De olho na profundidade dos outros portos

04/09/2008

Vou fazer um hiato nas considerações sobre a necessidade de se ter um organismo permanente de coletas e análises de dados hidrodinâmicos e meteorológicos no Porto de Santos, para comentar reportagem veiculada no jornal A Tribuna de Santos e a entrevista concedida pelo atual presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Correia Serra, ambas constantes do caderno Porto e Mar do último dia 26 de agosto.

Inicialmente, deixo claro que são comentários e não críticas, e pertinentes ao tema dragagem. Diz o jornal que o Porto de Antuérpia passará a ter seu canal dragado para 13,5 metros, o que permitirá receber navios de maior calado. Ao mesmo tempo, o presidente da Codesp diz que "vamos ter todas as informações sobre os navios que entram e saem do Porto", entre outras questões que envolvem o "controle, ou seja, o conhecimento do que se passa no Porto".

ssas informações são extremamente importantes visto que o Porto de Santos tem alguns portos internacionais como destino e origem das suas cargas. Isso significa dizer que se esses portos não tiverem calados compatíveis com os de Santos não haverá vantagens à navegação com os esforços despendidos no aprofundamento do nosso Porto. Assim, a partir do conhecimento das origens/destinos das cargas aqui movimentadas é que teríamos condições de avaliar qual a profundidade que seria de nosso interesse.

Por outro lado, dados estatísticos do Porto de Santos, demonstram que 78,42% dos navios que atracaram em Santos, no ano de 2007, tinham até 10 metros de calado, 21,11% até de 10 a 12 metros e apenas 0,47% acima de 12 metros. O mesmo está se configurando em 2008, com 75,46% até 10 metros, 23,62% entre 10 e 12 metros e, de novo, somente 0,92% com calados acima de 12 metros.

Proponho refletir e voltarmos ao assunto nas próximas semanas.
 

Luiz Alberto Costa Franco é Engenheiro Civil, foi chefe dos serviços de dragagem do Porto de Santos e diretor de engenharia da Codesp.

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