A TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) manteve, pelo segundo ano consecutivo, a liderança na movimentação de cargas na Região Sul no primeiro trimestre de 2025. Os dados constam na mais recente edição do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que também aponta a ascensão da TCP ao segundo lugar no ranking nacional entre terminais portuários de contêineres.
No período, o terminal movimentou 372.446 TEUs (unidades equivalentes a contêineres de 20 pés), somando operações de importação, exportação e transbordo. O volume representa um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e é o maior já registrado pela empresa nesse período do ano.

Infraestrutura, tecnologia e liderança operacional
De acordo com Rafael Stein Santos, gerente institucional e jurídico da TCP, os resultados são reflexo direto dos investimentos realizados: “Entre os terminais brasileiros, a TCP possui hoje o maior parque de máquinas, é líder no número de serviços marítimos e conta com o maior pátio para armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul, com 5.268 tomadas, número que já é superior à projeção de investimentos de outros terminais neste segmento”.
Em 2024, a TCP movimentou 1.556.453 TEUs, tornando-se o terceiro terminal portuário brasileiro a ultrapassar 1,5 milhão de contêineres movimentados em um único ano.
Crescimento expressivo na exportação de carnes e uso de reefers
O terminal também se destaca na movimentação de contêineres refrigerados (reefer). No primeiro trimestre de 2025, foram 35.809 unidades movimentadas, alta de 17%, consolidando a TCP com 40,3% de participação no mercado de exportação de carnes e congelados.
Em março de 2025, a TCP registrou um novo recorde mensal com 13.890 contêineres reefer movimentados, superando em 14% o recorde anterior, de junho de 2024.
Mais de R$ 300 milhões em investimentos estruturais
Entre 2022 e 2024, a TCP executou um plano de investimento de mais de R$ 370 milhões. O pacote incluiu a compra de 11 guindastes RTG e 17 tratores de terminal (TT), que elevaram as frotas para 39 RTGs e 69 TTs, as maiores do país.
A modernização do gate e das vias de acesso rodoviário, concluída em abril de 2024, permitiu um aumento de 200% na capacidade de agendamento de caminhões, passando de 50 para 150 por hora.
Além disso, a empresa finalizou uma expansão de 45% na área de armazenagem de reefers, ampliando de 3.624 para 5.268 tomadas, consolidando o maior pátio do tipo na América do Sul.
Sustentabilidade e ampliação da energia elétrica
Parte do investimento foi destinado à sustentabilidade operacional. Três dos RTGs já foram eletrificados, com redução de 97% nas emissões de CO₂ por guindaste. Para suportar a expansão elétrica, a TCP construiu uma nova subestação GIS F35-4, fornecida pela General Electric, eliminando gargalos de fornecimento de energia e abrindo espaço para futuras ampliações.
Mais rotas marítimas e aumento do calado operacional
A TCP também possui atualmente o maior número de linhas marítimas do Brasil, com 24 serviços semanais. Em 2024, o terminal recebeu 992 navios, um crescimento de 19% frente ao ano anterior.
Com o aumento do calado operacional de 12,10 para 12,80 metros a maré zero, os navios podem transportar até 560 TEUs adicionais por viagem. A melhoria foi possível após a derrocagem submarina das Pedras Palanganas, com a retirada de 20 mil m³ de rochas, que foram doadas a municípios litorâneos para obras públicas.
Apoio logístico à economia regional
“O aprofundamento do canal de acesso ainda deverá ser ampliado com o projeto de concessão do canal e será um catalisador para a economia local”, afirma Rafael Stein Santos. Ele reforça que o ganho de capacidade operacional beneficiará diretamente as cadeias produtivas conectadas ao porto de Paranaguá.
A liderança no Sul e a posição de destaque no ranking nacional confirmam a relevância da TCP no setor logístico brasileiro, com um modelo de gestão baseado em investimento contínuo, eficiência e sustentabilidade.









