A Nissan América Latina tem investido em logística automotiva como ferramenta estratégica para oferecer uma melhor experiência do cliente. Durante a Nissan Latam Customer Week, a empresa destacou como inovação, digitalização e parcerias com fornecedores estão transformando sua cadeia de suprimentos, conectando fábricas, concessionárias e clientes em toda a região.
Segundo Eliane Cantão, diretora de Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos para a Nissan América do Sul, o supply chain deixou de ser apenas um processo de movimentação de peças. “A digitalização, a automação e a visão em tempo real continuam desempenhando um papel-chave, mas hoje enfrentamos novos desafios, pois a única maneira de responder com agilidade é por meio de uma cadeia resiliente, conectada com o negócio e com foco no cliente”, afirma.

Expansão de armazéns e distribuição no Brasil
No Brasil, a empresa está ampliando sua estrutura logística com um novo armazém regional de peças de reposição. O espaço será 10% maior e terá capacidade para armazenar até 40 mil paletes e 23 mil tipos de peças, cobrindo todos os modelos da Nissan vendidos no país e no Mercosul. Atualmente, a operação brasileira recebe até 18 mil peças por dia e envia cerca de 2.500 pedidos diários para mais de 200 concessionárias nacionais, além de remessas semanais para países vizinhos.
Armazém no México: maior centro de peças da região
No México, o armazém de Aguascalientes processa aproximadamente 80 mil peças de reposição por mês, além de atender o mercado interno. Esse centro é considerado o maior da indústria automotiva na América Latina e tem papel fundamental para agilizar o pós-venda. A operação é apoiada por sistemas digitais que monitoram peças de alta e média rotação, garantindo maior disponibilidade e reduzindo os prazos de espera para clientes e oficinas.
Integração da logística automotiva às fábricas
A questão logística também impacta diretamente a produção. Apenas no México, as fábricas da Nissan movimentam diariamente mais de 3 milhões de peças para produzir cerca de 2.500 veículos, dos quais mais de 4 mil unidades seguem para mercados internos e externos. “Graças a uma arquitetura digital cada vez mais robusta, com sistemas inovadores que permitem uma visão 360°, rastreabilidade, detecção de riscos e planejamento antecipado, a Nissan pode ajustar a produção em caso de necessidade, otimizar rotas e garantir entregas sem contratempos”, explica Victoria Ortiz, diretora de Controle de Produção Central da Nissan Mexicana.
Essas transformações, que incluem o uso de inteligência artificial e análise de dados para replanejamento de rotas e processos, já resultaram em redução de 12% nos custos logísticos e ganhos em índices de satisfação dos clientes.
Logística sustentável e pegada ambiental
A Nissan também insere a sustentabilidade como prioridade em sua cadeia de suprimentos. A estratégia inclui rotas de abastecimento mais curtas, otimização digital e sistemas preditivos para controle de estoques. Com isso, a empresa busca reduzir a pegada ambiental em todas as etapas, do fornecimento de peças até a entrega de veículos. A visão é de que o impacto ambiental de um automóvel não está apenas em sua motorização, mas também em como é produzido e chega às mãos do consumidor.








