O governo federal incluiu na agenda de 2026 um amplo pacote de concessões de rodovias, que abrange 14 estradas federais, totalizando 7.295 quilômetros e um volume estimado de R$ 158 bilhões em obras e operação. Segundo o governo, os impactos vão além da competitividade logística. A modernização dos trechos concedidos tem potencial de reduzir custos, encurtar prazos e melhorar de forma direta a rotina de motoristas profissionais que dependem das estradas diariamente.
A percepção dos trabalhadores do setor reforça essa expectativa. Para José Ronaldo Marques da Silva, o Boizinho, presidente do (Sindicato Nacional dos Cegonheiros), “O motorista precisa sentir na prática os resultados desse investimento. Trechos seguros, sinalização adequada, manutenção contínua e áreas de descanso estruturadas fazem toda a diferença na vida de quem está ao volante todos os dias”.

Estrutura dos novos contratos e áreas contempladas
A carteira de projetos inclui oito trechos que serão concedidos pela primeira vez e outros seis que passam por reformulação contratual. O plano prevê 1.197 quilômetros de duplicações e 1.331 quilômetros de faixas adicionais. Atualmente, pouco mais de um quarto da malha federal está sob gestão privada, e esse percentual pode chegar a um terço com os novos leilões. Para motoristas profissionais, a modernização deve se traduzir em melhores condições de segurança e operação.
Segurança nas estradas como eixo central das concessões
A modernização da malha rodoviária vai além de ganhos operacionais. Estudo da Fundação Dom Cabral (2024) aponta que rodovias submetidas a investimentos estruturados, como os previstos no modelo de concessão, tendem a registrar queda nos acidentes graves e nos índices de mortalidade. O desempenho está associado a melhorias na infraestrutura e à maior previsibilidade de viagem.
Além disso, as obras de duplicação, ampliação de faixas e criação de pontos de apoio reforçam o potencial de segurança viária. Para os motoristas, isso representa jornadas mais previsíveis e menor exposição ao risco. Marcio Galdino, diretor regional do Sinaceg, destaca: “Quando a estrada melhora, o motorista ganha tempo, segurança e qualidade de vida. A duplicação de trechos e a ampliação das faixas adicionais ajudam a reduzir riscos e tornar a operação mais eficiente. É um movimento que pode trazer benefícios reais para quem conduz o país”.
Leilões ocorrerão ao longo de 2026
Os leilões das concessões estão programados para ocorrer durante todo o ano de 2026, inclusive durante o período eleitoral. A expectativa é que os contratos tragam metas claras de execução, padrões mais altos de atendimento e fiscalização rigorosa pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O Sinaceg reforça que acompanhará cada fase do processo para garantir que os investimentos se traduzam em mais segurança, melhores condições de trabalho e rotinas mais estáveis para os motoristas que movimentam a economia pelas estradas brasileiras.









