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Conteúdo 10 de setembro de 2004

Obter financiamento ainda é problemático

Ivani, da Retrak, também diz que são oferecidos o FINAME e o leasing. “O produto tem que estar enquadrado em um dos processos de linha de crédito. No caso de FINAME, é necessário ter a classificação fiscal do produto, preencher a proposta de financiamento e proposta para venda do fornecedor do equipamento. Para o leasing há, também, a necessidade de apresentar a nota fiscal do equipamento”, esclarece a responsável pela área financeira da Retrak.
Bentivegna diz que, no caso dos equipamentos da Somov, os financiamentos possíveis e utilizados são leasing, FINAME e CDC. “Entretanto, em muitos casos, devido à grande quantidade de documentos e certidões negativas de débito necessárias para a aprovação, a liberação dos recursos tem sido morosa”, acrescenta o gerente geral.
Para a liberação de crédito junto às instituições financeiras, ainda de acordo com ele, a empresa deve preparar a documentação de cadastro para a aprovação do crédito e pleitear a modalidade desejada, sendo que as taxas variam de acordo com a instituição financeira e com o histórico do cliente no mercado. “Cada instituição financeira exige documentos da empresa e, em alguns casos pessoais, dos sócios, para a liberação do recurso”, completa.
No caso da Yale, os meios de financiamento são os mesmos citados pelo gerente da Somov. “No caso das empilhadeiras Yale a combustão fabricadas no Brasil, temos a FINAME com a aprovação simplificada, com carência de seis meses e financiamento até 36 meses. Hoje, temos prazos de pagamento especiais para empilhadeiras elétricas e a combustão, que variam conforme as negociações entre os distribuidores e os clientes finais. Temos, através dos distribuidores Yale, o financiamento com prazo de pagamento até 13 meses, entrada mais doze parcelas, o ‘vendor’, que é um financiamento similar ao CDC , porém sujeito a aprovação da fábrica”, explica Watanabe.
Ele complementa explicando que, nos financiamentos oferecidos pelos agentes financeiros, os procedimentos/requisitos são os de praxe. No caso do “vendor”, são solicitados, através do distribuidor, os dados cadastrais e documentos exigidos pelo Banco Central.

Para bancos, financiamento é fácil
Nelson Marchezan Junior é diretor de desenvolvimento e agronegócios do Banrisul – Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Ele diz que o banco atende ao estado do Rio Grande do Sul e que, também, possui agências em outros estados. “Mas, oferecemos as linhas de BNDES apenas para o território do Rio Grande do Sul. Também fechamos uma parceria com o BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento e com a Caixa Economia Estadual (RS), que é um banco de fomento do Estado, através da qual o Banrisul também pode utilizar os limites destes duas unidades. Fizemos isso para dividir riscos, e trabalhamos em parceria e com limites de crédito bastante amplos para linhas de longo prazo no território gaúcho”, diz ele.
Para obter financiamento, Marchezan Junior diz que a empresa tem que ser cliente do banco, manter os dados atualizados, ter comprovação de bens e um projeto de viabilidade econômica financeira. “No caso de máquinas de valor pequeno, o encaminhamento é direto nas agências, preenchendo formulário na empresa. Para projetos maiores, é preciso provar a viabilidade financeira.”
O diretor também destaca que uma grande parte das empresas não consegue o financiamento porque o procura no momento errado: ou precisam de um financiamento muito grande para o seu porte, ou querem um financiamento de longo prazo (BNDES) depois que já investiram todo o seu capital próprio em máquinas e equipamentos e na construção de suas instalações. “Existe uma linha de recursos baratos, via BNDES. Mas, a maioria das empresas não quer este financiamento, e compra máquinas e constrói com recursos próprios, e não tem mais capital que possa garantir o investimento. Elas deveriam procurar o banco quando ainda tinham capital de giro, e não depois que esgotaram todo o seu capital”, diz o diretor do Banrisul.
No caso do Banco do Brasil, segundo Luiz Carlos Silva de Azevedo, gerente executivo da diretoria comercial do banco, são oferecidos serviços de financiamento em todo o país – as linhas de financiamento que mais são voltadas para o setor de logística sãos as do FINAME, com recurso do BNDES, e de leasing, flexível, que depende de diversos tipos de demanda.
“Para obter financiamento, o interessado deve se dirigir à agência de relacionamento, ou procurar agência mais próxima. É exigida uma série de documentos para informações cadastrais e a proposta propriamente dita, incluindo informações sobre em que condições pretende financiar, em relação a prazo e outras”, diz Azevedo.
Segundo ele, o maior problema envolve as restrições cadastrais – como resultantes de registro no Cerasa ou no Banco Central, por exemplo. “Mas, de modo geral, é fácil obter o financiamento. A demora depende da situação do cadastro do cliente. Caso contrário, após feita a análise de crédito, o dinheiro é liberado, muitas vezes, em menos de uma semana”, completa o gerente executivo.

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