O transporte rodoviário brasileiro, responsável por mais de 60% da movimentação de cargas do país, enfrenta pressões crescentes para adotar práticas mais sustentáveis. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2023), o setor de transportes responde por 47% das emissões da matriz energética nacional, evidenciando a necessidade urgente de ações concretas para reduzir impactos ambientais.
No curto e médio prazo, a troca completa da frota a diesel por modelos menos poluentes é economicamente inviável. Porém, a logística verde pode avançar significativamente com medidas de roteirização inteligente, gestão digital e redução de viagens ociosas. Essas soluções têm potencial para melhorar a eficiência energética sem comprometer os custos operacionais.

Eficiência logística e queda nas emissões transporte
Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) indica que o uso de ferramentas de roteirização inteligente pode cortar em até 20% o consumo de combustível por viagem. Além da redução de CO₂, há benefícios como menor desgaste de frota, diminuição de avarias e mais pontualidade nas entregas.
Essa demanda não parte apenas do transporte, mas também de quem contrata os serviços. Em setores como e-commerce, alimentos, farmacêutico e bens de consumo, embarcadores têm exigido relatórios ESG, métricas de emissões e indicadores de eficiência nos contratos logísticos. Operar de forma sustentável deixou de ser diferencial e passou a ser critério competitivo.
O papel da Transvias na logística verde
A Transvias, com mais de 70 anos no mercado, atua como facilitadora na busca por logística verde e emissões transporte reduzidas. Sua plataforma digital conecta embarcadores a transportadoras em todo o Brasil e no Mercosul, permitindo consulta em tempo real de fretes, prazos e rotas alternativas.
Segundo Célio Martins, gerente de novos negócios da Transvias, compartilhar espaço no caminhão por meio da carga fracionada é uma estratégia que diminui custos e emissões sem prejudicar prazos. “A sustentabilidade começa na escolha do embarcador. Quando ele opta por rotas inteligentes ou compartilha cargas, economiza e reduz impacto ambiental”, afirma.
A tecnologia também ajuda a evitar rotas redundantes, reentregas e veículos ociosos, diminuindo a quilometragem rodada e o congestionamento nos grandes eixos. “Isso melhora inclusive os resultados em relatórios ESG das empresas”, completa Martins.
Importância de políticas públicas para a logística verde
O avanço da logística verde precisa, além do esforço privado, de políticas públicas consistentes. Exemplos são programas como o RenovaBio, incentivos à renovação da frota e a inclusão de critérios de eficiência logística em licitações públicas. Além disso, estimular plataformas digitais, padronização de dados e maior integração entre sistemas logísticos são passos essenciais para reduzir emissões transporte de forma estruturada.
Com a combinação de planejamento, tecnologia e políticas adequadas, o setor tem potencial de transformar a roteirização inteligente e a eficiência em soluções reais para cortar emissões e fortalecer a competitividade da cadeia logística brasileira.









