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Conteúdo 13 de outubro de 2022

MRO: o que é e qual a importância para a sua empresa?

Você sabe o significado de MRO e o porquê dessa sigla ser tão importante para uma empresa? E qual a relação do MRO em compras?

Todo negócio precisa se atentar a itens que fazem parte da rotina de trabalho, mesmo sem estarem diretamente relacionados à venda de um produto ou serviço final.

Materiais relacionados a reparos de aparelhos, higiene do local de trabalho e segurança de funcionários ficam armazenados em estoques que precisam de uma gestão, chamada de “Manutenção, Reparo e Operação”, o dito significado de MRO.

O MRO diz respeito ao gerenciamento de todos os itens que tornam possível o pleno funcionamento de uma empresa, com estratégias que favorecem o armazenamento de produtos, evitando desperdício, perdas, acidentes e, consequentemente, prejuízos ao negócio. Quando há um MRO eficiente, feito com regularidade e assiduidade, há menos gastos e melhores chances de competitividade no mercado.

 

O que é MRO?

Para começar, vamos explicar o significado de MRO. A sigla consiste em “Manutenção, Reparo e Operação” e está relacionada ao armazenamento e à gestão de tudo aquilo que envolve o funcionamento da empresa. Isso inclui desde pequenas peças de baixo valor, como parafusos e papéis higiênicos, até produtos maiores e de preços mais elevados.

E, como o próprio significado de MRO revela, ele envolve três categorias de itens que fazem parte do cotidiano de uma empresa e que são fundamentais para o seu bom funcionamento.

Eles atendem as demandas de consertos, limpeza, material de escritório, entre outras. Assim, entre os produtos que compõem a MRO podemos citar produtos de limpeza, produtos de informática, produtos de papelaria, ferramentas de conserto, dentre outros.

Vale ressaltar que, normalmente, temos duas situações que envolvem estes itens. A primeira é que são de baixo valor unitário e alto giro, como materiais de escritório, por exemplo. A segunda, e talvez maior parte do valor do estoque de MRO, trata de equipamentos, e/ou, peças de reposição para máquinas de operações.

De acordo com autores que estudam o tema, entre 90% e 95% do valor de estoque MRO possui as seguintes características:

– Baixo consumo;

– Demanda intermitente e não previsível;

– Alto custo unitário;

– Alto tempo de reposição;

– Alta criticidade para a operação.

Agora que entendemos o que é e o significado de MRO, vamos conhecer cada uma de suas categorias e entender o que cada uma engloba?

 

As 3 categorias da gestão de MRO

A categoria de “manutenção” é responsável por incluir todos os produtos e acessórios que possibilitam a boa rotina da empresa. Como exemplo, podemos destacar materiais de limpeza, lâmpadas e ferramentas operacionais. Dessa forma, dentro do conceito de manutenção estão os itens indispensáveis para que a produção se desenvolva em um ambiente limpo, adequado, organizado e para que a instituição funcione corretamente.

Já na categoria “reparo”, estão todos os itens importantes para realizar o conserto das máquinas e equipamentos responsáveis pela produção. Estes reparos podem ser feitos em paradas programadas para manutenção preventiva ou em paradas imediatas para manutenção corretiva. Aqui, os exemplos podem ser: soldas, porcas, parafusos, entre outros. Ter sempre à mão os materiais que vão servir para o conserto do maquinário ajuda a reduzir o tempo de equipamentos parados, evitando, assim, perdas no volume de produção.

Por último, temos a categoria “operação”, que inclui todos os materiais necessários para o funcionamento do processo produtivo. Os exemplos ficam por conta de Equipamento de Proteção Individual (EPI), uniformes, ferramentas de corte e instrumentos de teste. Os itens de operação são de fundamental importância para a continuidade do dia a dia, uma vez que eles têm influência direta na segurança dos colaboradores e na qualidade da produção.

De maneira resumida, as três categorias do MRO podem ser descritas dessa forma:

– Manutenção: itens necessários para manter a indústria em perfeito funcionamento, como materiais de limpeza, materiais elétricos e ferramentas manuais.

– Reparos: itens necessários para reparar os equipamentos usados e altamente exigidos ao longo da cadeia produtiva. Aqui, falamos de componentes que vão de parafusos até os mais específicos, usados em projetos especiais.

– Operações: aqueles fundamentais para manter o funcionamento das indústrias de modo eficiente e seguro, como uniformes e equipamentos de segurança.

