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Conteúdo 31 de dezembro de 2002

Tendências em armazenagem: Uma análise sob a ótica das estruturas de armazenagem

Nesta matéria especial do LogWeb, alguns dos mais importantes especialistas na área de estruturas de armazenagem fazem uma análise do segmento. Alguns falam sobre os equipamentos, enquanto outros fazem uma análise conceitual.

Melhoria contínua

Com o aumento da competição global sendo realizada cada vez mais entre “cadeias de empresas”, buscar uma maior eficiência na logística traz enorme vantagem competitiva.

E, neste atual cenário, a armazenagem tem um papel fundamental, e o futuro aponta para a melhoria contínua dos equipamentos de movimentação de carga (com maiores alcances e capacidades de carga), novos sistemas de armazenagem e um grande impulso na automação das operações citadas. Esta é a perspectiva de do engenheiro J. L. Amaral, Chairman da Câmara Americana de Comércio (regional Campinas), no departamento de Logística INBOUND.

Segundo ele, como tendências na área de armazenagem, em conseqüência do mundo moderno e competitivo, podem ser citadas duas, muito importantes.

A primeira é o “Mini-Load System”, sistema de armazenagem onde se utiliza transelevadores que colocam e retiram bandejas (com pequenas peças) nas estruturas metálicas, de forma automática. “Nesta operação são utilizados sistemas de transportes, para movimentar as cargas dentro da instalação, desde o ponto de entrada até o armazém e vice-versa. E estes sistemas são divididos nos seguintes tipos: transportadores de rolos e de correntes, transportadores aéreos (eletrovias), mesas transportadoras e giratórias, lançadeiras e carros satélites”, diz Amaral.

Ainda de acordo com ele, o “Mini-Load” se aplica a operações de armazenagem onde as cargas variam de 30 até 400 kg (faixa mais usual) e a altura é de 5 a 15 m, podendo chegar até 20/22 m, sendo que o controle pode ser automático ou semi-automático.

A segunda tendência é o “Sistema Autoportante”, onde a estrutura de armazenagem substitui o armazém convencional. A própria estrutura metálica suporta a cobertura (teto) e as paredes laterais.

“Os autoportantes se adaptam a vários tipos de unidades de carga e sistemas operacionais, podendo-se armazenar carga manual – onde a operação se realiza de forma manual através de corredores, escadas e montacargas; carga paletizada (acima de 700 kg) – com sistema Porta-paletes a grandes alturas (simples ou dupla profundidade), com sistema Drive-In, onde a carga é acumulada em profundidade e altura, e com Dinâmico, onde a carga desliza por gravidade, sobre roletes e com Mini-Load”, explica Amaral.

O Sistema Autoportante é utilizado em alturas que variam de 10 a 38 m (os equipamentos de movimentação preferencialmente utilizados são os transelevadores), oferecendo uma otimização do espaço para armazenagem, maior rapidez nas entradas e saídas das cargas, precisão e segurança. Neste sistema não há a necessidade de presença humana no interior do armazém, diz o engenheiro.

AS/RS

“Acreditamos que os Sistemas de Armazenagem Inteligentes (Sistemas AS/RS) conquistaram os consultores, arquitetos e projetistas especializados em logística de armazenagem e distribuição”, afirma Marcos Antonio Costa, gerente de vendas – Divisão Logística da SEE Sistemas.

Para ele, a indústria especializada, atualmente concentrada na Europa, começa a oferecer sistemas com transelevadores, estruturas metálicas autoportantes e softwares de gerenciamento de depósitos a custos e oportunidades que tornam viável a construção destes verdadeiros “gigantes” com até 40 m de altura. “Alguns fabricantes europeus já iniciaram as suas atividades aqui no Brasil e certamente farão com que os custos justifiquem suas aplicações”, afirma Costa.

Ele acredita que, com a chegada da ALCA, as empresas estarão preocupadas com os estoques e, principalmente, com a qualidade de serviços de controles e agilidade na distribuição, buscando redução de custos e aumento de produtividade.

Desde os pequenos volumes (caixas e pacotes de até 1 kg), através dos chamados “Mini-Loader”, até os volumes mais compactos (paletes com até 2.000 kg) são transportados e armazenados com fluxos bastante elevados e alto grau de confiabilidade de performance, além do controle de processo.

“Os sistemas de armazenagem dinâmicos tendem a se destacar quando comparados aos sistemas convencionais de armazenagem, por permitirem uma compactação de carga, com a eliminação dos corredores para alimentação dos volumes, criando uma área adicional para armazenagem. Outra vantagem a se destacar é a facilidade para realização do inventário e o controle visual do estoque”, diz o gerente de vendas da SEE Sistemas.

Dependendo do giro de estoque e do tipo de volume a ser armazenado, a principal vantagem do sistema dinâmico é o perfeito controle de FIFO, ainda de acordo com ele.


Porta-paletes convencional

Pelo seu lado, Walter Rodrigues, gerente comercial da Indusa, o mercado de logística continuará a dar preferência pelos sistemas Porta-paletes convencionais e pelo sistema Drive-in, porém está crescendo a procura pelos sistemas dinâmico e push-back que, “além de aumentarem a capacidade de armazenagem, permitem rápida movimentação do estoque”.

Segundo ele, muitas empresas, apesar do auto custo do palete armazenado, já estão adotando este sistema para resolver o problema de armazenagem e de movimentação.

Conceituação

Dois dos entrevistados por LogWeb analisam o mercado sob uma ótica de conceituação, e não de equipamentos, como os demais.

O primeiro é Paulo José Ribeiro do Vale, gerente comercial da Águia Sistemas de Armazenagem. Segundo ele, durante muito tempo não se atribuiu valor à estocagem de materiais – os investimentos em estruturas eram visto como um custo que não agregava nenhum valor ao produto.

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