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Conteúdo 26 de setembro de 2023

Como controlar os custos logísticos na alta temporada

Estamos nos aproximando do período de pico do varejo e do e-commerce brasileiro. Temos uma primeira amostra no Dia das Crianças, mas os negócios aceleram bastante até a Black Friday – já a principal data de vendas do País – e o Natal. E, claro, a logística, mais uma vez, é chamada para fazer a “mágica” acontecer e garantir a disponibilidade e entrega dos produtos no prazo e qualidade acordados.

Tamanha demanda em um espaço relativamente curto de tempo coloca grande pressão sob os custos logísticos já pressionados por outros fatores. Além disso, em alguns momentos, chega a ocorrer indisponibilidade de áreas de armazenagem (pelo menos as mais bem colocadas) e de veículos, colocando as entregas em risco. Neste cenário, como então manter os níveis de serviço sem levar os custos às “alturas”?

Não há uma resposta fácil, mas é possível, sim, equacionar estas questões em um modelo logístico sólido e eficiente. Tudo começa com uma boa previsão de demanda e me refiro aqui não apenas a quantidade, mas também o produto e região provável em que ele deve ser vendido. Atualmente, dispomos de recursos que, com base em séries históricas, conseguem prever com boa assertividade o comportamento da demanda.

Aqui na DHL Supply Chain inclusive investimos em um software alemão especializado em previsão de demanda para fins logísticos que já utiliza Inteligência Artificial e Machine Learning para resultados cada vez melhores.

Essas informações não apenas subsidiam o planejamento logístico geral, como dão margem a outra etapa importante: o avanço dos estoques para posições estratégicas. Uma entrega ágil depende da proximidade dos consumidores. Além disso, um estoque mais distante onera a “perna” de transportes.

Então sim, o avanço de estoques para posições estratégicas no Brasil é uma forte tendência, cujo benefício pode ser capturado de forma mais ampla quando há o compartilhamento dessas estruturas com outras empresas. Desta forma, o custo fixo é dividido entre os parceiros.

Mais uma vez, a inteligência de dados para o posicionamento de estoques fala mais alto, pois, não basta ter os pontos avançados, é necessário saber o melhor local para posicionar cada SKU e sua quantidade.

Claro, há flutuações e imprecisões, mas uma organização geral traz ganhos muito grandes. Em última instância, o que buscamos equacionar são os custos de armazenagem e os custos de transporte com a confiabilidade da entrega. Nenhuma dessas variáveis da equação pode ser desconsiderada.

Outros dois pontos importantes. Neste período de alta demanda, é ainda mais fundamental uma estreita sintonia da área de logística não apenas com vendas e a área de produtos, como também com marketing, comunicação e TI, pois promoções ou flutuações de sistema podem impactar a operação toda e, consequentemente, vendas e experiência dos consumidores.

O segundo aspecto é que feita toda a parte de inteligência e planejamento, há que se investir também em capacidade de execução. Aqui me refiro a ter estruturas prontas e testadas, equipe qualificada, veículos, equipamentos, sistemas, backups e planos de contingência. Sim, contar com parceiros e recursos extras neste período ajuda muito, mas mesmo para isso é necessário preparação prévia e organização geral.

Por fim, temos que ser realistas. Às vezes, mesmo tudo isso não dá conta de picos muito elevados de pedidos. Nestes casos, a alternativa é ou contratar fretes emergenciais (de custo elevado) ou ajustar o prazo de entrega, sempre dando visibilidade e a opção de desistência para o consumidor. Assim, temos uma relação de transparência e confiança de longo prazo.

Como vimos, chegou o grande momento do ano para o varejo e temos que estar prontos e, para isso, precisamos nos antecipar e ter a expertise para manter as cadeias fluindo com eficiência.

Gabriela Guimarães Gabriela Guimarães

VP de Operações de Varejo e E-commerce da DHL Supply Chain.

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