Um item essencial, que precisa ser bem tratado
De acordo com ele, os problemas envolvem, além dos já destacados: utilização inadequada do equipamento, prejudicando o conjunto máquina, bateria e carregador; e a não utilização de componentes originais, fazendo adaptações que causam danos irreparáveis ao equipamento.
As soluções, de acordo com Drumond, envolvem: ministrar cursos periódicos de manutenção e operação aos envolvidos; e utilizar somente componentes originais.
“Geralmente, o operador da empilhadeira/paleteira é o responsável pela bateria. Este tem de conciliar a sua produção com os devidos cuidados ao equipamento, o que costumeiramente fica em segundo plano. A empresa que adquire o pacote (empilhadeira, carregador e bateria), ‘acredita’, geralmente, que uma bateria somente será capaz de suprir a necessidade de até 24 horas de trabalho – enquanto que, em condições normais, uma bateria fornece força de trabalho para um turno de trabalho de 8 horas.”
A avaliação é de Alexandre Ventura, diretor comercial da Prest Bater Comércio de Baterias, para quem ainda há outros problemas, como a inexistência de local adequado para recarga das baterias e a falta de manutenção preventiva.
“Antes de simplesmente comprar os equipamentos, é preciso obter informações e/ou orientações sobre baterias. Também é preciso solicitar semestralmente a uma empresa especializada a avaliação geral do parque de baterias. Uma bateria com bom plano de manutenção, com certeza, atingirá a estimativa feita pela maioria dos fabricantes de bateria, que é de cinco anos”, conclui Ventura.
Por sua vez, Marisa, da Nife, aponta a conjuntura econômica do Brasil como o maior problema enfrentado pelo setor, pois não permite que haja uma constância no desempenho das indústrias. De acordo com ela, há períodos em que se produz em larga escala e outros em que o mercado beira a ociosidade. “A solução é uma política governamental que propicie um volume constante de encomendas, permitindo regularidade ao mercado, o que certamente impactaria em melhores preços”, acredita a chefe de propaganda e marketing.
Perspectivas do setor
Mas, mesmo com os problemas apontados, quais são as perspectivas para o setor?
“Com o crescimento da movimentação de materiais por veículos elétricos, a especialização de profissionais para a manutenção fará a diferença no aproveitamento total da vida útil das baterias”, acredita Pegoretti, do Grupo Moura.
Marisa, da Nife, também é otimista. Segundo ela, apesar das dificuldades enfrentadas pelo mercado, o setor de baterias para veículos elétricos vem crescendo a cada ano. “Temos perspectivas de crescimento para o ano de 10% no setor de empilhadeiras/veículos elétricos e, conseqüentemente, o de baterias, que geram a energia para a movimentação das mesmas. Hoje, as empresas estão cada dia mais investindo em tecnologia de ponta e programas ambientais e, naturalmente, migram suas empilhadeiras a combustão para elétricas, com o retorno do investimento garantido”, completa Brozinga, da Eaton.
Por esta linha de raciocínio segue Ravazi, da Newpower-Fulguris. Afinal, de acordo com ele, as fábricas de baterias brasileiras passaram por um momento de estagnação nos últimos 4 anos, pois o grande termômetro do segmento sempre foi as fábricas de empilhadeiras elétricas que, por sua vez, no Brasil, tiveram um mercado aproximado de 4.000 (sendo 45% elétricas) máquinas vendidas por ano. “Em 2005, ao contrário de algumas previsões, esse mercado deve aumentar. Estima-se que sejam vendidas aproximadamente 5.500 máquinas neste ano, e deste total, 50% deverão ser elétricas, portanto, temos uma perspectiva muito otimista para este segundo semestre”, destaca o gerente.
Ventura, da Prest Bater, também alega que, com o aumento da demanda de empilhadeiras elétricas, devido ao armazenamento em grandes alturas, “acreditamos que haverá um crescimento considerável de baterias e de projetos de salas mais modernas com suportes e carrinhos de baterias apropriados”.
Baio, da Fortim, também vê crescimento. Para ele, o setor logístico está em fase de expansão e há uma conscientização, por parte dos usuários de baterias tracionárias, da necessidade de realização de manutenção preventiva periódica. Além disso, também de acordo com ele, o mercado tracionário cresce a cada ano.