O que é logística de pool e por que as empresas devem usá-la?

24/08/2022

*por André Cardoso, Country Manager da CHEP Brasil

 

A tendência de pagar pelo uso de itens, em vez de comprá-los para si, está ganhando terreno. Um exemplo disso vem da logística relacionada à movimentação de paletes, instrumentos fundamentais para o transporte de cargas, de todos os setores imagináveis, porém que não faz parte do core business da maioria das empresas. A movimentação de paletes é um dos elementos-chave dos processos logísticos, portanto, deve ser considerada no contexto da eficácia de toda a cadeia de abastecimento.

Os paletes são uma parte integrante da cadeia de supply chain. Portanto, o modelo de negócio chamado “Pooling” permite uma logística sustentável por meio do uso e reutilização de plataformas. Especialmente este último método está ganhando popularidade quando se trata do comércio de produtos. Em tal arranjo, o status dos paletes está próximo da embalagem retornável e eles giram constantemente, sendo reutilizados e contribuindo para o meio-ambiente e para a economia circular.

A escolha certa

Há muitos fatores que determinam o método de gerenciamento de paletes, mas o mais importante deve dizer respeito ao seu uso para a eficácia de toda a cadeia de fornecimento. Ao decidir sobre uma estratégia de gerenciamento de transportadoras, um produtor da indústria de bebidas, por exemplo, deve considerar onde, quando e em que quantidades os fornecedores são capazes de entregar paletes em número e prazo desejado para atender aos cronogramas planejados de engarrafamento e pedidos das cadeias de varejo. Imagina em altas temporadas como férias, festas de fim de ano e carnaval?

Ao mesmo tempo em que as empresas recebem paletes para suas cargas, é necessário considerar como os paletes embarcados devem ser coletados de volta e então armazenados até os próximos fretes, assumindo a possibilidade de que uma parte significativa dos paletes recebidos possa não ser mais utilizável ou será “perdida” (necessidade de constante reposição de estoques). Isto porque o próprio transporte, o peso de mercadorias, condições de armazenamento podem deteriorar estes paletes. Ou seja, paletes são extremamente necessários para o sucesso do transporte, mas um item de gestão considerável para as empresas.

Ao mesmo tempo, especialmente hoje, com o aumento dos preços da matéria-prima, este pode ser fator decisivo para o orçamento e os gastos de capital a longo prazo da empresa (CAPEX). Deve-se lembrar também que a qualidade das próprias transportadoras se traduz diretamente na segurança das mercadorias e na confiabilidade das entregas. A rotatividade de paletes é frequentemente um dos elementos-chave dos processos logísticos e envolve muitas pessoas dos departamentos responsáveis pela logística.

Quanto mais tempo a cadeia de fornecimento estiver sob controle, mais fácil será para empresários controlar os custos do fluxo de paletes. Quanto mais paletes deixarem o local de carregamento, maiores serão os custos de sua coleta. Então, a solução mais fácil é também utilizar os serviços de um pool.

Pool prático

O aluguel de paletes funcionará para aqueles empresários que querem se poupar de se preocupar com suas mercadorias durante o transporte. As questões de possíveis reparos, seu fluxo ou verificação da condição técnica repousam então sobre os ombros do prestador de serviços. Antes de fazer uma escolha, entretanto, deve-se avaliar se os custos de tal etapa não serão muito altos para a empresa.

Possibilidade de aluguel

A logística da CHEP, maior empresa do setor na Europa e presente no Brasil há 20 anos, é apoiada por uma rede de centros de serviço, ou seja, armazéns a partir dos quais os paletes encomendados são entregues aos clientes. No mundo todo são 750 centros de serviço e mais de 500 mil pontos de entrega. Só no Brasil são 19 centros de serviço. Os paletes podem ser retirados de praticamente qualquer estado que cheguem, no caso do Brasil. Mais de 30 milhões circulam na América Latina. A questão do aluguel de paletes do lado técnico não é algo particularmente complicado, mas requer planejamento.

Por exemplo, os paletes de pool da CHEP estão sujeitos a rigorosos padrões de qualidade e são mais facilmente aceitos pelos varejistas. A escala de operação e a extensão da rede CHEP dão maior confiança de que o equipamento estará disponível no momento e local preferidos, independentemente do tamanho da demanda. – No caso de paletes brancos, ou padrão, a entrega e substituição requerem um estoque constante de 25%, e a recuperação da mídia do próprio mercado é demorada. O estoque de paletes azuis da CHEP pode ser de apenas 5%. Os paletes CHEP têm uma vida útil 10 vezes maior, entre outros, devido ao fato de que cada vez que retornam aos centros de serviço passam por verificações meticulosas e qualquer dano é reparado eficientemente – segundo apurações da CHEP Global.

No mercado

Como pioneira do modelo de “economia compartilhada”, a CHEP criou um dos maiores projetos logísticos do mundo, baseado nos princípios de compartilhar e reutilizar paletes. – Os paletes alugados, caixas e contêineres reutilizáveis circulam entre fabricantes, transportadores, distribuidores e cadeias de varejo, criando um circuito fechado, cujo início e fim são também centros de serviço CHEP.

Operamos no Brasil há 20 anos, e o sistema descrito acima é utilizado por dezenas de empresas sendo que aqui temos uma capacidade de reparar mais de 12 mil paletes por dia, incluindo tanto empresas brasileiras quanto corporações internacionais. Ao acompanhar os movimentos e fluxos de nossos paletes em circuito fechado temos uma visão absolutamente única sobre as redes de distribuição de inúmeras entidades no mercado. Além de entregar apenas paletes, somos capazes de analisar, buscar sinergias e otimizar os processos logísticos gerais de um grupo diversificado de clientes. Uma solução que cresce cada vez mais em adesão, tendo em vista os desafios ambientais e econômicos que vemos no contexto atual, ainda mais no Brasil, um país de larga extensão e transporte intenso de cargas.

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