Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 10 de outubro de 2004

Vários fatores implicam no uso correto

Além de prolongar a vida útil das baterias, o uso correto das mesmas
permite melhor performance do equipamento onde são instaladas.

Diversos tipos de veículos se utilizam de baterias tracionárias. Estas, por sua vez, precisam ser empregadas corretamente para garantir uma maior vida útil e, também, para permitir que o equipamento onde estão instaladas alcance sua melhor performance e, ainda, tenham maior durabilidade.
Aas, vários itens implicam para o uso correto das baterias tracionárias, como enumeram os especialistas ouvidos pelo jornal LogWeb nesta matéria especial.
“A utilização correta das baterias tracionárias está relacionada, além de à existência, na empresa, de pessoal devidamente treinado para a correta manutenção das mesmas, à escolha de equipamentos confiáveis de fornecedores que disponibilizem boa assistência técnica. Alguns fabricantes oferecem treinamentos de manutenção, caso o manual fornecido com o produto não seja suficiente para a solução de dúvidas. É muito importante a consulta ao manual do fabricante, sempre que necessário”, aconselha Romildo Junior, do departamento de Vendas Tracionárias da Nife Baterias Industriais.
Já Marcos Bonezi, gerente geral do Grupo Moura, destaca que as baterias tracionárias são de fácil uso e manutenção, mas que, para que sejam utilizadas corretamente e, conseqüentemente, tenham sua vida útil maximizada, é preciso seguir alguns procedimentos (ver o quadro com os itens apontados pelos especialistas).

Conseqüências do uso incorreto
Não precisa ser nenhum especialista para imaginar as conseqüências do uso incorreto das baterias tracionárias. “A utilização inadequada das baterias, além da má conservação, é um fator que irá influenciar no seu tempo de vida útil, o que ocasionará a necessidade de gastos maiores por parte do usuário”, esclarece Romildo Junior, da Nife. Bonezi, do Grupo Moura, concorda. Segundo ele, a correta utilização das baterias ocasionará uma vida útil maior.
Pelo seu lado, Wagner Antonio Brozinga, gerente de vendas da Saturnia Sistemas de Energia, informa que o principal fator que leva uma bateria ao final de vida útil precocemente é o excesso de temperatura na descarga profunda. “Notamos que a temperatura se eleva devido a alguns itens, como falta de repouso inicial e final na recarga, interrupções da recarga, descargas a níveis inferiores a 1,75 V.P.E, bateria hidratada e carregador desregulado, entre outros itens.”
Brozinga lembra, ainda, que este fatos danificam as baterias irreversivelmente, pois por falta de manutenções preventivas, os usuários só detectam a anomalia quando a bateria já está condenada.
Por último, Rinaldo Alberto Drumond, diretor técnico-comercial da BTR Minas, também faz uma lista das conseqüências do uso incorreto das baterias. “Os principais defeitos que surgem nas baterias por uso incorreto são os seguintes: desequilíbrio da densidade dos elementos, provocado por adição de água destilada incorretamente, provocando o transbordo do eletrólito; sulfatação das placas por carga anormal ou armazenamento por longos períodos; carga prolongada com correntes pequenas; carga com grandes correntes em curta duração; superaquecimento da bateria durante carga e descarga; descarga acelerada devido à utilização em equipamento sem manutenção ou com defeito; redução da capacidade da bateria; cor anormal do eletrólito, caracterizando desprendimento de material ativo das placas; consumo excessivo de água; e dilatação do pólo positivo devido a calor extremo.”

Itens a serem considerados para o uso correto das baterias tracionárias
– Na desembalagem da bateria, verificar se houve algum dano no transporte;
– Repouso inicial antes da recarga (2 horas, no mínimo);
– Controle da densidade e temperatura antes do início da recarga;
– Repouso após a recarga (2 horas, no mínimo);
– Controle da densidade e temperatura após a recarga;
– Nunca interromper uma recarga;
– Durante a carga, manter as válvulas tipo flip top abertas;
– Manter sempre a bateria à temperatura próxima de 30ºC;
– Nunca elevar a bateria a descargas profundas, superiores a 80%, ou a 1,75 V.P.E ou a 1.140 g/dm;
– Nunca utilizar a bateria abaixo dos 80% de carga plena;
– Nunca adicionar água com a bateria descarregada, somente após completar 80% da recarga;
– Nunca permitir o aquecimento excessivo da bateria, verificando-se a temperatura do eletrólito;
– Manter a bateria sempre limpa e seca para se evitar a corrosão das partes metálicas externas e a possível fuga de corrente;
– Verificar sempre a densidade do eletrólito; é o método mais seguro para se checar o estado de carga da bateria;
– Medir o nível do eletrólito, adicionar água destilada ou deionizada (nunca adicionar ácido sulfúrico ou solução ácida) ao elemento, tomando-se o cuidado de não se adicionar em excesso e não permitir que o nível caia abaixo do mínimo;
– Verificar periodicamente as conexões;
– Não deixar ferramentas sobre a bateria;
– Verificar rotineiramente o estado das caixas de aço;
– Cuidado com fagulhas próximas às baterias, pois podem ocasionar explosões;
– Identificar as baterias;
– Manter fichas de registros;
– Utilizar somente acessórios/sobressalentes originais;
– Utilizar carregadores adequados que garantam a plena carga sem danificar a bateria por sobrecarga ou subcarga;
– Aferir periodicamente o carregador;
– Manter sempre o carregador devidamente ajustado para as características da bateria;
– Possuir baterias de reserva de modo a permitir o rodízio necessário;
– Seguir sempre as recomendações do manual do fabricante.
– Nunca deixar técnicos não autorizados realizarem “falsas” manutenções;
– Seguir sempre todos os requisitos de segurança

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal