Por Vinicius Callegari*
A integração da telemetria e da Internet das Coisas (IoT) tem se mostrado uma estratégia eficaz para operadores logísticos que buscam aumentar a disponibilidade e eficiência de seus ativos. Elas permitem o monitoramento em tempo real de equipamentos e processos, proporcionando dados precisos que auxiliam na tomada de decisões e na manutenção preditiva.
Por meio de sensores instalados em máquinas e equipamentos, a telemetria coleta informações detalhadas sobre o desempenho operacional, como temperatura, pressão, vibração e consumo de energia. Os dados são transmitidos para plataformas centralizadas, onde são analisados para identificar padrões e possíveis anomalias. A detecção precoce de um aumento na vibração de um motor, por exemplo, pode indicar desgaste de componentes, permitindo a intervenção antes que ocorra uma falha crítica.

A IoT complementa a telemetria ao conectar diversos dispositivos e sistemas em uma rede integrada, facilitando a comunicação e o compartilhamento de informações. No contexto logístico, isso significa que veículos, armazéns, centros de distribuição e até mesmo produtos podem estar interligados, fornecendo uma visão holística das operações. Essa conectividade aprimora a coordenação e a eficiência, resultando em uma redução significativa de atrasos e otimização do uso dos recursos.
Um aspecto crucial dessa integração é a centralização e padronização da gestão de contratos e operações. Empresas que adotam plataformas IoT conseguem monitorar todas as suas atividades a partir de um único sistema, independentemente da localização geográfica ou do volume de contratos. Essa centralização elimina a necessidade de múltiplos sistemas de telemetria, reduzindo custos administrativos e aumentando a clareza dos indicadores operacionais.
O monitoramento em tempo real também desempenha um papel vital na melhoria da disponibilidade dos ativos. Sensores conectados permitem acompanhar continuamente o status e o desempenho dos equipamentos, possibilitando a identificação e resolução de problemas antes que afetem a operação. Indicadores como o Tempo Médio Entre Falhas (MTBF) e o Tempo Médio para Reparo (MTTR) tornam-se ferramentas essenciais para decisões rápidas e informadas. Além disso, o uso de horímetros online assegura que as manutenções sejam realizadas nos momentos ideais, evitando tanto intervenções prematuras quanto atrasos que possam comprometer a eficiência operacional.
A manutenção preditiva, potencializada pela análise de dados coletados via IoT, permite prever falhas antes que ocorram, baseando-se em indicadores como temperatura, vibração e consumo de energia. Por exemplo, o monitoramento contínuo da temperatura de componentes críticos pode identificar tendências de superaquecimento, permitindo ações preventivas que evitam paradas inesperadas.
A transparência e a agilidade no relacionamento com clientes também são beneficiadas pela adoção dessas tecnologias. A automatização na coleta e processamento de dados reduz o tempo necessário para responder a consultas e resolver questões contratuais, melhorando a satisfação do cliente. A segurança operacional também é significativamente aprimorada. Sistemas avançados de telemetria podem monitorar o comportamento de operadores, identificando sinais de fadiga ou distração, e emitindo alertas em tempo real para prevenir acidentes.
Em resumo, ao fornecer monitoramento em tempo real, manutenção preditiva, centralização de dados e melhoria na comunicação com clientes, essas tecnologias contribuem para a redução de custos e a melhoria da segurança em toda a operação. A adoção dessas soluções posiciona as empresas de logística em um patamar competitivo superior, alinhado às demandas de um mercado cada vez mais dinâmico e exigente.
*Vinicius Callegari é Co-Fundador da GaussFleet, maior plataforma de gestão de máquinas móveis para siderúrgicas e construtoras.









