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Conteúdo 10 de outubro de 2003

Perspectivas são de incremento no uso

O incentivo do atual governo às exportações, o aumento das produções agrícolas e as novas alianças comerciais firmadas com o atual G21 são alguns fatores que podem impulsionar o emprego do transporte marítimo.

Como poderiam ser relacionados os diferenciais do transporte marítimo em relação aos outros modais?
Fabiano Tenorio Guassaloca, diretor da Itamaraty Agenciamentos e Afretamentos Marítimos, tem uma resposta. Segundo ele, por transportar maiores quantidades, o modal marítimo oferece sempre um custo inferior, independente do valor agregado da mercadoria. “Com a modernização logística, os embarques e descargas dos navios, bem como a recepção e a expedição das cargas nos terminais marítimos, acontecem cada vez mais rapidamente, fazendo com que os navios percam menos tempo esperando sua atracação e carreguem/descarreguem com enorme agilidade, fazendo com que o frete marítimo fique ainda mais barato, ou seja, quanto mais rápido determinada viagem é realizada, mais viagens o navio pode realizar”, diz ele.
Pelo seu lado, Alcir José Zani, diretor da Internacional Serviços Maritimos, responde que “somente a quantidade de água dos mares, rios e lagos mostra o colosso disponível para o transporte, que pode ser feito individualmente em grandes quantidades, com custo muito baixo em relação ao transporte por rodovias e mesmo ferrovias. Esses, para serem utilizados quase que unicamente nos locais onde não há ‘água’ navegável, implicam em grandes custos de implantação e de manutenção. Sem falar que são altamente poluentes”.
Porém, o diretor da Itamaraty destaca que a grande desvantagem do modal marítimo, com certeza, é a falta de agilidade. “Quando falamos em pequenas quantidades e na urgência de sua entrega, não há nada melhor que o transporte aéreo”, informa.
Para Guassaloca, outra desvantagem é não haver, no país, portos apropriados para receber e movimentar cargas específicas, o que leva, muitas vezes, a custos portuários e de logística proibitivos.

Perspectivas
Diante destes fatores, as expectativas dos profissionais desta área quanto ao desenvolvimento do setor são variadas.
Por exemplo, Marco Aurelio Guedes, diretor geral da Global Transporte Oceânico, acredita que, com o crescimento do PIB, o mercado cresça 3% ao ano. “É o que queremos atingir, além de manter os clientes já conquistados.”
Pensamento parecido tem Guassaloca. Afinal, de acordo com ele, com a Lei de Modernização dos Portos e o maciço investimento da iniciativa privada nos portos, o setor de transporte marítimo só tende a crescer, como já vem acontecendo nos últimos anos.
“O incentivo do atual governo às exportações, o aumento das produções agrícolas, a batalha do Brasil na OMC para que os países desenvolvidos diminuam as barreiras comerciais e as novas alianças comerciais firmadas com o atual G21, entre outros fatores, fazem crer que o transporte marítimo tem muito a desenvolver, pois sabemos que todo esse comércio só pode ser realizado através do mar”, informa o diretor da Itamaraty.
Pensamento diferente tem Zani. O diretor da Internacional acredita que as perspectivas para o setor são muito pequenas devido a dois fatores: há anos o governo centrou o eixo do transporte brasileiro nas rodovias, e não há uma política consistente para o setor que leve em consideração madura o sistema marítimo.

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