 

Gestão de estoque inteligente

Uma gestão de estoque inteligente reduz custos e aumenta produtividade. A maneira na qual o estoque de uma empresa é gerenciado afeta diretamente na qualidade do MRO praticado por ela.

Antes de falarmos sobre os benefícios diretos de uma gestão adequada de MRO, vamos olhar um pouco para o estoque das empresas, já que sua administração eficaz e estratégica também pode influenciar e afetar as condições da MRO.

De acordo com a definição de Ronald H. Ballou, professor de Operações na Weatherhead School of Management, em Cleveland, Ohio, o estoque se trata de “acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das empresas”.

Gerir corretamente o estoque é meta fundamental para a administração das empresas, sendo possível estabelecer níveis de controle adequados sem afetar o ciclo de comercialização, reduzindo o impacto negativo no fluxo de mercadorias à venda. O motivo se dá diante da promoção de independência entre as etapas produtivas, evitando a ocorrência de interrupções por falta de suprimentos.

Neste sentido, podemos notar sua relação e significado de MRO e a necessidade de oferecer os recursos indiretos e fundamentais aos processos de produção e execução.

 

Qual o impacto de uma boa gestão de estoque nas empresas?

Agora que já sabemos o significado de MRO, partiremos para as vantagens de uma administração eficiente. Elas podem ser vistas pelas perspectivas financeira e operacional, possibilitando que, de maneira integral, tudo funcione corretamente dentro da rotina das produções em larga escala.

Dessa maneira, gerir suprimentos de MRO é fundamental para que a empresa não tenha que lidar com problemas que sejam impeditivos e que atrapalhem a dinâmica de sua produtividade, visto que, qualquer queda na cadeia de produção pode acarretar prejuízos significativos, atrasos na entrega e até mesmo comprometer o relacionamento com distribuidores e clientes.

Além disso, falhas na gestão de materiais podem comprometer o reabastecimento do estoque. E a falta de itens, como parafusos e peças para reparos de equipamentos, podem repercutir em danos bastante significativos à empresa.

Por isso, destacamos aqui as vantagens de realizar uma boa gestão de estoque MRO.

Redução de despesas:

Ao gerir adequadamente o estoque, é possível evitar que:

– Equipamentos fiquem sem manutenção e sejam danificados;

– Itens estocados tornem-se obsoletos ou percam o prazo de validade;

– Materiais sejam comprados em excesso ou em quantidade insuficiente, exigindo compras adicionais de urgência.

Para isso, o estoque deve ser planejado de acordo com a quantidade dos materiais MRO que serão utilizados na empresa durante um determinado período. Neste sentido, é fundamental checar a validade de cada item e o período necessário de manutenção dos equipamentos que pedem reparos específicos.

Eficiência na localização central do estoque de MRO:

A organização é amiga do rendimento e da eficácia. Sendo assim, é altamente recomendado reservar um ambiente central por instalação para dispor de forma organizada todos os materiais. Em um ambiente bagunçado há mais chances de ocorrer o extravio de materiais, além de desperdício de tempo para encontrar os itens que procura.

Uma dica é: adote sistemas integrados de gestão de estoque que conseguem monitorar os itens e realizar o controle de entrada e saída.

Otimização dos processos:

Ao implementar a gestão de estoque MRO, é possível também obter maior otimização dos processos da empresa, pois a necessidade de reparo do maquinário produtivo pode ser verificada, reduzindo a chance de um equipamento parar de funcionar e interromper os processos de produção em andamento.

Para saber mais, acesse nosso conteúdo do canal ser logístico: https://www.youtube.com/channel/UCmBgY4slvHnFRJuF8UwmEtA/

 

Carlos Menchik Carlos Menchik

Fundador do canal no YouTube “Ser Logístico”, professor de logística e supply chain da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) nos cursos de pós-graduação, assim como em outras instituições, como FSG e LaSalle. Participa da diretoria da ASLOG (Associação Brasileira de Logística) no conselho fiscal na gestão 2010/2011, com vários artigos publicados. Mestrando em Engº de Produção e Sistemas pela Unisinos, Bacharel em Administração de Empresas – PUCRS/1995, especializações em Supply Chain – Oliver Wight /Chicago-EUA. Atualmente é consultor pela PROLOG® Capacitação e Consultoria em Logística.

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