Por Erick Leite Santos, Gestor de Performance de Entrega da eSales
Quando penso na evolução da logística, não há como negar o papel central que a tecnologia e a gestão ocupam nesse processo. O setor logístico sempre foi desafiador por natureza, mas com as mudanças tecnológicas aceleradas que estamos vivendo, o jogo mudou completamente. A gestão, que antes era focada em manter tudo sob controle de maneira manual, hoje precisa estar totalmente alinhada com as soluções tecnológicas que surgem a cada momento.
O ponto fundamental para uma operação logística bem-sucedida é a integração total entre os dados e a tomada de decisões. A tecnologia, nesse cenário, não é apenas uma ferramenta de suporte. Ela oferece uma visão macro de toda a cadeia, permitindo que eu enxergue cada etapa da operação de forma clara, algo que antes seria impossível sem a automação. A gestão, por sua vez, precisa acompanhar essa transformação e saber como utilizar essas informações de maneira estratégica. O tempo de reação entre identificar um problema e agir sobre ele foi drasticamente reduzido e essa agilidade é o que define o sucesso ou o fracasso de uma operação.
Um dos maiores benefícios que vejo ao incorporar tecnologia na logística é a capacidade de prever e resolver problemas antes que eles se tornem críticos. Com a análise de dados em tempo real, é possível ter uma visão mais apurada do desempenho de cada processo, identificando gargalos e oportunidades de melhoria que, de outra forma, poderiam passar despercebidos. A Inteligência Artificial tem um papel fundamental nesse sentido, pois ela projeta cenários futuros, sugerindo ações que podem evitar erros e otimizar o fluxo de trabalho.
No entanto, a gestão não pode ser apenas reativa. Ela deve ser proativa, antecipando as necessidades do negócio e ajustando as operações de maneira a não só atender às demandas atuais, mas também se preparar para as futuras. Isso só é possível quando os gestores estão capacitados e as equipes estão bem alinhadas com as ferramentas tecnológicas. Não faz sentido manter processos manuais em atividades que podem ser facilmente automatizadas. Acredito que, ao investir em soluções que eliminem tarefas repetitivas, como a digitação de documentos e o controle de planilhas, estamos não apenas melhorando a eficiência da operação, mas também promovendo o bem-estar dos profissionais envolvidos.
Além disso, a integração de tecnologias sofisticadas, como IA e machine learning, abre novas portas para o setor. Cada vez mais, me vejo diante de cenários em que a tomada de decisões não é mais baseada apenas na intuição ou experiência de mercado, mas em dados concretos e análises profundas. Essa mudança é significativa porque amplia a nossa capacidade de inovar, de buscar soluções criativas para problemas antigos e, principalmente, de garantir que o negócio se mantenha competitivo.
No fundo, tudo se resume a uma questão de sinergia. A tecnologia por si só não resolve os problemas, mas quando bem gerida, ela se torna uma aliada poderosa para atingir resultados que antes pareciam inalcançáveis. Por outro lado, a gestão eficiente precisa estar conectada a essas inovações para extrair o melhor delas e assegurar que cada decisão seja embasada em informações precisas e de qualidade.
Olhando para o futuro, eu vejo a logística se transformando ainda mais. Acredito que a integração entre gestão e tecnologia vai definir o ritmo de crescimento das empresas e a sua capacidade de responder às mudanças do mercado. Trata-se de liderar essa transformação, buscando sempre melhorar processos, otimizar recursos e garantir que a operação seja eficiente em todos os níveis. A tecnologia e a gestão, juntas, são a chave para abrir essas portas.









