O mercado de condomínios logísticos brasileiro registrou novo avanço no segundo trimestre de 2025, conforme dados preliminares da consultoria Colliers. O inventário nacional atingiu 28,8 milhões de metros quadrados, representando um crescimento de 8% nos últimos 12 meses.
Segundo a Colliers, foram entregues 443,7 mil m² em novos condomínios logísticos entre abril e junho. Além disso, existem outros 4,3 milhões de metros quadrados em desenvolvimento nas principais regiões do país, o que reforça a intensidade do setor.

Mesmo com esse ritmo construtivo, a vacância segue em queda. A taxa atingiu 7,2%, a menor da série histórica, refletindo que o estoque não tem acompanhado a demanda por imóveis logísticos de padrão elevado. A vacância caiu dois pontos percentuais em relação ao ano anterior e um ponto em relação ao trimestre anterior.
A absorção líquida desse período foi expressiva: 671,3 mil m². Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco concentraram mais de 80% da área locada, com São Paulo liderando isoladamente, com 573 mil m² de absorção bruta.
Ricardo Betancourt, CEO da Colliers, observa que “voltamos a registrar a menor taxa de vacância da série histórica, agora em 7,2%. Mesmo com o setor de construção aquecido, as novas entregas não têm conseguido acompanhar a demanda das empresas por qualidade e localização estratégica.”
O aumento da demanda de e‑commerce e operadores logísticos foi responsável por mais de 50% da área ocupada no trimestre. A digitalização do consumo soma-se à descentralização de centros de distribuição e à busca por maior capilaridade, confirmando a relevância desses setores para o mercado.
A pressão sobre os preços de locação também merece destaque. O valor médio pedido ficou em R$ 30/m²/mês, influenciado por quatro fatores principais: oferta limitada, alto custo de construção, poucos terrenos em áreas próximas a grandes centros e custo de capital elevado.
Betancourt destaca que, “essa combinação empurra os preços para cima e a tendência é de que esse cenário continue nos próximos meses.”
Por fim, o desempenho do mercado logístico brasileiro no segundo trimestre reforça o momento favorável para proprietários e investidores, com oferta escassa e demanda aquecida, especialmente por ativos de galpões de alto padrão em regiões estratégicas.









