A teoria nos alerta para a premissa básica de que fazemos parte da sociedade, vivemos numa determinada região geográfica, que faz parte de um país, que se relaciona com outros no mundo, de muitas variáveis. No verdadeiro enfoque sistêmico (a própria cadeia logística), assuntos como o número de pessoas no planeta impactam diretamente.

A prática aponta para todas as complexidades sabidas. Normas, leis, interesses, cultura e gente (principalmente) impactam numa ideia ou proposta geralmente em favorecimento ou em detrimento a interesses coletivos de um grupo ou categoria, e não individuais.

De fato temos também um corpo diretivo formado de pessoas boas para resolverem questões técnicas, mas não para resolver problemas e liderar.

O discurso, principalmente aos iniciantes na área, diria que ao terminarem seus cursos vá para o mercado, adquira experiência, inove, crie, faça algo novo, sem medo de ser pioneiro.

O discurso acerca da logística fez com que tivéssemos muita especulação sobre possíveis “solucionadores de problemas”, pessoas capazes de apresentar melhorias, através de propostas e soluções complexas, com muita rapidez e maestria.

Complicado isso, o empresário por vezes dá ouvidos ao consultor e ignora seu corpo diretivo, ou ainda executivos médios ou de alto escalão na empresa, ignorando o próprio presidente da companhia, aquele empreendedor nato que fundou o império na qual está lotado e recebendo salário para atuar.

Quando temos um grupo misto e as pessoas se respeitam, a probabilidade de surgirem ideias novas, sem vícios ou rotulagens é muito maior, desde que não haja vaidades.

Há muitas necessidades a serem supridas ainda: logística reversa, roteirização, estudos sobre as legislações específicas de transportes, gerenciamento de riscos, soluções para distribuição urbana – “city logistics”, mobilidade urbana, e eliminação de gargalos.

Seja consultor ou profissional contratado, dificilmente alguém será capaz de propor alternativas e soluções somente através de técnicas de apresentações e conceitos modernos de desenvolvimento de projetos. Principalmente em tempo recorde como alguns prometem, ou se submetem.

Será que temos “gurus logísticos” com solução pronta ou personalizada para diversos casos como tentam impor o mercado, determinadas bibliografias, ou a maneira como alguns cultuam?