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Conteúdo 11 de julho de 2024

O Brasil precisa da sua própria FedEx

*Por Guilherme Juliani

 

Até meados dos anos 2000, os Correios eram considerados uma das instituições mais confiáveis pela população brasileira, recebendo reconhecimentos e prêmios anualmente. Hoje em dia, essa realidade parece muito distante, visto que grande parte das pessoas passou a desconfiar dos serviços da estatal; não é difícil encontrar reclamações aos montes nas redes sociais, por exemplo.

Até agora, apesar do mercado de logística ser bem capilarizado, nenhuma outra marca conseguiu ocupar a posição que os Correios mantinham antigamente. Pense comigo: quando você compra algo pela internet, se o produto não chegar ou algo acontecer durante o trajeto, a quem você recorre para resolver o problema? Muito provavelmente seria o local onde foi realizada a compra. Muitas vezes, você pode nem saber quem é o responsável pela entrega. Ou seja, as pessoas confiam nas lojas, não nos operadores logísticos.

Essa falta de relação das empresas com os clientes é bastante comum por aqui, mas não é o caso nos Estados Unidos, por exemplo. Isso porque, de forma geral, a líder de entregas por lá é a FedEx. As pessoas conhecem a marca e confiam nela com suas encomendas, desde o momento da compra até o momento de atender o entregador.

Isso faz uma enorme diferença na experiência do consumidor e no modo como o próprio mercado funciona. Quando a base é a excelência, todo mundo sai ganhando, tanto a população quanto as empresas, que terão menos transtornos a serem resolvidos por conta de atritos com transportadoras.

O Brasil, portanto, precisa de uma “FedEx” própria para alcançar esse nível de qualidade.

É claro que não é fácil chegar nesse patamar. A abrangência da operação precisa ser poderosa, atingindo todos os cantos do país, o que por si só é um desafio considerável. Os Correios ainda ficam em primeiro lugar nesse quesito. Contudo, a partir do momento em que a demanda for atingida e a qualidade se manter, é provável que a escolha para a população não seja difícil.

Afinal, se você tem duas opções que chegam na sua casa, e uma delas nunca te decepcionou antes, qual será sua preferência?

O Brasil precisa dessa alternativa. Quando o Grupo MOVE3 se fundiu com a Sequoia, a meta de alcançar esse nível de excelência e reconhecimento foi um ponto de partida em comum. Não é à toa que algumas pessoas do mercado passaram a enxergar o movimento como o “nascimento da FedEx brasileira”.

Só o tempo dirá, de fato, o quão longe vamos chegar, mas a visão é clara: nosso país merece a melhor qualidade possível para suas entregas, e isso só vai acontecer quando não medirmos esforços para revolucionar a logística nacional. Felizmente, os primeiros passos já foram dados.

*Guilherme Juliani é CEO do Grupo MOVE3. Formado em Administração pela PUC-RJ, Juliani é especialista em Negócios (Harvard Business School), Negociação (Oxford/Saïd Business School) e Gestão de Transportes (Fundação Dom Cabral).

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