O mercado de galpões logísticos no Brasil vem registrando forte expansão e se consolidando como um dos segmentos mais atrativos do mercado imobiliário. Segundo levantamento da RB Investimentos, a taxa média de vacância está em 8,2%, com previsão de crescimento de 10% no curto prazo. O estudo aponta que esse avanço é impulsionado principalmente pelo e-commerce, responsável por 38% da ocupação desses imóveis.
Esse movimento tem gerado valorização significativa. De acordo com dados da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), os galpões logísticos tiveram uma valorização de 20% em 2025. Para a diretora comercial do Grupo URBS, Gyselle Rodrigues Campos, o segmento se tornou altamente atrativo para investidores. “Hoje temos investidores que veem o galpão como um ativo com excelente retorno, inclusive mais seguro e lucrativo que imóveis residenciais ou comerciais tradicionais. A busca por áreas maiores, com pé-direito alto, construção estrutural de qualidade, documentação regular e boa logística está cada vez mais comum”, afirmou.

Um dos exemplos mais representativos está em Goiás, região estratégica pela sua localização central no País. Somente nos últimos 24 meses, mais de 190 novas empresas dos segmentos logístico, industrial e de distribuição se instalaram ou iniciaram projetos em municípios como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Anápolis, que concentram os principais eixos logísticos do Estado. Nesse período, o valor médio do metro quadrado para locação subiu entre 15% e 25%, dependendo da localização, infraestrutura e padrão construtivo, segundo Campos.
Investimentos em galpões logísticos
A especialista ressalta que investidores estão atentos ao desempenho do setor. “A locação de galpões industriais e logísticos oferece hoje uma das melhores taxas de retorno do mercado imobiliário. Em Goiás, o rendimento bruto mensal varia entre 0,9% e 1,2%, o que representa um retorno anual de 10,8% a 14,4%, especialmente em áreas urbanas e logísticas bem posicionadas. No cenário nacional, a média de retorno anual para este tipo de ativo varia entre 8% e 12%, sendo mais estável e previsível do que imóveis residenciais, cujo rendimento anual gira entre 4% e 6%”, explicou.
A procura tem atraído não apenas empresas que constroem estruturas próprias, mas também incorporadoras, fundos imobiliários e investidores institucionais. Segundo Campos, o crescimento se apoia em contratos de longo prazo, geração de renda recorrente e ocupação por inquilinos com bom perfil de risco, o que reforça a estabilidade do segmento dentro do mercado imobiliário brasileiro.









