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Conteúdo 5 de julho de 2006

Seminário em RS apresentou vantagens do transporte hidroviário

O seminário Navegar 2006, encerrado esta semana em Porto
Alegre, apresentou aos empresários gaúchos e aos representantes
do setor as vantagens do transporte por hidrovias, além de
discutir as carências e potencialidades desta modalidade logística.
O evento, promovido por iniciativa da SPH – Superintendência
de Portos e Hidrovias, também expôs casos bem-sucedidos
de outros estados brasileiros.
O diretor superintendente da SPH, Roberto Hallal, contou que o Rio
Grande do Sul possui 758 quilômetros de hidrovias, que comunicam
as indústrias localizadas num raio de 130 quilômetros
de Porto Alegre ao porto do Rio Grande. “No Estado, 60% das
empresas do setor industrial estão nessa região. É
um potencial que precisa ser mais bem explorado, pois o transporte
hidroviário é o que tem menor custo e menos agride
o meio ambiente”, afirmou.
Ele explicou, também, que desde meados do ano passado a SPH
vem fazendo visitas às empresas que já utilizam as
hidrovias, bem como a prospecção de possíveis
transportadores. Esta é a estratégia potencializada
pela realização do seminário. No evento, Luiz
Figueiredo, da Cia Norsul de Navegação, apresentou
os resultados obtidos pela Aracruz Celulose no transporte de madeira
entre a Bahia e o Espírito Santo; o engenheiro Luiz Garcia,
do Ministério dos Transportes, mostrou a viabilidade econômica sob o prisma governamental; e Mauro Barreides, da Cia Docas do Pará, falou sobre o porto de Santarém. “Queremos despertar os empresários para a necessidade de se trabalhar a logística de uma forma integrada. Pequenas distâncias devem ser feitas por rodovias, não discuto isso. Mas longos trechos, o mais lógico é transportar por hidrovias”, considerou Hallal.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Tietê-Paraná, Carlos Schad, um dos palestrantes do encontro, ressaltou a necessidade de integrar as hidrovias com as ferrovias e as rodovias. Ele disse que é só uma questão de evidenciar a demanda latente para que se faça o investimento. “Além disso, é importante que os rios navegáveis tenham ligações entre si. Quando se fez a hidrelétrica de Itaipu, não se criou a estrutura de reclusas necessária para comunicar a Tietê-Paraná com a Paraná-Paraguai. Dessa forma, a produção do Centro Oeste é escoada ou pelo Norte, ou pela Argentina”, salientou ele.
Segundo Hallal, a modalidade hidroviária, atualmente, enfrenta alguns problemas críticos, um deles é a falta de pequenos navios que possam navegar tanto pelos rios quanto fazer cabotagem.Outro é a dificuldade de se conseguir licenças ambientais para dragar os portos. “Chega a ser mais fácil conseguir o dinheiro do que a licença. Isso pode acabar inviabilizando o negócio”, analisou o diretor. (Fonte: Jornal do Commercio)

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