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Conteúdo 11 de setembro de 2023

Cadeia do Frio – Infraestrutura & Operações

Introdução

 

A gestão da infraestrutura operacional na cadeia do frio é um aspecto crítico, que visa garantir a integridade e a qualidade dos produtos que são submetidos a essa cadeia de abastecimento ao longo de todo o processo, desde a produção até o consumidor final.

A cadeia do frio abrange todos os segmentos da cadeia alimentar, farmacêutica e agronegócios, entre outras.

A gestão mais eficiente desses processos requer uma infraestrutura operacional sólida, bem coordenada, que possa garantir confiabilidade e garantia dos produtos fabricados, armazenados, distribuídos e consumidos junto ao mercado.

Para as operações da Cadeia do Frio (segmento frigorificado) devem ser considerados os seguintes “níveis de temperatura” em suas operações, com base na característica do produto e exigências do fabricante para seu manuseio, armazenagem, transporte e consumo final.

– Climatizados – Temperaturas de 10ºC a 16ºC

– Resfriados – Temperaturas de 0ºC a 10ºC

– Congelados – Temperaturas de -1ºC a -25ºC

– Supercongelados – Temperaturas de -30ºC a – 50ºC

– Ultracongelados – Temperaturas > -50ºC

 

A Infraestrutura Operacional

 

Em pesquisas recentemente realizadas junto ao mercado de Operadores Logísticos, um dos fatores importantes observados foi a “idade média” das instalações frigorificadas a nível nacional e sua infraestrutura física e operacional, considerando como início das atividades dos armazéns gerais frigorificados no Brasil (1990) até as mais recentes unidades operacionais, que atendem aos mais diversos protocolos e certificações de controle de qualidade implementados pelas empresas que atuam no segmento frigorificado.

Por outro lado, esse segmento requer um volume de investimentos maior do que outros segmentos do mercado logístico, em razão das suas especificidades e características necessárias para operações com produtos multitemperaturas.

 

Estrutura & Investimentos dos Armazéns

Quadro 1 (Base: UYTD 2022)

Quadro 1 (Base: UYTD 2022)

 

Quadro 2 (Fonte: Pesquisa OAJ Consult)

 

Quadro 1 – Demonstra as faixas da idade média e o percentual da participação de armazéns frigorificados na sua vida útil. Devido aos processos de Merger & Aquisitions (M&A) ocorridos nos últimos anos junto ao Mercado Frigorificado, com investimentos em novas instalações e estruturas físicas, houve uma expansão e modernização da infraestrutura operacional nas empresas que atuam no segmento da Cadeia do Frio.

(Base Pesquisa Mercado-YTD 2022)

Quadro 2 – Estimativas dos investimentos necessários na edificação de novas unidades, normalmente utilizadas em Centros de Distribuição Frigorificados (multitemperaturas), baseados nos parâmetros de custos de fornecedores que atuam no Mercado Nacional.

 

Estrutura Operacional

Quadro 1 (Base: YTD 2022)

 

Quadro 2 (Base: YTD 2022)

 

Quadro 1 – Demonstra a participação da utilização de estruturas de armazenagem em operações nos Centros de Distribuição com temperaturas controladas (multitemperaturas), considerando o padrão de armazenagem, sistemas de movimentações dos produtos, giros de estoques, fator de ocupação, entre outros processos operacionais.

Quadro 2 – Apresenta a distribuição na utilização de equipamentos de movimentação de produtos, para operações em recintos frigorificados (câmaras frias, antecâmaras, tuneis de congelamento ou áreas climatizadas) que fazem parte do processo operacional.

 

Estrutura Funcional

Quadro 1 (Base: YTD 2022)

 

 Quadro 2 (Base: YTD 2022)

 Quadro 2 (Base: YTD 2022)

 

Nos estudos referentes à Estrutura Funcional, temos verificado uma variação nos níveis hierárquicos e funções operacionais, em razão das políticas de recursos humanos utilizadas por cada empresa. Procuramos aqui apresentar a versão padrão (mais utilizada) nas operações frigorificadas (multitemperaturas) do mercado.

 

Conclusão

 

Desenvolver uma estratégia eficaz para a infraestrutura operacional de operações frigorificadas torna-se crucial para garantir o funcionamento constante, a segurança dos produtos e a satisfação dos clientes.

Elencamos abaixo, algumas considerações importantes que poderão ser levadas em conta, quando do desenvolvimento de estratégias para essas atividades:

  1. Planejamento de Layout e Espaço: Para as áreas frigorificadas em um Centro de Distribuição deve ser otimizada e maximizada a eficiência operacional. Ou seja, disposição das áreas de recebimento, armazenagem, processamento e expedição, assim como a instalação e manutenção adequada dos equipamentos de refrigeração, de forma planejada.
  2. Tecnologia e Automação: A utilização de tecnologias sistêmicas para controle, automação e monitoramento remoto pode ajudar na melhoria de processos e na redução de retrabalhos, criando e agregando valor ao cliente.
  3. Manutenção Preditiva: A implementação de um planejamento de manutenções preditivas para os equipamentos de refrigeração (multitemperaturas) pode reduzir falhas e interrupções não programadas e prolongar a vida útil desses ativos
  4. Treinamento da Equipe: Uma equipe bem capacitada e treinada é um elemento chave para o sucesso operacional. Investir em treinamento regular para os funcionários em áreas operacionais pode trazer, a médio e longo prazo, redução dos custos de manutenções e aumento de produtividade operacional.
  5. Eficiência Energética: Dado ao alto consumo de energia em uma unidade frigorificada, adotar medidas para melhoria e eficiência energética pode reduzir os custos operacionais. Deve se levar em conta que, para se atingir essa eficiência, são necessários possuir uma infraestrutura adequada e equipamentos devidamente dimensionados.
  6. Flexibilidade: O mercado frigorificado, principalmente da cadeia alimentar, é volátil. Dessa forma é importante que a infraestrutura operacional seja flexível o suficiente para se adaptar às mudanças na demanda, sazonalidades e variação de produtos.

 

Portanto, lembre se que as estratégias devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada unidade operacional frigorificada, ao mercado em que atua e às regulamentações exigidas pelo cliente. O envolvimento de profissionais especialistas em logística da cadeia do frio, engenheiros e técnicos especialistas nesse segmento pode ser fundamental para o sucesso, para que se possa implementar tais estratégias.

Ozoni Argenton Ozoni Argenton

CEO na OAJ Consult – Consultoria & Assessoria Empresarial. Executivo com sólida experiencia e atuação no segmento de Logística Empresarial e Logística Integrada, com Especialização em Logística Frigorificada – Cadeia do Frio. Como Executivo C-Level, atuou em empresas como: SPA – Santos Port Authority(CODESP), McLane do Brasil AS, Protege AS – Transportes & Segurança de Valores, Comfrio Soluções Logísticas AS, Martin Brower do Brasil SA, Philip Morris do Brasil AS, Danone Group AS. Membro do Conselho Executivo da ABRALOG – Associação Brasileira de Logística.

e-mail:oaj.consult@hotmail.com | Linkedin: linkedin.com/in/ozoni-argenton-junior-29ab8420

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