A Black Friday 2025, marcada para 28 de novembro, mantém-se como uma das datas mais relevantes para o varejo nacional e gera impactos diretos no transporte rodoviário de cargas. Segundo o estudo Tendências Black Friday 2025, da Neotrust, o faturamento estimado para o período atinge R$ 11 bilhões, podendo registrar crescimento de até 17% em comparação com 2024. Esse avanço, entretanto, pressiona toda a cadeia logística, sobretudo no estado de São Paulo, que concentra o principal polo de distribuição do país.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) observa que o cenário combina oportunidade e pressão operacional. Atualmente, mais de 65% dos produtos comercializados pelo varejo dependem do TRC para abastecer lojas, centros de distribuição e consumidores finais.
Durante períodos de alta sazonalidade, o volume movimentado supera 3 milhões de pacotes por dia, o que leva transportadoras a reforçarem equipes, ampliarem turnos e redesenharem rotas. De acordo com o diretor de e-commerce do SETCESP, Guilherme Juliani, a Black Friday é um dos períodos mais intensos do ano. “O maior desafio será atender essa demanda crescente com velocidade e eficiência, sem comprometer a qualidade do serviço”, afirma.

Logística na Black Friday 2025
O planejamento logístico se torna ainda mais decisivo diante de fatores que podem comprometer o desempenho das entregas. Nas regiões metropolitanas, congestionamentos e desvios afetam até 40% dos envios, exigindo flexibilidade na definição de horários e rotas alternativas. Para acompanhar o ritmo, empresas ampliam contratações temporárias, que no país podem ultrapassar 100 mil vagas, além de investir em tecnologia de rastreamento e monitoramento, fundamental para lidar com o fluxo acelerado.
A Black Friday de 2025 também se destaca por não se restringir a um único dia. Ao contrário, promoções e ações do varejo se estendem por todo o mês de novembro, com campanhas iniciadas semanas antes, incluindo “esquentas” e descontos progressivos. A estratégia multicanal, que integra lojas físicas, e-commerce e redes sociais, adiciona complexidade à operação, já que o volume de entregas last mile cresce paralelamente às solicitações de devolução e trocas. Mesmo com esse movimento, fatores econômicos como juros elevados seguem impondo cautela ao varejo e às transportadoras.
Diante desse ambiente, o SETCESP reforça a importância da eficiência operacional para o período. Juliani destaca que “para o TRC, a Black Friday é uma maratona que exige precisão e capacidade de resposta. O setor está preparado para operar sob forte demanda, mas o alinhamento com o varejo é fundamental para assegurar entregas rápidas e seguras”.









