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Conteúdo 13 de agosto de 2015

Têxtil – Desafios envolvem a sazonalidade

O fator climático interfere diretamente no planejamento logístico do segmento, sem falar na infraestrutura precária das rodovias do país, nas avarias de produtos e na competitividade por custo, que exigem investimentos em tecnologia.

O Brasil tem a quinta maior indústria têxtil do mundo e a quarta maior de confecções, segundo dados da Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Além de produzir, o país também está entre os oito maiores mercados consumidores do segmento. Por isso, é necessária uma logística estruturada para dar conta da demanda, o que é um grande desafio para o setor devido à sazonalidade. Afinal, o mercado é dividido, basicamente, em duas coleções: inverno e verão. Isso quer dizer que o fator climático interfere diretamente no planejamento logístico.

“Além disso, a carga é altamente fracionada e, em muitos clientes, as entregas são feitas com agendamentos de data e horário, o que compromete o aproveitamento dos veículos”, expõe Antonio Ricardo Franco, diretor executivo da TC Blumenau Transportes de Carga (Fone: 47 3221.0600).  E não tem jeito. Para ele, o transportador especializado nessa área tem que se adaptar a essa realidade, pois é difícil alterar essa rotina.

Franco aponta, ainda, o roubo de cargas, que tem crescido assustadoramente, como outro fator preocupante. “Para resolver essa questão, temos trabalhado incessantemente na melhoria dos sistemas de gerenciamento de risco, com isso, tivemos em 2015 um resultado positivo na diminuição desse problema. Por outro lado, todo investimento gera um aumento de custo, que acaba sendo imperceptível para o cliente e muito difícil de ser repassado”, lamenta.

Ele conta que a empresa procura sempre estar em contato com os clientes, discutindo e gerando soluções que sejam proveitosas para ambos. “Orientamos em relação às quantidades embarcadas, aos critérios de recebimento dos destinatários das mercadorias, tentando sempre atuar na minimização dos custos.”

Raul R. Maudonnet, diretor de vendas da Transportadora Americana (Fone: 19 2108.9000), também lembra o problema de avarias e extravios de produtos, bem como a competitividade em custo. Ele aponta que a alta atratividade de alguns produtos pode exigir soluções de gerenciamento de risco. “As transportadoras podem auxiliar a minimizar os desafios citados implantando tecnologias aplicadas à gestão operacional, incluindo ferramentas de visibilidade e softwares WMS e TMS. Além disso, o tracking de todas as etapas do transporte é um diferencial, juntamente com a confirmação em tempo real da efetivação da entrega.  A utilização de código de barras e RFID (etiquetas inteligentes) também faz a diferença”, expõe.

Isaias Barboza, gerente geral de filial da MTR Logística Eireli (Fone: 11 3915.8888), cita que o maior problema enfrentado é a infraestrutura precária das rodovias, que dificulta a mobilidade nas distribuições e aumenta o custo operacional do transporte. “Os anúncios constantes de altos investimentos, informados pela mídia, não acontecem em tempo, e as promessas não são cumpridas”, critica.

Segundo ele, a má conservação das rodovias leva os veículos a diminuírem a velocidade, reduzindo, também, o número de viagens que poderiam ser realizadas, aumentando, consequentemente, os gastos. “E além do mais, quanto pior estiver o estado de conservação dessas rodovias, maior será o desgaste do veículo, fazendo crescer os custos variáveis, como peças, lubrificação, combustível, pneus e lavagem”, aponta. De acordo com a CNT – Confederação Nacional dos Transportes, os custos operacionais das frotas nacionais poderiam ser reduzidos em aproximadamente 25%, caso as rodovias pavimentadas do país estivessem em ótimo estado de conservação.

Segundo Barboza, só um plano estrutural logístico integrado que envolva todos os modais fará com que o país cresça de forma mais acentuada. Caso contrário, entrará em apagões logísticos que farão com que os prestadores de serviço, como as transportadoras, escolham quem atender.

 

Relacionamento

Sobre a relação entre as embarcadoras e as transportadoras, Franco, da TC Blumenau, acredita que cada vez mais as empresas estão vendo os transportadores como um importante elo da cadeia produtiva. “Embora ainda há um longo caminho a percorrer nesse sentido, as grandes companhias já estão na frente e entenderam que uma parceria duradoura é o melhor caminho para a obtenção de resultados positivos”, opina.

De acordo com ele, o transporte sempre foi considerado um setor de oferta fácil e que o prestador poderia ser trocado tão logo surgisse outro com preço mais baixo. “Hoje, com todas as dificuldades, principalmente na atuação nos grandes centros, várias empresas já perceberam que vale a pena investir num bom nível de serviço, pois os resultados finais são sempre compensadores”, explica. As plataformas integradas de ERP e SCM têm ajudado a TC Blumenau nessa aproximação com os clientes. Cada vez mais, eles têm optado pelo uso dessas ferramentas de integração, facilitando o nível de informação e confiabilidade de todo o sistema.

Por sua vez, a MTR Logística vem realizando importantes investimentos, para ter a infraestrutura necessária e disponibilizar serviços de qualidade, obtendo reconhecimento tanto dos clientes remetentes, quanto dos destinatários das mercadorias. “A comunicação é uma das ferramentas mais importantes para evoluirmos na melhoria de aspectos preocupantes da atividade, tornando o serviço cada vez mais próspero e justo. Uma das prioridades é aprimorar e medir áreas sensíveis, como automação, sistemas, tecnologia, inovação, requalificação profissional com treinamento constante e, de forma intensa, a responsabilidade socioambiental”, declara Barboza.

Maudonnet, da Transportadora Americana, ressalta que a empresa tem um relacionamento bastante próximo com as embarcadoras, no qual ambas as partes buscam a melhoria contínua dos processos envolvidos.

 

A importância do  prêmio Top do Transporte

 

A TC Blumenau tem utilizado todos os anos o resultado das pesquisas para buscar melhorias no serviço e no atendimento, sempre procurando trabalhar nos quesitos em que obteve menores pontuações. “A participação dos embarcadores acaba trazendo à tona fatores que, muitas vezes, passariam despercebidos para eles, referentes à qualidade de serviço, ao atendimento e à informação, e que geram uma percepção de valor destes para com os transportadores”, declara Franco.

Para Barboza, da MTR, o Prêmio Top do Transporte significa estar em um grupo seleto. “Somos reconhecidos por grandes e médios embarcadores de um segmento de real importância para a economia do Brasil. Portanto, ser indicado ao Prêmio nos deixa orgulhosos do trabalho realizado. É a retribuição justa da nossa equipe experiente, totalmente comprometida e dedicada”, destaca.

De acordo com Maudonnet, da Transportadora Americana, o Prêmio é extremamente importante, pois apresenta ao mercado as melhores empresas de transporte para cada um dos segmentos avaliados. “Ou seja, torna a relação entre transportador e embarcador muito mais madura, já que há uma natural tendência dos embarcadores procurarem por especialistas.”

 

 

 

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