização, e realizando a remessa para os transportadores por lotes de código, e não separados por pedido e/ou nota fiscal, o que dificulta sobremaneira o processo de separação e, por consequência, encarece os serviços, além da maior probabilidade de erros no manuseio”, diz Canella.

Ainda segundo o diretor operacional da RVIMOLA, outra dificuldade que impacta demais, elevando os custos dos transportadores, é o fato desses produtos serem comercializados em grande parte por redes de supermercados e grandes atacadistas e estes, por sua vez, apesar de comprarem em grandes quantidades, na maioria das vezes, não terem espaço físico suficiente para estocar e, por consequência, retardarem os recebimentos, o que provoca ou a tomada de espaço nos armazéns das transportadoras ou o estacionamento dos veículos em suas portas por horas e horas, aumentando significativamente os custos das empresas e, também, o chamado Custo Brasil.

PAPEL DOS OLS E DAS TRANSPORTADORAS
Pelas afirmações colocadas anteriormente, qual o papel dos Operadores Logísticos/transportadoras no dia a dia das empresas que atuam nestes setores – incluindo contribuições, “obrigações”, relacionamento, etc.?

“Por atuarmos como ‘atividade meio’ do negócio, a rotina dos Operadores Logísticos/transportadoras acaba se resumindo a um forte componente no desenvolvimento de soluções que atendam aos diferentes modelos de negócio de cada cliente. Cada vez mais a proximidade com os clientes e consumidores e o entendimento profundo das expectativas e do negócio em pauta são pontos vitais para a sobrevivência neste mercado”, explica Souza, da AGV Logística.

De fato, como diz Larissa, da Dias Entregadora, as grandes empresas dos segmentos de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal esperam dos transportadores logísticos grandes parceiros. Um bom relacionamento e uma ótima comunicação entre cliente e transporte fazem o “par” de sucesso, segundo ela. Portas abertas para novas ideias e projetos inovadores sempre revigoram esta relação, que nada mais é do que uma grande parceria.

De acordo com Munhoz, da DVA Express, para poder cuidar com maior ênfase dos aspectos que compõem o núcleo duro do negocio que está fundamentalmente nas áreas de produção, marketing, vendas e finanças, os fabricantes e distribuidores destes segmentos realizam importantes operações de terceirização das atividades de armazenagem, controle de estoques, packing e gestão da logística reversa, o que permite a flexibilização dos custos. “Neste sentido, o papel dos Operadores Logísticos e das transportadoras é extremamente relevante. Na parte relativa à distribuição, os níveis de terceirização são muito elevados. Na parte relativa às atividades de gestão de armazém vem ocorrendo um crescimento também significativo, o que gera oportunidades de negócios e busca da especialização, como forma de atender aos embarcadores”, afirma o diretor comercial da DVA Express, complementado por Capella, da Expresso Javali: “nosso papel é, e será sempre, o de criar soluções estratégicas que viabilizem as operações com o menor nível de ruído possível. Nossa obrigação é cumprir com as condições pactuadas e intermediar a relação fornecedor/destinatário, buscando sempre agregarmos valor ao negócio de nossos clientes”.

Perez, da Keepers Logística, destaca que estes segmentos demandam muita velocidade nos processos e nas entregas, e é de responsabilidade do OL garantir que nada com data de validade expirada ou próxima seja enviado ao cliente e que, quando houver necessidade, seja possível rastrear em quais clientes estão determinados lotes, que as urgências sejam tratadas de forma diferenciada e as cursas de demanda de final de mês ou final de ano sejam sempre bem estudadas.

“O papel dos OLs e das transportadoras é entregar o nível de serviço necessário para que não ocorram rupturas nem excessos na ponta do consumo e ao longo da cadeia de suprimentos. Para a manutenção deste nível de serviço está sendo cada vez mais demandada gestão de pessoas, processos e tecnologia, a chamada microestrutura, fazendo com que os produtos e as informações estejam sempre disponíveis e no tempo certo”, completa Bernardi, da MTR Transportes.

E o diretor-presidente da Penske Logistics para América do Sul acrescenta: “a principal contribuição, o principal valor, que um Operador Logístico traz para esse mercado é o aporte de uma inteligência logística que envolva toda a cadeia do cliente, por meio de um processo de planejamento, implementação e controle eficaz do fluxo de mercadorias desde o ponto de origem até o ponto de consumo”.

Ainda segundo Sarti, a sinergia em operações e a proximidade de valores e processos são fatores cada vez mais levados em conta e que fortalecem o relacionamento entre os parceiros, permitindo reais contribuições no planejamento não apenas da logística, mas, em maior profundidade, no planejamento estratégico do cliente.

“A maioria das empresas que se predispõe a transportar para estes segmentos de mercado assume todo o trabalho de expedição que deveria ser realizado pelo embarcador, além de indiretamente assumir os ônus pelas dificuldades de armazenamento/recebimento dos compradores”, completa Canella, da RVIMOLA Transporte e Logística.

Mais detalhista, Shimabukuro, da TGestiona Logística, destaca que os Operadores Logísticos e as transportadoras estão na ponta, ou seja, são os que estão frente à frente com a consultora/revendedora ou o ponto de venda. São importantes pontos de contato e, por consequência, de informação sobre o cliente final e a concorrência. No relacionamento do operador com o cliente, é preciso incluir esta agenda de discussão e insights qualitativos, além da discussão dos SLAs e KPIs.

Quanto às obrigações do operador – ainda segundo o gerente de marketing e comunicação da TGestiona Logística –, uma delas é investir em treinamento do motorista e entregador para representar adequadamente a marca do cliente, atendendo com cortesia, educação e, principalmente, eficiência. Outro investimento importante é em tecnologia de segurança, rastreamento e retorno da informação ao cliente para que ele possa sempre posicionar o cliente final sobre cada entrega. 

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