Na era da segurança internacional

Há
tempos venho observando um crescimento na contratação
dos seguros no transporte internacional. Tal procedimento deveria
ser obrigatório em qualquer exportação e importação,
tanto quanto a emissão de uma fatura comercial.

Acompanhando
o mercado de transporte há 10 anos, noto com infelicidade
que algumas empresas ainda não tratam com muita importância
essa questão do seguro, salvo quando acontece algum sinistro
de grande relevância.
Assim, depois das perdas, roubos, extravios e quebras é que
as empresas se dão conta da grande responsabilidade que terão
para assumiu tais prejuízos. Independente da responsabilidade
da contratação do seguro, em caso de sinistros, ambas
as partes sofrerão perdas, pois o sucesso da comercialização
se dá na satisfação tanto de quem vende quanto
de quem compra.
Com satisfação, penso que o aumento da procura pelo
seguro internacional está ligado ao crescimento dos profissionais
do comércio exterior, às cobranças dos seguros
em reais, sem custos bancários (sem fechamento de câmbio
ou emissão de cheque em dólar – IRB), às taxas
únicas definidas por modais e ao crescimento do índice de sinistros. Outro fator significante para o aumento da aquisição
do seguro é a facilidade da averbação do seguro
internacional, que hoje se dá em poucos minutos pela Internet, pelo agente de carga.
Nas importações brasileiras não é obrigatória a cobrança do seguro internacional, mas, por outro lado, se houver o seguro, este deve ser contratado no Brasil conforme determinação do Banco Central e do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP 003/71.
Para entender melhor como funciona, pense numa indústria importando um contêiner de matéria-prima do Japão com pagamento antecipado e o contêiner não chega. O estoque vai acabando e o dinheiro está contado para a compra da matéria-prima e, de repente, recebe a informação de que a carga foi perdida devido a um temporal no meio do oceano, pois, segundo pesquisas, mais de 10 mil contêineres caem no mar por ano. Neste momento, não se sabe o que fazer e nem a quem recorrer.
Portanto, saliento que refaçam seus custos e não corram riscos com o extravio das mercadorias. Para sua segurança, solicite a cotação do seguro nas contratações do transporte internacional.

Rodrigo
Henriques Ferreira, diretor de carga
internacional da Teel Cargo Comércio Internacional
base.rao@teelcargo.com.br