O Terminal de Uso Privado (TUP) da Atem, localizado em Belém (PA), foi palco de uma operação inédita na história da navegação sul-americana. O terminal sediou o embarque de 16 barcaças empilhadas transversalmente a bordo do navio de carga pesada AAL Hamburg, em uma manobra que marcou o início do transporte das embarcações destinadas à Hidrovia Paraguai–Paraná, onde integrarão a frota fluvial da LHG Logística.
A operação, realizada entre os dias 8 e 24 de outubro, foi considerada um marco técnico e operacional sem precedentes na região. O processo utilizou o método de elevação em tandem, técnica que envolve guindastes de alta precisão capazes de içar barcaças de aproximadamente 380 toneladas cada. A complexidade da operação exigiu planejamento de engenharia naval detalhado, coordenação entre múltiplos agentes e rigoroso controle de segurança portuária e ambiental, destacando a expertise técnica envolvida.

A escolha do Terminal da Atem em Belém deve-se às suas condições estruturais e de governança, que incluem excelência operacional, localização estratégica e certificações nacionais e internacionais de segurança portuária, como o ISPS-Code (International Ship and Port Facility Security Code). Esses fatores tornaram o terminal apto a receber uma operação dessa magnitude, garantindo eficiência e segurança durante todas as etapas.
As equipes da Atem Distribuidora e da Navemazônia, braço fluvial do grupo, atuaram de forma integrada para assegurar segurança patrimonial e precisão operacional. “Acompanhamos a operação todos os dias, para que tudo saísse perfeito. Como as balsas têm convés aberto, até a chuva era uma preocupação, então precisávamos assegurar que estavam em condições ideais para serem içadas. O time da Navemazônia garantiu que as balsas estivessem na posição e na ordem exata para carregamento”, explica Ewerton Camurça, chefe da Base Atem em Belém.
A operação contou ainda com o apoio da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, da Receita Federal do Brasil, além de consultores navais e engenheiros portuários. Para Monica Marselha, superintendente regional de operações da Atem, o êxito da iniciativa reflete o envolvimento das equipes: “Após o desatracamento e vermos que tudo deu certo, nos sentimos fortes e capazes para novos desafios e outras operações deste nível ou até maiores. É um misto de satisfação e orgulho de contribuir na gestão e execução do sucesso desta primeira operação da América Latina.”
O projeto foi financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) e contou com apoio do BNDES. Ele integra uma rota de escoamento de minério que conecta o Pantanal e o Centro-Oeste brasileiro ao Uruguai por meio da Hidrovia Paraguai–Paraná, considerada estratégica para o fortalecimento da logística e competitividade regional.
“Para o Grupo Atem, é motivo de orgulho participar de uma operação que simboliza inovação, competência e integração logística para toda a América do Sul”, afirmou Ângelo Maranho, diretor institucional para Navegação do Grupo Atem. Já o diretor de Operações, André Silva, ressaltou: “O uso do modal fluvial é parte essencial de uma cadeia mais sustentável e eficiente, e o terminal de Belém reafirma nosso compromisso em operar com segurança, excelência técnica e respeito à Amazônia.”
A operação ganhou destaque na imprensa internacional, sendo repercutida em veículos como El Eco Digital e Uypress (Uruguai), Comex Online, Comex Latam (Argentina) e Argenports. As publicações classificaram o feito como “um marco técnico e operacional sem precedentes na história da navegação regional”, destacando o papel do terminal da Atem em Belém e sua importância na integração logística entre o Brasil e o Cone Sul.








