Lean na logística
Estamos começando mais uma jornada em nossa caminhada pessoal e profissional com novas expectativas, novos sonhos e nova metas.
Assim sendo, nada melhor do que escrever o primeiro artigo do ano falando da metodologia Lean, que vem a ser um conceito de gestão desenvolvido pelos executivo da Toyota Taiichi Ohno, durante o período de reconstrução do Japão após a Segunda Guerra Mundial.
Apesar de a metodologia ter sido criada há décadas, podemos afirmar que ela está bem atualizada para o atual cenário, tanto que o sistema ultrapassou os limites das linhas de produção e hoje já faz parte do cotidiano de escritórios, startups, universidades, comércio, design, saúde e de toda a cadeia de suprimentos.
Ferramentas Lean
Buscando sempre desenvolver as melhores práticas no processo produtivo e apresentar os melhores métodos de qualidade e rapidez na produção com a eliminação do desperdício, a adoção de uma melhoria contínua, a padronização dos processos e foco em manter o ambiente limpo e agradável para o desenvolvimento das atividades, o Lean utiliza ferramentas que ajudam a manter a casa arrumada, tais como:
– 5S
– Jidoka
– JIT: Just in time
– Kanban
– Kaizen
– PDCA
– TPM
– Heijunka
– Objetivos SMART
– SMED
– KPIs
– Diagrama Ishikawa (diagrama de causa e efeito)
– Diagrama de Pareto
– Histograma
– Diagrama de dispersão
– Cartas de controle
– POKA YOKE
Contribuição do Lean na logística
Quando pensamos no Lean implantado na logística, devemos enxergá-lo como sendo mais detalhado e complexo, pois ele não será utilizado como uma estratégia enxuta e genérica a ser adotada em tudo que gera desperdício.
Tendo a logística de operações mais complexas, o Lean vai atuar em alguns processos como de armazenamento e de distribuição, entre outros, de forma mais segura, com a atenção redobrada na eliminação de desperdício e no aumento da segurança das operações, gerando melhores resultados para as organizações.
Portanto, o Lean na logística busca, no cenário econômico atual, atuar de maneira a eliminar certas atividades para reduzir o desperdício em toda cadeia de suprimentos. Com isso, as empresas alcançarão o aperfeiçoando do fluxo de produtos e serviços, sendo ele reverso ou direto, com o único objetivo de atender a necessidade do cliente.
Princípios do Lean na logística
Womack et al. (1992) fornece um enquadramento conceitual para categorizar os princípios, as ferramentas e as práticas da produção enxuta em cinco áreas básicas, listadas logo abaixo.
Princípio | Descrição |
Valor | Identificar o valor do ponto de vista do cliente. |
Fluxo de valor | Compreender todas as atividades no processo como um fluxo contínuo que agregam valor ao produto. |
Fluxo de processo | Minimizar a interrupção durante o processo. O produto deve estar constantemente em movimento para o cliente seguindo o ritmo da demanda |
Puxar | Os produtos devem ser puxados de acordo com a demanda do cliente. |
Perfeição | Esforçando-se para a perfeição – meta zero de defeitos e busca incessante de eliminação dos desperdícios. |
Principais objetivos do Lean
Com a alta competividade no mercado, conter os desperdícios para obter melhorias internas, com o objetivo de atender de maneira satisfatória as necessidades apresentadas pelos clientes, passa primeiramente por entender quais são os princípios do Lean na logística, pois é desta maneira que o consumidor conseguirá enxergar valor no produto ou serviço colocado à sua disposição.
Portanto, devemos estar antenados nas seguintes princípios:
– Redução de Custos
– Melhoria Contínua
– Agilidade de Produção
– Maior capacidade Produtiva
– Melhorias no ambiente de trabalho
As palavras finais deste artigo passará pelas célebres frases de Taiichi Ohno:
– “Custos não existem para serem calculados. Custos existem para serem reduzidos.”
– “O estilo Toyota não é criar resultados trabalhando duro. É um sistema que diz que não há limite para a criatividade das pessoas. As pessoas não vão para a Toyota para ‘trabalhar’ que vão lá para ‘pensar’.”
– “Algo está errado se os trabalhadores não olharem em volta a cada dia, encontrar coisas que são tediosas ou chatas e, em seguida, reescrever os procedimentos. Mesmo o manual do mês passado deve estar desatualizado.”
– “Tenho orgulho de ser japonês e queria que meu país tenha sucesso. Eu acreditava que meu sistema era uma maneira que poderia nos ajudar a se tornar uma nação industrial moderna. É por isso que eu não tinha nenhum problema em compartilhar com outras empresas japonesas, até mesmo meus maiores concorrentes.”